Rei do Rock

Estrelado por Beto Sargentelli, “O Rei do Rock – O Musical” chega ao Teatro Claro Mais SP

Dos mesmos produtores de “Bonnie & Clyde” e “Cássia Eller - O Musical”, o espetáculo inédito e original estreia em março com Stepan Nercessian, Bel Moreira e grande elenco

por Waleria de Carvalho

No dia 15 de março de 2024, o Teatro Claro Mais SP, localizado no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, será palco da estreia do aguardado “O Rei do Rock – O Musical”. Idealizado, produzido, escrito e estrelado pelo premiado ator e cantor Beto Sargentelli no papel de Elvis Presley. O espetáculo, apresentado pelo Ministério da Cultura e Bradesco Seguros, e com apoio da PremieRpet, promete uma homenagem única à vida e obra de um dos maiores ícones mundiais da música. Com sessões de quinta a domingo, os ingressos já estão à venda pelo site da Uhuu e bilheteria do teatro, com opções variando de R$75,00 a R$350,00.

Inédito e originalmente brasileiro, “O Rei do Rock – O Musical” mergulha na fascinante trajetória do roqueiro, desde sua primeira gravação em disco,  aos 18 anos, até sua prematura morte aos 42. Em uma jornada envolvente pelos altos e baixos da vida do artista, a narrativa dessa grande homenagem é marcada pelos fortes laços pessoais e profissionais, e impulsionada por uma trilha sonora repleta de sucessos em diferentes estilos que deram o tom de sua carreira, incluindo rock, pop, country, blues e gospel, explorando, em dois atos, momentos cruciais ao lado de figuras essenciais e grandes referências da música americana.

Trazendo à cena 15 atores convidados. acompanhados de seis músicos, Sargentelli, compartilha a cena com nomes conhecidos dos palcos e telas, entre eles o veterano Stepan Nercessian, que vive o famoso Coronel Tom Parker, Bel Moreira como Priscilla Presley, Danilo Moura como B.B King, Aline Cunha como Rosetta Tharpe, Stella Maria Rodrigues como Gladys Presley, Romis Ferreira como Vernon Presley, Rafael Pucca como Sam Phillips/Frank Sinatra, além de Nathalia Serra (Ann Margret), Luiz Pacini (Scotty), Gui Giannetto (Bill), Aquiles (Milton Berle), Rafael de Castro (James), Jéssica Stephens (Penny) e  Neusa Romano (Suzie Atkins).

O ELENCO

A escolha de Sargentelli, de dar vida ao rockstar estadunidense, não é por acaso. Sua paixão pela música, inspirada desde a infância pelo saudoso pai, o também artista Roberto Sargentelli, com quem soltava a voz em canções como “Love Me Tender”, somada à sua busca incansável por se reinventar a cada trabalho nos últimos 15 anos, despertaram nele o desejo de mergulhar nessa nova tarefa desafiadora, e a qual vem se dedicando desde 2017, quando o diretor Breno Silveira, com quem trabalhou no musical “Dois Filhos de Francisco”, disse ter visto nele, durante um dos seus ensaios para viver Zezé Di Camargo, a figura de Elvis. Foi este o pontapé inicial para que o sonho antigo virasse um projeto e começasse, enfim, a sair do papel.

Foi ao longo, também, dos últimos sete anos, que Beto se dedicou a escrever o roteiro deste que será o seu segundo musical biográfico e que marca sua estreia como autor. Todo o processo de estudo lhe rendeu base suficiente para conhecer os detalhes dessa história, reunindo as ferramentas necessárias para incorporar não apenas a voz característica, mas também os gestos, estilos e presença de palco magnética, marcada pelo visual dândi, o topete montado à base de brilhantina tipo Royal Crown e os movimentos característicos de pernas e quadris.

“Os desafios são inúmeros e com certeza os maiores estão nos movimentos corporais e na responsabilidade de interpretar um ícone conhecido pelo mundo todo, mas sinto como se me preparasse para esse momento desde que me entendo por gente. Desde pequeno me inspiro, primeiro no meu pai, depois em Elvis. Sempre tive topete, flertei com a costeleta, sem falar no apreço por violões, motocicletas e carros antigos. Musicalmente fui tão eclético quanto ele, ouvindo música popular, rock, Folk, R&B, tocando e cantando todos os estilos com meu pai. São muitas as conexões especiais. Posso dizer que viver o Rei, idealizar o projeto, escrever o texto e produzir, realmente é o maior desafio da minha vida”, relata Sargentelli, que coleciona papéis de destaque em mais de 15 musicais, além de estatuetas de melhor Ator dos principais prêmios de gênero, como Bibi Ferreira e Destaque Imprensa Digital, entre outras honrarias e reconhecimentos.

