A preferência por cursos à distância vem crescendo, especialmente depois da pandemia. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), se em 2011, apenas 18 por cento dos alunos preferiam a modalidade EAD, em 2021, mais de 70% dos estudantes optaram por aulas online – um crescimento de 474% em pouco 10 anos. Mas mesmo com o aumento de oferta de cursos à distância ainda existem diferenças importantes entre as modalidades disponíveis no mercado. As aulas online podem, por exemplo, serem transmitidas ao vivo, em tempo real ou podem ser gravadas; podem ainda ser individuais ou em grupo.
Segundo o especialista Cláudio Domingos, criador do método de ensino à distância da Metropolis Idiomas, cada modalidade de transmissão tem seus prós e contras e o aluno precisa avaliar o que melhor se encaixa no seu estilo de vida. “Na aula ao vivo ocorre uma união dos melhores pontos do online com o presencial, pois as aulas promovem integração entre alunos e professores, com a vantagem de o aluno poder assistir de onde quiser, sem perder a experiência enriquecedora da sala de aula presencial”, explica.
O especialista ressalta que, embora as aulas gravadas percam no quesito interação, o aluno pode ver e rever a qualquer hora, em qualquer dia da semana, de acordo com o seu tempo livre, enquanto as aulas ao vivo têm dia e hora marcados. “Um curso ideal, portanto, é aquele que une as duas modalidades de EAD, com aulas ao vivo e um bom material online disponível para ser acessado a qualquer momento”, completa Domingos.
Para a professora e CEO da Metropolis Idiomas, no caso do ensino do inglês, as aulas ao vivo são fundamentais para acelerar o processo de aprendizagem. “Para aprender um novo idioma, é necessário interação, conversação, dinamismo na hora de tirar dúvidas. Nas aulas gravadas, o aluno acaba sentindo falta de ter um instrutor por perto”, comenta Claudia.
Outro fator importante destacado por Claudia é que as aulas ao vivo mantém o aluno mais motivado. “Nas aulas gravadas, é comum que o estudante acabe acumulando conteúdo e desanime”, pontua a empresária. As transmissões ao vivo, de fato, atraem mais o público. Em 2016, o Facebook divulgou que as lives eram três vezes mais assistidas do que os conteúdos gravados. De acordo com a revista Wired, lives recebem 10 vezes mais comentários. Segundo o Youtube, o consumo de lives no Brasil cresceu 450% durante a pandemia.
Um ponto negativo das aulas ao vivo seriam os possíveis imprevistos durante a transmissão e o fato de o aluno não ter 100% de liberdade de horário. No caso do curso Metropolis, as aulas ao vivo ficam gravadas para quem por algum motivo perdeu aquele horário. “O importante é que o aluno tenha sempre o suporte necessário para sua evolução”, completa o especialista Cláudio Domingos.