Entidades brasileiras enviaram à Defensoria dos Povos, na Espanha, documento em defesa de Vinicius Jr, para cumprimento de medidas em relação ao caso de racismo contra o jogador

por Redação

O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) e Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), entraram com representação à Defensoria dos Povos de Madri, na Espanha. A medida é em razão dos episódios de racismo direcionados ao jogador do Real Madrid.

Entenda o caso: Durante a derrota da equipe dele para o Valencia por 1 a 0, o jogador Vini Jr. escutou insultos racistas e gritos de “macaco” vindos das arquibancadas, gritados por milhares de torcedores. O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos. Mas a reincidência do caso vem provocando grande e intensa repercussão.

Representado por Carlos Nicodemos – Advogado na NN Advogados Associados, o grupo formalizou Representação Administrativa contra o Estado Espanhol frente aos sucessivos ataques racistas praticados contra o jogador. Como bem se tem acompanhado, a Federação Espanhola de Futebol tem adotado uma postura de baixa resolução desses crimes. Ainda mais a constatação do “silêncio” do Estado espanhol que não cobrou medidas mais contundentes tanto no aspecto esportivo, quanto no aspecto legal – civil e criminal. A Representação foi dirigida ao Defensor del Pueblo em Madrid e aponta elementos de racismo e xenofobia por parte das torcidas organizadas. É preciso e necessário medidas que possam restabelecer a dignidade do atleta e cidadão.

“Não é possível que quase no meio do Século 21 a gente tenha o preconceito racial com força descabida nos estádios de futebol. Precisamos pontuar que a questão não é apenas o racismo no futebol, mas sim, o racismo como uma das engrenasse de opressão e tentativas de supressão dos direitos das pessoas negras”, declara Ivanir dos Santos – fundador do CEAP – Dr. Prof. do Programa de pós-graduação em História Comparada da UFRJ.

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