No dia 26 de abril, é comemorado o dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é um problema silencioso que, segundo o Ministério da Saúde, atinge 38 milhões de indivíduos e mata 300 mil brasileiros anualmente, contabilizando 820 mortes por dia, 30 por hora ou 1 a cada 2 minutos. Fator de risco para AVC, infarto e doenças renais, é portanto uma das condições que mais levam à morte no Brasil. Em 2021, o órgão federal identificou que 26,3% dos brasileiros com mais de 18 anos sofriam de hipertensão arterial, número que pode ser muito maior, uma vez que a maioria dos casos não é diagnosticado. Como a condição se agrava com o avançar da idade, na população com mais de 55 anos e menos de 65 essa proporção chega a 49,7% e, entre os maiores de 65 anos, atinge pelo menos seis a cada dez pessoas.
A clínica geral, geriatra e especialista em medicina ortomolecular, Márcia Umbelino, explica que quando o paciente está com a pressão 14 por 9 já pode ser considerado hipertenso. No entanto, ele pode estar nessa condição há muito tempo e não saber, uma vez que os sintomas podem ser confundidos com um simples mal estar. “Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão podem ser os sinais de alerta, mas as pessoas costumam não dar muita atenção a esses sinais, por isso, é importante medir a pressão regularmente. Algo simples que pode ser feito em qualquer posto de saúde”, alerta Umbelino.
Outra questão importante levantada nesta data é que a hipertensão arterial faz parte do grupo de doenças que podem ser evitadas com hábitos saudáveis simples e conhecidos como o famoso tripé da saúde: sono de qualidade, alimentação saudável e exercícios físicos. “O problema é que estamos cada vez nos movimentando menos, dormindo mal, comendo alimentos industrializados cheios de sódio e gorduras e nos estressando mais, ingerindo mais álcool e, ainda, voltando a fumar! Por isso, vemos um aumento anual do número de casos de hipertensão arterial. É um problema crescente e de ordem mundial, especialmente por estar relacionado a hábitos modernos nocivos para a nossa saúde”, avalia a médica, acrescentando que, pessoas com tendência familiar diagnosticadas com pressão alta vão precisar manter o tratamento por toda a vida, fazendo uso de medicamentos para evitar complicações da doença que são: derrame cerebral, também conhecido como AVC, infarto agudo do miocárdio,doença renal crônica e arritmia cardíaca. “O tratamento, de forma contínua e a prática de uma vida mais saudável são necessários para ampliar a qualidade e a expectativa de vida do paciente” completa a doutora.