Casa Pacheco Leão, no Jardim Botânico do Rio, é reaberta com exposição sobre rota do chá

Dellarte Soluções Culturais é responsável pelas obras de restauração do prédio histórico e da exposição inédita “Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição”.  Atração estará aberta à visitação a partir da próxima quinta-feira (21 de novembro)

por Redação
Exposição Rota do Chá

Cariocas e turistas ganharão uma nova atração turística a partir da próxima quinta-feira (21/11). A Casa Pacheco Leão – um dos mais emblemáticos prédios históricos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro – será reaberta ao público com a exposição “Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição”, que conta, de maneira imersiva e multissensorial, toda a história da bebida milenar. A entrega do imóvel e a exposição fazem parte das ações em comemoração aos 50 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e a China. A Casa terá entrada gratuita, e funcionará de quinta a terça-feira, das 10h às 17h. Os ingresso poderão ser retirados pelo seite jbrj.eleventickets.com.

A Dellarte Soluções Culturais,  empresa, que completa 42 anos em 2024 acumulando mais de  1.500 apresentações culturais realizadas, é responsável pelas obras de manutenção e restauração do prédio histórico e também pela exposição com a curadoria de Alexandre Murucci.

– Estamos muito contentes em descortinar para os cariocas esta joia escondida no Jardim Botânico. A liderança de todo o processo de restauro da Casa Pacheco Leão revela a mais nova área de atuação da Dellarte, de revitalização cultural com renovação arquitetônica. É muito gratificante poder devolver para a sociedade um bem histórico como espaço coletivo de disseminação de conhecimento – diz o CEO da Dellarte Soluções Culturais, Steffen Dauelsberg.

Com investimento de R$ 2,7 milhões, aprovados pelo Ministério da Cultura através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), patrocínio da State Grid Brazil Holding e do Banco BOCOM BBM, o projeto tem como objetivo a reforma e manutenção deste imóvel histórico, onde serão realizadas atividades culturais abertas ao público.

O presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Sergio Besserman Vianna, destaca a relevância do novo espaço cultural da instituição.

 – O primoroso restauro da Casa Pacheco Leão devolve à sociedade mais um importante patrimônio histórico cultural do país. O projeto traz a integração entre a ciência botânica, a história e a cultura, que traduz, na prática, a missão do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a de fazer e difundir pesquisas científicas, visando à conservação da biodiversidade. Além disso, a Casa vai ampliar, com arte e excelência, a experiência de visitação, aproximando o público da ciência e história botânica por meio da planta do chá – ressalta o presidente do JBRJ.

 Reforma e melhorias na Casa Pacheco Leão 

Fechada há cerca de oito anos, a casa, onde residiu o médico Antônio Pacheco Leão, diretor do Jardim Botânico de 1915 a 1931, passou por obras de manutenção e restauração durante seis meses. Com dois andares, dez salas, quatro banheiros e copa, o imóvel, em estilo eclético, teve as cores originais de suas paredes retomadas em várias tonalidades, assim como as janelas, portas externas e guarda-corpos azuis e as esquadrias internas verdes. 

Outras relíquias recuperadas são as pinturas artísticas nas paredes, a escada e o piso original. O imóvel recebeu ainda um elevador e banheiros com acessibilidade. Todo o processo foi autorizado e acompanhado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

– Esta casa foi um ponto de encontro para grandes cientistas, como Adolpho Ducke, João Geraldo Kuhlmann, Alexandre Curt Brade e Alberto Löfgren. É fascinante ver esse lugar, que preserva tantos detalhes originais, reaberto para o público. Agora, todos poderão explorar o universo de um homem que dedicou sua vida ao estudo e à preservação da flora nacional – avalia a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Patrícia Wanzeller. 

Uma das atrações do corredor cultural do Jardim Botânico, além de moradia, o espaço já foi utilizado como laboratórios de pesquisa e, durante alguns anos, o Núcleo de Educação Ambiental do JBRJ.

