O ator carioca de 25 anos vai mostrar seu trabalho na próxima novela exclusiva do Globoplay, “Guerreiros do Sol”, dirigida por Rogério Gomes e João Gomez, que estreia no dia 11 de junho. O texto escrito por George Moura e Sérgio Goldenberg, é ambientado nas décadas de 1920 e 1930, e inspirado na história de Lampião e Maria Bonita. Protagonizada por Thomás Aquino e Isadora Cruz, a novela traz Diogo no papel de Romualdo, filho de Heleno e Linete, interpretados por Tuca Andrada e Mayana Neiva, e irmão de Maura, personagem vivido por Heloísa Honein.
Em “Guerreiros do Sol”, por se tratar de uma personagem tão distante da minha realidade, estudar sobre o sertão de Lampião e Maria Bonita dos anos 1920 foi essencial para desenvolver e interpretar o Romualdo e, aos poucos, conseguir trazê-lo para perto. Por se tratar de sotaques e oralidades totalmente diferentes, mergulhamos nas aulas de prosódia da Íris Gomes e tivemos um intensivo tanto individual, quanto com a família da trama reunida. Houve um grande hiato entre ter passado no teste e o “gravando”. Usufruí desse tempo para buscar referências e afinar a personagem. Nos estúdios, próximo às gravações, a Andrea Cavalcanti, nos auxiliou nessa preparação de estabelecer um elo entre pai, mãe, filhos e irmãos”, relata Diogo.
Dividir a cena com atores famosos poderia criar insegurança ou ser um estímulo. No caso de Diogo, ele cita a expectativa de trabalhar com Isadora: “Já conhecia e admirava o trabalho dela desde quando assisti “Mar do Sertão”. Fiquei muito entusiasmado ao ler o roteiro de “Guerreiros do Sol” porque pelo teor das nossas cenas, percebi que seria um bom desafio a enfrentar. Além de talentosa, ela é muito dedicada e deixava o set com um clima leve”.
Diogo não é um ator iniciante. Pela Rede Globo, além do João, de “Malhação -Casa Cheia”, com direção de Noa Bressane, João Paulo Jabur, e Vinícius Coimbra, onde contracenou com Vitor Thiré e Bruna Griphao, fez também “Malhação -Vidas Brasileiras”, em 2019, como Deivide, dirigido por Natália Grimberg e Caetano Caruso, onde dividiu a cena com Jackson Antunes, e Giselle Batista, entre outros. Em 2015, participou da série “Dois Irmãos”, de Luiz Fernando Carvalho, em que contracenou com Matheus Abreu. Já em 2022, foi ao ar em “Um Lugar Ao Sol”, como Hugo, dirigido por João Gomez e em “Travessia’, dirigida por André Barros e Mari Richard, viveu Cadu e teve a oportunidade de contracenar, por exemplo, com Duda Santos e Ailton Graça.
Na Record, o ator esteve em “Reis – A Divisão-11ª Temporada” e em “Reis- A Emboscada-12ª Temporada), interpretando “Zaã”, ambas dirigidas por Rudi Lagemann, Vicente Guerra e Guga Sander. Nesta emissora, Diogo teve a oportunidade de contracenar com nomes como Heitor Martinez, Marcelo Valle e Juliana Knust. Em “Reis- A Conquista -6ª Temporada, o ator dividiu a cena com Felipe Cardoso e foi dirigido por Vicente Guerra e Rogério Passos.
Sua trajetória na arte começou aos seis anos fazendo teatro na escola, e aos onze, ingressou no Teatro O Tablado. Neste curso, celeiro de grandes talentos, foi aluno da Cacá Mourthé e já no primeiro ano, conquistou o papel do protagonista Mocinho de Souza, na peça Tribobó City. De 2018 a 2021 chegou a ser assistente de direção de espetáculos das turmas da Cacá. Sempre se atualizando, Diogo Tarré expandiu seu aprendizado com alguns dos mais renomados diretores e preparadores de elenco, como Paloma Riani, Camila Amado e Adriano Melo. O ator também estudou atuação para cinema na New York Film Academy, durante uma temporada em Los Angeles. Em 2024, Diogo participou da Oficina para Jovens Atores da Globo, ministrada por Leonardo Lacca.
“Como eu subi no palco pela primeira vez aos seis anos, tenho um carinho especial pelo teatro. As experiências dos espetáculos ao vivo, olho no olho, com a resposta imediata do público são incomparáveis e isso sempre me prendeu. Estar cem por cento sujeito ao erro, no controle da sua performance, podendo melhorar a cada apresentação, é maravilhoso. E, no teatro, entra também o amor pela repetição, ensaiar durante meses aquelas mesmas cenas e a buscar por aperfeiçoar. Já na TV, nós atores estamos mais sujeitos à edição, aos cortes, o que limita a autonomia do artista sobre o resultado final da obra. Mas também não existe a pressão do erro, porque a cada take gravado, você tem a liberdade de repetir e começar de novo. Saber que o seu trabalho está registrado para sempre, é gratificante. Sem contar o alcance que a tv proporciona ao entrar na casa de milhões de brasileiros. Sou noveleiro assumido e apaixonado por televisão, não posso negar“, confessa Diogo
Desde que começou a carreira, foram mais de dez peças em cartaz em teatros do Rio de Janeiro. Dentre outros, Diogo esteve no espetáculo “Miguel, O Invisível “com direção de Tati Ingrid Adão, que ficou em cartaz durante seis meses, e na montagem de “O Ateneu”, de Raul Pompeia, dirigido por Oberdan Júnior. No Cinema, o ator estreou ainda criança no curta “Souvenir de Verão”, dirigido por Marina Erlanger e Luiza Carneiro, e, em 2025, interpretou Burle Marx jovem no longa “”Filme Paisagem, um olhar sobre Roberto Burle Marx”, com direção de João Vargas Penna, disponível no Prime Vídeo.
Entre os diversos trabalhos realizados, o ator também estudou publicidade e Marketing na PUC-Rio, curso que concluiu em 2022, enquanto estava em cartaz com a peça “ O Cálice”, no Teatro O ́Tablado. “Sempre encarei meu diploma universitário como um plano B. E, para mim, se existe um sonho é preciso mergulhar de cabeça e fazer acontecer o plano A. Graças ao apoio dos meus pais, eu tive essa possibilidade porque acreditaram em mim e sou grato por isso. Cheguei a trabalhar com marketing inúmeras vezes, mas ao longo de todo curso vivia participando dos projetos dos meus colegas da área de cinema. Era realmente muito difícil fugir e eu não procurava uma fuga. Passei muitos períodos da faculdade conciliando com ensaios teatrais. “O Ateneu “foi um desses casos em que quando eu não estava na PUC, estava ensaiando”, diz o ator.
Diogo se diferencia de muitos que consideram a arte um caminho fácil, sem necessidade de esforço e persistência, e que desejam uma carreira meramente midiática. Ele busca muito mais do que isso, mantém o foco e o estudo para se aprofundar. Está sempre se atualizando e acompanhando os trabalhos dos colegas atores, dos autores e diretores que admira. “Assisti e sou fã das séries escritas por George Moura e Sérgio Goldberg como “Onde Nascem os Fortes”, “Amores Roubados”, “O Caçador” e “Onde está Meu Coração”. “Então, quando eu soube que faria “Guerreiros”, desses autores incríveis, fiquei muito animado”, revela o ator que vem colecionando ótimos trabalhos e já soma quinze anos no meio artístico.
