Cia de Ballet Dalal Achcar apresenta três belíssimos espetáculos de dança no Teatro Riachuelo

por Redação
Cia de Ballet Dalal Achcar

Sutilezas da vida, encontros e desencontros, a amizade e o amor. A Cia de Ballet Dalal Achcar segue a temporada 2023 com três coreografias, que reúnem elementos clássicos e contemporâneos, através de movimentos únicos:  os inéditos “Sem Você” e “Macabéa” e o recente sucesso “Tal Vez”, ovacionado nas cidades do Rio e São Paulo, por onde passou nos últimos meses.

Montados pela companhia que tem o crivo de excelência de Dalal Achcar, grande dama da dança nacional, os três trabalhos são apresentados em dois programas, em semanas consecutivas, no Teatro Riachuelo Rio. O primeiro acontece nesta sexta, sábado e domingo, dias 16, 17 e 18 de junho, com o espetáculo “Tal Vez”, do premiado coreógrafo Alex Neoral. O segundo, na próxima semana, nos dias 23, 24 e 25, do mesmo mês, traz duas estreias, com “Sem Você”, do coreógrafo e maitre de ballet Éric Frédéric, e “Macabéa”, inspirado na obra “A hora da estrela”, de Clarice Lispector, criação da primeira bailarina do Ballet do Theatro Municipal, Márcia Jaqueline, que estreia como coreógrafa.

Os espetáculos, apresentados pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com produção da Aventura, contam com 18 bailarinos que vão encantar o público através da leveza, técnica e expressão corporal com que conduzem os movimentos.

 “Tal Vez é um clássico, um cartão de visitas que quero levar para fora do Brasil, inclusive. Tem qualidade, é atemporal e faz parte do repertório permanente da companhia. Macabéa é uma obra interessante, totalmente brasileira, que se inspira em Clarice Lispector e tem música de Villa Lobos. A ideia é apresentá-la no Rio e em outras cidades do Brasil. O espetáculo ´Sem Você´ apresenta a técnica do ballet clássico, mas tem a sua contemporaneidade. As bailarinas usam a sapatilha de ponta e fazem passos da dança contemporânea, que também trazem sentimento para os movimentos. O verdadeiro artista é aquele que sabe mesclar o seu conhecimento com a emoção ao transmitir algo que sensibilize a plateia, que a encante e faça viver aquele momento”, analisa Dalal Achcar.

O coreógrafo belga Éric Frédéric, responsável por “Sem Você”, ressalta que a intenção com o espetáculo é a de mostrar as muitas maneiras de se amar e os diferentes amores na vida. “Este ballet fala muito do amor, de todos os tipos: amor por alguém com quem você divide a vida, amor pelos amigos, amor em viver, amor pelo que já se foi, amor nos encontros e desencontros e de todas as cores, sem preconceito. Se você não ama, não vive. Em toda a coreografia, percebemos esse sentimento forte em cena”, conta.

Ao escolher fazer um espetáculo de ballet, ele costuma observar as pessoas ao redor e com quem encontra no dia-a-dia, como no metrô, por exemplo. “Cada um de nós traz uma história e para mim é muito inspirador. Quase todos os meus ballets com a companhia da Dalal foram feitos de uma maneira simples, valorizando as coisas da vida, o que nos traz felicidade, justiça e até os desastres. A trilha musical para mim também é sempre muito importante, ela me faz vibrar, me faz viver, sentir que estou vivo. A escolha do repertório de ‘Sem Você’ foi assim, uma emoção”, afirma Éric, que já criou mais de 25 obras para a companhia, desde 2009.

Em “Macabéa”, Márcia Jaqueline, que atua como coreógrafa em um espetáculo da Cia de Ballet Dalal Achcar pela primeira vez, preferiu contar uma história que já existia nos livros, mas nunca tinha sido traduzida para o ballet. Ao ler a obra de Clarice Lispector, começou a imaginar os passos de dança para caracterizar cada personagem. E na seleção de músicas para o repertório, encontrou identificação imediata com as músicas de Heitor Villa-Lobos. “Queria representar nossa gente e dar destaque à empatia, ao olhar para o próximo. Macabéa é uma nordestina que passa por situações de indiferença na vida”, explica a estreante coreógrafa.

