A tecnologia já é naturalmente parte do cotidiano dos jovens, que nasceram em um mundo com diversos aplicativos. Como consequência, as redes sociais passam a fazer parte da formação deles, por atingirem um número cada vez maior de pessoas. Nesse contexto, as escolas acabam se tornando intermediárias entre os jovens e as redes. No Colégio pH, a filosofia é clara: “As redes sociais são uma realidade presente na vida dos nossos alunos e negar esse fato seria negar a realidade, então resolvemos trazer para as redes conteúdos relevantes e educativos”, explica Maurício Martins, coordenador de Comunicação do colégio. Em maio, o pH estreou seu perfil no TikTok (@colegioph), com o objetivo de aproximar os jovens dos conteúdos educativos na rede.
Maurício explica que a pandemia foi decisiva para o uso da tecnologia no ambiente escolar. “A tecnologia faz parte da educação e a pandemia contribuiu muito para isso. No pós-pandemia, a tecnologia deixa de ser opcional e passa a ser naturalizada”, diz.
Entretanto, uma preocupação do Colégio pH é garantir que os estudantes estejam inseridos no contexto virtual, mas com as prioridades voltadas para a vida real. Com as interações sociais ainda turbulentas após o pico da pandemia, a incorporação das redes sociais no ambiente pedagógico busca ser uma ponte para a readaptação completa dos alunos.
O perfil oficial do pH terá conteúdos que buscam desenvolver habilidades e incentivar o protagonismo dos estudantes por meio de dicas para o dia a dia e ensinamentos gerais. Os professores de educação física, por exemplo, terão um quadro com as danças do momento; a equipe de inglês vai comandar o “pH Tips”, com dicas da língua. Outro conteúdo fixo será o da “Descompressão”, com técnicas de relaxamento e concentração. Essas estratégias, além de atrativas, são educativas para os jovens.
Especialista reforça a importância do equilíbrio para não comprometer o futuro da sociedade
A professora de psicologia da Unigranrio, Leila Navarro, reforça que se não desenvolvermos repertório de habilidades sociais e emocionais, o futuro da sociedade estará comprometido. “É um pouco o que percebemos hoje, uma juventude frágil com uma escassez de habilidade social e emocional, para viver com o adverso, o imprevisível, a perda, o que é difícil, o que exige atenção, tempo e persistência. Há um aumento da ansiedade, e da depressão, em relação a isso. Precisamos ter equilíbrio. A rede social tem uma potência incrível com inúmeros benefícios. Ela não é por si só boa ou má. O que a faz ser positiva ou negativa é quem está por trás das telas. É importante pensar sobre o uso que se faz delas”, completou.