Já o veterano Stepan Nercessian, conhecido por inúmeros trabalhos nas telas, retorna aos musicais biográficos após quase uma década, desde sua marcante interpretação do apresentador Chacrinha, no musical biográfico “Chacrinha – O Musical”, em 2015. O ator veterano aceitou com honra o desafio de dar vida ao antagonista da história, o famoso Coronel Tom Parker, gerente pessoal, comercial e financeiro de Presley, moldando toda a trajetória de sua carreira, do início ao fim.

“Na vida do artista, quando alguém acredita, confia no seu potencial, e te convida para trabalhar, é sempre algo muito reconfortante; nesse caso então, foi mais especial ainda, porque é para falar sobre um artista que existe dentro de cada um de nós. Todo mundo tem um pedacinho de Elvis dentro de si; e ser convidado para fazer o Coronel torna a responsabilidade ainda maior. Fiquei muito honrado”, comemora ele, que completa: “É muito bom poder contar a vida de uma pessoa, em um espetáculo que transcende a biografia dela”, ao considerar todos os temas que são abordados na história.

Também retornando aos musicais após quase 10 anos está Bel Moreira, intérprete de Priscilla Presley. A atriz, que vinha se dedicando ao audiovisual, celebrou o reencontro com os palcos, agora adulta, com esse convite que considerou emocionante. “Em 2024 completei 15 anos do meu primeiro musical, que marca o início de tudo pra mim. Me lembro o tempo todo da garotinha que eu era e quem eu me tornei nas coxias paulistanas. Espero manter a graciosidade de Priscilla e mostrar para o público sua transição, de menina a mulher”, conta ela.

Na pele de B.B King está Danilo Moura, que, assim como Nercessian, repete uma experiência bem sucedida com a biografia teatral, tendo já homenageado um outro nome forte da música, Tim Maia, na premiada produção “Tim Maia – Vale Tudo”, em 2012. O artista foi o escolhido para interpretar o  lendário cantor e guitarrista de blues Riley Ben King e expressou sua alegria pelo novo trabalho, enfatizando a importância do desafio que pede uma preparação meticulosa.

“Um convite do diretor João Fonseca sempre tem importância na vida de qualquer ator. E B.B King é um artista que eu consumo muito. Tô que é só alegria de poder trazer essa figura para o palco do teatro. Minha preparação para vivê-lo foi basicamente guitarra. Estudei muito, todos os dias, incessantemente. Eu amo esses desafios e tenho dado os meus 100% de dedicação para entregar o melhor para o público”, conta ele.

Enquanto isso, Aline Cunha, convidada para dar vida à pioneira Sister Rosetta Tharpe, compartilhou sua emoção ao receber o convite para retratar uma figura tão significativa na história da música. Ela destacou a importância de reconhecer as contribuições dos artistas negros, especialmente em um contexto como este, onde o legado de Tharpe é fundamental para compreender as raízes do rock. Aline está se preparando para o papel pautada por diversas pesquisas e até mesmo se afinando com uma guitarra semelhante à usada por Tharpe, buscando capturar autenticidade em sua interpretação.

“Receber esse convite foi realmente emocionante! Fico muito feliz de poder representar a mulher que inventou o Rock. Não sei se todos que são fãs de Elvis Presley e de artistas mais jovens da época sabem de sua influência. Infelizmente, temos pouquíssimas oportunidades de ressaltar a importância de artistas negros na história da música, e esse musical é uma excelente oportunidade para relembrar dessas personalidades que não puderam ser reconhecidas em sua época”, ressalta.

Capitaneado pela H Produções Culturais, de sucessos como “Os Últimos 5 Anos”, “Nautopia” e “Bonnie & Clyde”, em colaboração com a Turbilhão de Ideias de Gustavo Nunes (Cássia Eller – O Musical) e Andarilho Filmes de Eline Porto (Por Elas – O Musical), “O Rei do Rock – O Musical” reúne também em sua equipe criativa profissionais renomados do eixo Rio-São Paulo. João Fonseca, conhecido por sua trinca de biografias musicais (Tim Maia – Vale Tudo, Cássia Eller – O Musical e Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz), assume a direção, enquanto Thiago Gimenes assina a direção musical. Já Keila Bueno é responsável pela direção de movimento e coreografias, Marcos Padilha pelo visagismo, Fábio Namatame pelos figurinos, Giorgia Massetani pela cenografia, Paulo Cesar Medeiros pelo desenho de luz e Tocko Michelazzo pelo desenho de som.

