O Dia Mundial da Limpeza das Praias, celebrado em 20 de setembro, é um momento de reflexão sobre os impactos crescentes da poluição marinha no planeta e no Brasil. De acordo com o relatório Fragmentos da Destruição, mais de um milhão de toneladas de plástico são lançadas anualmente no oceano apenas em território nacional, colocando o país como responsável por 8% da poluição marinha global. Ainda assim, apenas 1% do plástico de uso único colocado no mercado é reciclado. Um levantamento nacional realizado em 306 praias brasileiras revelou que 91% dos resíduos encontrados são plásticos, e que em 97% das praias analisadas havia microplásticos. No Rio de Janeiro, a situação também preocupa: em apenas um fim de semana do verão de 2023, foram recolhidas 610 toneladas de lixo nas praias cariocas, um volume 74% acima da média histórica para a estação. A Praia do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, será palco de uma ação de limpeza e distribuição de cartilhas educativas no Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias, no sábado, 20 de setembro, das 8h às 12h. O ponto de encontro será no Quiosque Boho – Av. Delfim Moreira com a Av. Bartolomeu Mitre. A iniciativa é ministrada pelo Instituto Gas Petro, pela Equipe F3 Esporte Cultura, idealizadores do Projeto Arte de AMAR e recebe o apoio do Instituto Yduqs.
Para o professor Ricardo Finoti, do curso de pós-graduação em Agroengenharia da Estácio, a educação ambiental é chave para mudar essa realidade: “A educação tem a função de formar indivíduos críticos e conscientes. Quando falamos de educação ambiental, tratamos diretamente da sustentabilidade do nosso modelo de desenvolvimento e da preservação de recursos fundamentais, como a água. Florestas, rios e oceanos fazem parte do ciclo hidrológico que garante a vida e a produção de alimentos. Sem ambientes preservados, não há água limpa nem segurança alimentar”, explica o docente.
Finoti também ressalta que, embora existam tecnologias inovadoras no campo da agroengenharia — como microgotejamento, microaspersão, hidrogéis e técnicas de filtragem — nenhuma delas substitui a preservação dos ambientes naturais. “Podemos otimizar o uso da água na agricultura e até reaproveitá-la com diferentes técnicas, mas não existe tecnologia mais eficiente do que a preservação de grandes áreas naturais. Florestas são nossas principais aliadas para manter a água limpa e abundante”, reforça.
O professor lembra ainda que os impactos da poluição hídrica atingem diretamente a agricultura e a mesa das famílias: “A agricultura consome cerca de 70% da água disponível no mundo. Quando esse recurso se torna escasso ou poluído, o custo de produção aumenta e o preço dos alimentos sobe, afetando sobretudo as populações mais vulneráveis”, alerta Finoti.
Atenta a esse cenário, a Estácio e o Instituto Yduqs unem forças para ampliar a conscientização ambiental entre crianças e jovens por meio do projeto Arte de aMAR, que em 2025 retorna às escolas públicas do Rio de Janeiro com uma edição dedicada ao tema Salve Amazônia Azul.
A iniciativa leva atividades lúdicas e educativas para estudantes da pré-escola ao 9º ano, além da EJA e escolas especiais, em 27 instituições municipais distribuídas em 13 bairros da cidade. Oficinas artísticas, rodas de conversa, dinâmicas interativas e materiais audiovisuais estimulam a reflexão sobre a poluição marinha e a importância da preservação ambiental, contando ainda com o apoio das mascotes da “Turminha dos ODS”.
Para Joice Portella, diretora de ESG da Yduqs, a educação é um instrumento de transformação coletiva:
“Projetos como o Arte de aMAR demonstram como a parceria entre instituições de ensino, poder público e sociedade civil pode gerar impacto positivo real nos territórios. Nosso compromisso é ampliar essas oportunidades de aprendizagem e cidadania, formando novas gerações mais conscientes e engajadas com a sustentabilidade”, afirma.
No CIEP Presidente Tancredo Neves, no Catete, a participação tem fortalecido o aprendizado dos estudantes.
“Quando trabalhamos temas como sustentabilidade com as crianças, estamos formando cidadãos mais conscientes, que levam esse aprendizado para suas famílias e comunidades. A escola se torna um agente multiplicador de transformação”, destaca Deise Santos, diretora geral da unidade.
Assim, a Estácio e o Instituto Yduqs reafirmam seu papel de protagonistas na educação para a sustentabilidade, estimulando novas gerações a cuidar do meio ambiente e da Amazônia Azul — patrimônio natural e estratégico do Brasil.
