Neste mês de dezembro acontece a campanha ‘Dezembro Laranja’, iniciativa dedicada à conscientização do câncer de pele. Durante esse período, especialistas alertam para a importância de cuidados contínuos e adoção de medidas preventivas ao longo de todo o ano. Para a Dra. Denise Altomar, dermatologista e diretora dos Prontos Atendimentos da Unimed-Rio, esse é um momento importante para debater sobre exposição solar, principalmente aquela que acontece sem proteção – e é um fator de risco significativo para o desenvolvimento do câncer de pele.
“A exposição solar leva a danos cumulativos à pele. As lesões suspeitas ou confirmadas de câncer de pele são derivadas daquelas exposições solares sem proteção que se iniciaram lá na infância e adolescência, por isso a necessidade de iniciar a proteção solar bem cedo”, destaca a Dra. Denise.
A médica pontua que os cuidados não se resumem apenas à questão estética. Os danos solares não só aumentam a incidência da doença, mas também tornam a pele mais frágil, propensa a lesões e com um envelhecimento acelerado. “Não só durante o verão, mas durante todo o ano nos horários de maior incidência de ultravioleta (10 às 16 horas), é crucial usar protetores solares resistentes à água e ao suor, roupas e bonés com proteção solar, e manter a hidratação”, enfatiza.
Desmistificando informações:
O mês de conscientização é vital para desmistificar informações sobre o câncer de pele. Assim como ocorre com o câncer de mama e de próstata, a Sociedade Brasileira de Dermatologia utiliza o ‘Dezembro Laranja’ para divulgar informações corretas e orientar a população.
“O importante é sempre estar se observando, se auto examinando. Qualquer lesão diferente do habitual, lesões preexistentes que mudem de comportamento, como coceira, ardor, dor, sangramento, devem ser examinadas por um dermatologista”, destaca a Dra. Denise Altomar, que ressalta a importância do autoexame seguindo a regra ABCDE: assimetria, bordas irregulares, cor variada, dimensão maior que 6 mm e evolução.
Onde pode surgir?
Embora o câncer de pele possa surgir em qualquer parte do corpo, as áreas mais expostas ao sol são as mais propensas. O ‘Dezembro Laranja’ também destaca a importância do acompanhamento para aqueles que já tiveram a doença, especialmente pacientes com histórico familiar.
Mito:
A Dra. Denise Altomar esclarece alguns mitos, como a ideia de que protetores solares causam câncer. “Essa informação não tem o menor fundamento, assim como a crença de que o câncer de pele é uma doença transmissível, o que só traz estigmatização ao paciente portador da doença”, destaca.
Recomendações:
Reforçando as orientações práticas, a dermatologista recomenda aplicar o protetor solar com antecedência, protegendo áreas frequentemente esquecidas. “É importante usar o ano todo para evitar o envelhecimento cutâneo, pois o dano solar é cumulativo”, alerta.
“Todos os tipos de pele precisam de proteção. No Brasil, pela grande miscigenação, todos somos suscetíveis”, conclui a Dra. Denise Altomar, reforçando a importância da conscientização e prevenção durante todo o ano.