FIQUE LIGADO EM O REI DO ROCK – O MUSICAL NAS REDES:

www.instagram.com/oreidorock
www.tiktok.com/@oreidorock
Acesse: www.oreidorock.com.br

Ficha Técnica | O Rei do Rock – O Musical

Texto: Beto Sargentelli

Direção: João Fonseca
Direção Musical: Thiago Gimenes
Direção de Movimento e Coreografias: Keila Bueno
Assistente de Coreografias: Tiago Weber
Assistente de Direção Musical: Johnny Mantelato
Figurinista: Fabio Namatame
Cenografia: Giorgia Massetani
Designer de Luz: Paulo Cesar Medeiros
Designer de Som: Tocko Michelazzo
Visagismo: Marcos Padilha
Assessoria de Imprensa: GPress Comunicação por Grazy Pisacane 
Direção Criativa: Eline Porto
Fotos: Stephan Solon
Comunicação Visual: Estúdio Órbita
Gestão de Marketing: Palma Comunicação
Direção de Produção: Lucas Mello
Produção Executiva: Tâmara Vasconcelos
Gerente de Companhia: Pedro Guida
Assistente de Produção: Giulia Zerbinatto
Stage Manager: Caio Bichaff
Produção Administrativa: Andrea Sargentelli
Apoio: PremieRpet, Folha de SP, Ambra Estúdio de Dança, Hotel Transamérica Berrini e Panificadora Ceci.
Idealização e Produção: H Produções Culturais
Supervisão de Produção: Turbilhão de Ideias
Realização: Andarilho Filmes e Governo Federal

SERVIÇO:

“O Rei do Rock – O Musical”

  • Local: Teatro Claro MAIS SP – Shopping Vila Olímpia
  • Rua Olimpíadas, 360 – Vila Olímpia, São Paulo – SP
  • Temporada: 15 de março a 19 de Maio de 2024
  • Sessões: Quinta a Domingo
  • Quintas e Sextas às 20h | Sábados às 16h30 e às 20h30 | Domingos às 15h30 e às 19h30
  • Valores: Plateia Premium R$350,00 | Plateia Las Vegas R$300,00 | Plateia Memphis R$250,00 | Plateia Cadilac R$200,00 | Balcão R$75,00
  • Vendas: Uhuu (com taxa de serviço) ou Bilheteria Local do Teatro
  • https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/o-rei-do-rock-o-musical-12634
  • Duração: 140 minutos
  • Classificação: 12 anos

O premiado musical “Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças” volta ao cartaz, de 16 a 31 de março, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca

Fábula baseada na vida do Rei do Baião já foi vista por mais de 200 mil pessoas e celebra os 10 anos de atividades do projeto teatral “Grandes Músicos para Pequenos”

Luiz e Nazinha

Luiz e Nazinha – Foto de Vinicius Bertoli

Criado com o objetivo de homenagear e preservar a memória de grandes nomes da música popular brasileira, o premiado projeto ‘Grandes Músicos para Pequenos’ comemora 10 anos de vida em 2024. Para celebrar a data, os criadores Diego Morais e Pedro Henrique Lopes (da produtora Entre Entretenimento) reestreiam o seu primeiro sucesso: o musical infantil Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças, que fica em cartaz de 16 a 31 de março, na Cidade das Artes (Grande Sala), com sessões aos sábados e domingos, às 16h. O espetáculo é apresentado pelo Grupo Bradesco Seguros, através da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

Vista por mais de 200 mil pessoas, a peça deu início ao projeto, que reúne hoje outros seis premiados espetáculos: “O Menino das Marchinhas – Braguinha para Crianças”, “Bituca – Milton Nascimento para Crianças”, “Tropicalinha – Caetano e Gil para Crianças”, “Raulzito Beleza – Raul Seixas para Crianças”, “Pimentinha – Elis Regina para Crianças” e “A Menina do Meio do Mundo – Elza Soares para Crianças”.

“O Grandes Músicos para Pequenos é um projeto de memória. Um resgate da obra de ícones consagrados da nossa MPB. A velocidade de informações no mundo hoje tem deixado a memória cada vez mais descartável, mas nós acreditamos que a cultura e a música são alicerces importantes para formação e convívio de uma sociedade harmônica. Por isso, o que nós fazemos com os espetáculos é remexer no baú das memórias afetivas dos adultos, e abrir a janela de um novo mundo para as crianças”, comenta Diego Morais.

Com texto de Pedro Henrique Lopes, direção de Diego Morais e direção musical de Guilherme Borges, Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças conta passagens da infância de Luiz Gonzaga no interior do Nordeste, com destaque para a descoberta do amor, quando o jovem Luizinho (Pedro Henrique Lopes) se apaixona por Nazarena (Aline Carrocino), filha de um coronel que não permite o namoro deles. No elenco, também estão Erika Riba e Sergio Somene. O resultado é uma fábula de amor inocente, voltada para toda a família, embalada por grandes sucessos do músico, como
“Asa Branca”, “Que Nem Jiló”, “Baião”, “O Xote das Meninas”, “Olha Pro Céu”, entre outros.