Ela se tornou a primeira bailarina do Teatro Municipal em 2007 e, após trilhar uma carreira internacional, ingressou em 2021 na companhia de Dalal Achcar. Foi a própria diretora que lançou o desafio para Márcia começar a “nova profissão”. “Nunca havia cogitado coreografar um espetáculo, mas estou adorando fazer e já tenho vontade de criar novos trabalhos. É gratificante ver o que era uma ideia indo para o corpo dos bailarinos”, revela.

Os figurinos de “Macabéa” foram criados pela bailarina Maria Osório, também professora de ballet clássico, que faz parte da Companhia de Ballet Dalal Achcar. Formada em Design de Moda pela PUC-Rio, ela estreia como figurinista do espetáculo, trazendo uma mistura de cores urbanas, como preto e branco, em contraste com o vermelho vibrante e as estampas exclusivas da marca Annavic.

Cia de Ballet Dalal Achcar – Bailarinos:

Beatriz Loureiro / Camila Lino / Fernando Mendonça / Gabriela Sisto / Gabriel Diniz / João da Matta / Laís Lourenço / Livia de Castro / Manuela Medeiros / Maria Osório / Marlon Sales / Matheus Brito / Monserrat Chamorro / Tatiana Bezerra / Thaís Cabral / Victoria Borges / Vinícius Vasconcelos / Wallace Guimarães

Sobre Dalal Achcar:

Com mais de meio século de trajetória artística, Dalal é a responsável pelo lançamento dos maiores bailarinos brasileiros no mercado nacional e internacional, como Marcelo Gomes – American Ballet Theatre New York – USA; Ana Botafogo – primeira bailarina do Theatro Municipal; Roberta Marques – Royal Ballet- Londres – Inglaterra; e por indicação e participação de Mariza Estrella do Centro de Dança Rio e diretora técnica da Cia, por Thiago Soares – Royal Ballet – Londres- Inglaterra; Irlan Santos- Boston Ballet – USA; Carollina Bastos – Ballet de Munich – Alemanha; Thamires Chuvas-SAN Francisco Ballet – California-USA, entre muitos outros.

Carioca da gema, Dalal tem o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro marcado em sua carreira: foi diretora do Ballet e duas vezes presidente da Fundação Theatro Municipal. Além disso, conviveu e trabalhou com os maiores nomes da cultura brasileira, dentre eles, Vinicius de Moraes e Manuel Bandeira que escreveram um balé especialmente para a coreógrafa. Di Cavalcanti e Burle Marx fizeram cenários e figurinos de alguns de seus espetáculos. Tom Jobim compôs uma canção para ela, que continua inédita. “O Tom fez uma música orquestrada pelo maestro Radamés Gnatalli, que guardo em meus arquivos”, revela Achcar. Margot Fonteyn, falecida em 1991 e principal estrela do Royal Ballet, foi madrinha profissional de Dalal, que começou a dançar aos 15 anos. Aos 18, fundou a Associação de Ballet do Rio de Janeiro.

Dalal coreografou o ballet “O Quebra Nozes”, considerado pela revista NewsWeek a mais bela produção entre centenas de outras, e uma tradição anual de mais de 30 anos no Theatro Municipal, além de “A Floresta Amazônica”, um marco brasileiro criado para Margot Fonteyn, o ballet “ Dom Quixote”, com o qual recebeu o prêmio Ibéria e os Pas de deux com “Amor para Ann Marie de Angelo e o Joffrey Ballet” e ”Something Special” este para Natalia Makarova e o American Ballet Theatre.