Exposição Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição: Imersiva e sensorial

A exposição “Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição”, com investimento de cerca de R$ 1,4 milhão, traça a história do chá desde suas origens ancestrais na China até sua disseminação global, com destaque para os rituais, as artes e a evolução social, associados à sua produção e consumo. A programação inclui apresentações musicais, palestras e workshops, e terá entrada gratuita. O objetivo é que o público faça uma imersão sobre a rica tapeçaria cultural do chá, explorando suas origens, sua jornada global e seu papel na construção de conexões entre diferentes culturas, especialmente entre Brasil e China. 

O Jardim Botânico do Rio faz parte dessa história, por ser o primeiro lugar no Brasil onde foi introduzido o cultivo da planta do chá (Camellia sinensis (L.) Kuntze), por chineses trazidos pela coroa portuguesa especialmente para esse trabalho, no início do século XIX. O militar naturalista João Gomes da Silveira Mendonça estava à frente do Jardim Botânico entre 1809 e 1823, quando os chineses chegaram ao Brasil e iniciaram o cultivo. Seu sucessor Frei Leandro do Sacramento foi pioneiro no estudo e publicação sobre a cultura do chá no país. 

Bebida consumida mundialmente

O chá, além de ser uma bebida consumida mundialmente, carrega consigo milênios de história, tradições e rituais que transcendem fronteiras. É uma representação líquida de culturas de diversos povos e épocas. Ao focar na história do chá, o projeto enfatiza não apenas a importância da bebida, mas também as múltiplas histórias e interações culturais que ela inspirou ao longo dos séculos. O projeto se posiciona como uma experiência inovadora, alinhado às tendências globais de museologia e educação patrimonial, reforçando o compromisso do país com a preservação e promoção da cultura em suas múltiplas facetas.

50 anos da relação Brasil-China e preservação da cultura 

A relação comercial entre Brasil e China tem sido bem-sucedida ao longo das últimas décadas, com a China se consolidando como o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Além das relações diplomáticas, ambos países se beneficiam com projetos de parcerias realizadas entre empresas privadas, como a restauração da Casa Pacheco Leão, viabilizada pelo patrocínio da State Grid e do Banco BOCOM BBM. Os jardins da Casa, inclusive, durante a vigência do acordo de cooperação, terão o simbolismo representativo da amizade entre os países.

Sun Tao, chairman da State Grid Brazil Holding, ressaltou:

– Esse é mais um importante marco em nossa contribuição para a celebração dos 50 anos de amizade e parceria entre Brasil e China. A entrega da Casa Pacheco Leão totalmente restaurada é uma forma de reforçarmos a relevância que damos à preservação da História e da cultura do país. Temos orgulho de proporcionar essa experiência a todos os visitantes do Jardim Botânico – destacou Sun Tao, chairman da State Grid Brazil Holding.

O presidente-executivo do BOCOM BBM, Alexandre Lowenkron, acrescentou:

– Nossa trajetória começou com a junção de duas instituições financeiras com longas histórias na China e no Brasil, e hoje estamos orgulhosos de apoiar esse projeto de conservação cultural e preservação, além de trazer a história do chá, tão importante para ambos os países, em celebração os 50 anos de relações entre Brasil e China, com a entrega de um legado para o Rio de Janeiro – disse Alexandre Lowenkron, presidente-executivo do BOCOM BBM. 

Dellarte Soluções Culturais

Em 2024, a Dellarte comemora 42 anos de excelência, consolidando-se como uma das principais produtoras de eventos culturais da América Latina. Fundada em 1982 por Myrian Dauelsberg, a empresa trouxe ao Brasil ícones como Luciano Pavarotti, Plácido Domingo, Jessye Norman, o Balé do Teatro Bolshoi e a Filarmônica de Viena, entre outros solistas e conjuntos de grande importância no cenário artístico mundial. Com mais de 1.500 apresentações realizadas, a Dellarte elevou o Brasil ao patamar dos principais centros artísticos globais, proporcionando experiências culturais inesquecíveis para mais de 3 milhões de pessoas.

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