Leandro, Goya, Teacher e os mascarados do ballet compõem a formação atual do ‘Bonde do Tigrão’, um dos grupos mais emblemáticos do funk nacional que, há 26 anos, segue conquistando públicos de diferentes gerações. Com uma trajetória marcada por hits inconfundíveis, o grupo não apenas sobreviveu às mudanças da indústria musical, mas se reinventou constantemente, tornando-se um verdadeiro ícone cultural.
A jornada épica de um fenômeno musical
Os artistas transitam com maestria entre festivais descolados, eventos corporativos, casamentos e festas universitárias. Sua versatilidade os transformou em um fenômeno musical que ultrapassa os limites tradicionais do funk, conquistando espaços antes inimagináveis para o gênero.
Recentemente, a inserção de um de seus maiores sucessos, ‘Cerol na Mão’, esteve na turnê brasileira do internacionalmente conhecido Bruno Mars que comprovou definitivamente a relevância do grupo. “Não consigo tirar da minha cabeça o presente que recebi quando Bruno Mars esteve no Brasil e me colocou no seu show para representar o funk brasileiro. Ele escolheu a minha música e isso é muito maravilhoso”, revela Leandro, destacando esse momento especial em sua carreira.
“Ai, eu fiquei muito feliz ao saber que a minha carreira que vai para 26 anos tem sido tão linda, tão satisfatória, que passa de geração para geração e que me verão num documentário da Globo como uma das lendas vivas do funk. Isso é muito especial para mim”, completa o artista, emocionado com a trajetória do grupo.
Seu repertório tornou-se praticamente um patrimônio cultural, com músicas que atravessam gerações e continuam lotando pistas de dança em todos os tipos de eventos. De festas de 15 anos a corporativos fechados, o Bonde do Tigrão mantém viva a chama da originalidade e da energia contagiante que os consagrou.
“Somos sobreviventes de uma indústria que não é fácil”, afirmam os integrantes. A declaração ressoa como um manifesto de resiliência, demonstrando que o Bonde do Tigrão não se resume a números ou estatísticas, mas a uma conexão profunda e genuína com seu público.
Documentário e memória do Funk
Além de sua intensa agenda de shows, o grupo ganha destaque no documentário da GloboPlay que mergulha nos bastidores dos bailes funk do Rio de Janeiro. Com produção da AfroReggae Audiovisual, curadoria de Sany Pitbull e direção de Jorge Espírito Santo – mesmo diretor do aclamado documentário “Belo: Perto demais da luz” –, o filme promete revelar nuances importantes e até então desconhecidas da trajetória do funk carioca.
O documentário surge como mais um capítulo relevante na história do Bonde do Tigrão, um grupo que conseguiu transformar sua música em verdadeiro documento social, registrando memórias, emoções e a dinâmica cultural de uma geração inteira.
Atualmente, o grupo prepara um projeto especial para celebrar seus 26 anos, mantendo propositalmente o suspense sobre os detalhes. O que se sabe é que, como sempre, a celebração promete reunir a energia contagiante que os consagrou nos palcos brasileiros e continua emocionando milhares de fãs.
A turnê do grupo permanece intensa, transitando por casamentos, festas de 15 anos e eventos corporativos. A memória afetiva construída ao longo de mais de duas décadas segue sendo transmitida de geração em geração, com a mesma alegria, irreverência e comprometimento artístico que sempre os caracterizou.
Um legado que continua vivo
Para além da música, o ‘Bonde do Tigrão’ representa a resistência cultural de um ritmo que nasceu nas periferias e conquistou o Brasil. Seus integrantes não são apenas artistas, mas verdadeiros embaixadores de uma expressão musical que transformou vidas, quebrou barreiras sociais e continua reinventando a cena musical brasileira.