Sobre Alex Neoral:

Professor, coreógrafo, bailarino de dança contemporânea, Alex Neoral iniciou os seus estudos em dança em 1994. Três anos depois, fundou a FOCUS Cia de Dança, onde começou suas primeiras pesquisas coreográficas, estreando o espetáculo “Vértice”, em 2000. Considerada uma das Cias mais atuantes do Brasil, a FOCUS Cia de Dança, sob a direção de Alex Neoral, foi agraciada, em 2016, com a Ordem do Mérito Cultural, prêmio mais importante do Ministério da Cultura.

Com sua Cia, já se apresentou em mais de 80 cidades nacionais, assim como na Alemanha, Itália, Panamá, França, Portugal, Estados Unidos e Canadá. Como coreógrafo convidado fez inúmeros trabalhos destacando a remontagem de “Pathways” para o City Dance Ensemble de Washington DC, coreografou peças inéditas para “Teatro Bolshoi no Brasil”, “Cia Nós da Dança”, solos para Nina Botkay, Roberto de Oliveira, para a “São Paulo Cia de Dança” e também coreografou os musicais “Rock in Rio”, “Cazuza”, “Palavra de Mulher” e “A Reunificação das Duas Coreias”. Como bailarino, fez parte das companhias de dança de Deborah Colker, Nós da Dança, Grupo Tápias e Vacilou Dançou. Como professor de dança contemporânea, ministrou aulas em Washington DC e na Itália, além de vários workshops pelo Brasil.

Sobre Éric Frédéric:

Éric Frédéric recebeu sua formação como bailarino principal na escola da Ópera Real da Valônia, na Bélgica, e simultaneamente estudou percussão na Gretry Academy, em Liège. Durante seus 22 anos de carreira, passando por companhias de prestígio e excelência na Europa, dançou as obras, clássicas e contemporâneas, de grandes coreógrafos como J.LazziniR.DenversC.CarlsonS.LifarR.Noureev , G.BalanchineP.TaylorN.Christe, B.Stevenson, M.Wainrot, V.PanovA.Labis, C.d’Amboise, G.Skibine. M. Fokine e V. Nijinsky.

Como bailarino, Éric recebeu o prémio Maurice Desteney, e foi finalista do concurso internacional de Varna na Bulgária. Em 2009, foi convidado para ser Maître de Ballet do Ballet do Theatro Municipal no Rio de Janeiro, cidade em que mora atualmente. Já remontou ballets de Dalal Achcar, R. Petit, J. Cranko, D. Parson, P. Wright, E. Liang e V. Nijinsky. Também atuou como professor da Companhia Deborah Colker. Hoje é Maitre de Ballet e Coreógrafo da Cia de Ballet Dalal Achcar.

Sobre Márcia Jaqueline:

Márcia Jaqueline ingressou no corpo de baile do Theatro Municipal aos 14 anos e, em 2007, foi promovida a Primeira Bailarina, passando a dançar os papéis principais em todos os espetáculos apresentados pela companhia. Devido a sua versatilidade e capacidade artística Márcia recebeu inúmeros convites para dançar nos mais importantes teatros da América Latina como o Teatro Colón (Argentina) e Sodre (Uruguai) e em Santiago do Chile. Dançou também como convidada em importantes Galas de ballet como no Festival de Miami e a Gala das Estrelas, em Creta.

Ao longo de sua carreira, teve a honra de estudar e trabalhar com grandes personalidades da dança nacional e internacional como Márcia Haydée, Richard Cragun, Natalia Makarova, Peter Wright, Vladimir Vassiliev, Elisabeth Platel, Jean-Yves Lormeau, Eugenia Feodorova, Tatiana Leskova, Bertha Rosanova, Dalal Achcar, Glen Tetley, Luigi Bonino, Desmond Kelly, Ana Botafogo, Cecília Kerche, Aurea Hammerli, entre outros.

Em 2017, Márcia se mudou para Áustria e passou a integrar o Ballet Landestheater de Salzburg a convite do atual diretor Reginaldo Oliveira. Em 2019, fez parte do seleto grupo de embaixadores da prestigiosa marca russa de sapatilhas Grishko e realizou uma turnê pela Europa como convidada para o evento Live Magazine, dançando em Paris, Amsterdã e Arles.

Quatro anos depois, em 2021, Márcia retornou ao Brasil, retomando seu posto junto ao Theatro Municipal. No mesmo ano, a convite da coreógrafa e diretora Dalal Achcar, passou a  atuar como bailarina e professora convidada junto a Cia de Ballet Dalal Achcar, e atualmente também cria para a companhia sua primeira coreografia.

Sobre o Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. São mais de 300 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

PROGRAMA I

TAL VEZ

Coreografia e trilha sonora

Alex Neoral

Figurinos                                                        Cenários

João Pimenta                                               Natalia Lana

Iluminação                                         Visagismo

Paulo Cesar Medeiros                    Fernando Torquato

Músicas:

CENA 1 início / arrumação / detalhes

“Si tu vois ma mére”

CENA 2 uma mulher / tendência / beldade

“Quizas, Quizas, Quizas”

CENA 3 um homem / chegada / red carpet

“When I fall in love”

CENA 4 flores / possíveis amores / paixões

“The man I love”

CENA 5 um baile / primeiros goles / flertes

“Take five”

CENA 6 um encontro / casal / entrega

“La noche de mi amor”

CENA 7 salões / outros goles / vibração

“Careless Whisper”

CENA 8 meio/ memórias / afetos

“Nem às paredes confesso”

CENA 9 muitos goles / alegrias / cumplicidade

“Soy infeliz”

CENA 10 pares / velhas e novas histórias / solidão

“Cucurucucu Paloma”

CENA 11 apatia / desamor / espera

“I apologize”

CENA 12 uma / duas / três

“Veinte años”

ENTRE ATO “Perhaps”

CENA 13 pernas / trocas / euforia

“Cry to me”

CENA 14 outra mulher / salto alto / desalento

“Por el amor de amar”

CENA 15 fim de festa / mancas / restos

“El desierto” Todo o elenco

CENA 16 mais uma história / outros dois / final

“Wild is the wind”

PROGRAMA II

MACABÉA

Música                                                                       Coreografia

Heitor Villa-Lobos                                       Márcia Jaqueline

 Iluminação                                                     Figurinos

Paulo Cesar Medeiros                                Maria Osório

Músicas:

Ciranda nº 15 – Que Lindos Olhos

Ciranda nº 1 – Therezinha de Jesus

Bachianas nº 4 – 4 movimentos

I – Prelúdio;

II – Canto do Sertão, um coral;

III – Cantiga, uma ária;

IV – Miudinho, uma dança

SEM VOCÊ 

Coreografia e trilha sonora: Éric Frédéric

Iluminação: Paulo Cesar Medeiros

Figurinos: Lucas Pereira

Músicas

*Samba em prelúdio* – Baden Powell / Vinicius de Moraes

Melody Gardot – Philippe Powell

*Estrada do Sol* – Dolores Duran / Tom Jobim

Carminho / Marisa Montes

*Schindler’s List*  – John Williams

Camille Thomas

*Avec le temps* – Léo Ferré

Stacey Kent

*Ave Maria* {bach /gounod) –  Noa feat Gil Dor

*Violin concerto No 2*   – Philip Glass

Gideon Kremer – Kremerata Baltica

SERVIÇO :

Dias e Horários

 

Programa I – TAL VEZ

Duração: 70 minutos (sem intervalo)

Dias 16 e 17 de junho, sexta e sábado, às 20h

Dia 18 de junho, domingo, às 17h

 

Programa II – MACABÉA / SEM VOCÊ

Duração: 75 minutos (com intervalo)

Dia 23 e 24 de junho, sexta e sábado, às 20h

Dia 25 de junho, domingo às 17h

 

LOCAL:

Teatro Riachuelo – Rua do Passeio, 38/40 – Centro – RJ

*Promoção: Apresentando o ingresso do Programa I, ganha 50% de desconto no ingresso do Programa II.

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