O espetáculo foi indicado em 8 categorias nos maiores prêmios de teatro infantil do Rio de Janeiro e Aline Carrocino foi premiada como Melhor Atriz no Prêmio CBTIJ de Teatro Infantil 2015. “Muitas crianças pedem aos pais para escutarem as canções de Luiz Gonzaga depois de assistirem ao musical. O projeto contribui para que músicas e ídolos das gerações de pais, avós e bisavós sejam passados para as novas gerações. No teatro, o que vemos são famílias completas cantando, se divertindo e se emocionando juntas. E isso, sem dúvida, impacta em como as crianças de hoje passarão estas músicas e artistas para as crianças de amanhã”, observa Pedro Henrique Lopes.

Grandes Músicos para Pequenos

Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças marcou a estreia do projeto “Grandes Músicos para Pequenos”, criado com o intuito de apresentar a vida e a obra de importantes compositores para as novas gerações. Depois, vieram O Menino das
Marchinhas – Braguinha para Crianças, que estreou em 2016 e foi premiado em três categorias pelo CBTIJ – Melhor Atriz em Papel Coadjuvante (Martina Blink), Direção de Produção (Entre Entretenimento) e Prêmio Especial pela qualidade do projeto (Diego Morais e Pedro Henrique Lopes), além de outras 12 indicações; Bituca – Milton Nascimento para crianças, de 2017, vencedor do Prêmio CBTIJ de Melhor Ator (Udylê Procópio) e de quatro estatuetas no Prêmio Botequim Cultural: Melhor espetáculo infanto-juvenil, Melhor Direção (Diego Morais), Melhor Roteiro (Pedro Henrique Lopes) e Melhor Atriz Coadjuvante (Aline Carrocino), além de outras 11 indicações; Tropicalinha – Caetano e Gil para Crianças, de 2018, vencedor dos prêmios Brasil Musical 2018 de Melhor espetáculo Infantil, Musical Rio 2018 como Melhor Espetáculo Infantil, e Botequim Cultural de Melhor Direção Infanto Juvenil, além de outras 8 indicações; e Raulzito – Raul Seixas Para Crianças, de 2019, vencedor do Prêmio Musical Rio de Melhor Espetáculo Infantil.

Pimentinha – Elis Regina para Crianças fez temporada virtual em 2021, e estreou presencialmente em 2022, sendo indicada ao Prêmio CBTIJ de Melhor Ator em Papel Coadjuvante (Lucas da Purificação). Em 2022, o projeto também estreou a peça A
Menina do Meio do Mundo – Elza Soares para Crianças, indicada aos prêmios CBTIJ de Melhor Atriz em Papel Coadjuvante (Ella Fernandes) e Direção de Produção (Entre Entretenimento).

As sete peças juntas já foram vistas por mais de 250 mil espectadores. O objetivo do Grandes Músicos para Pequenos é apresentar a vida e a obra de importantes compositores para as novas gerações e promover o resgate da cultura brasileira
através de espetáculos que envolvam toda a família em experiências inesquecíveis. “A ideia é trazer o legado de uma cultura quase esquecida para as novas gerações, com um conteúdo atraente para as famílias”, descreve Pedro Henrique Lopes, autor das peças do projeto. “Queremos criar experiências de entretenimento inesquecíveis e marcantes, onde o espectador participe de forma ativa”, explica o diretor Diego Morais.

Mais sobre o espetáculo e o projeto em: www.grandesmusicosparapequenos.com.br

Ficha técnica:
Direção: Diego Morais
Direção Musical: Guilherme Borges
Texto: Pedro Henrique Lopes
Elenco: Pedro Henrique Lopes (Luizinho), Aline Carrocino (Nazinha), Erika Riba
(Santana / Elvira) e Sergio Somene (Januário / Raimundo)
Cenário: José Claudio Ferreira
Figurino e adereços: Wanderley Nascimento
Iluminação: Pedro Mendonça
Produção e realização: Entre Entretenimento

Serviço:
Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças
Temporada: 16 a 31 de março
Cidade das Artes Bibi Ferreira: Avenida das Américas, 5300 – Barra da Tijuca
Telefone: (21) 3325-0591
Dias e horários: Sábados e Domingos, às 16h.
Ingressos: Plateia: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada) – Frisas: R$ 40 (inteira) e 20
(meia-entrada) – Camarote: R$ 30 (inteira) e 15 (meia-entrada).
Vendas de ingressos: na bilheteria e no site Sympla
Duração: 1h
Classificação: Livre

Sirena

 Solo da bailarina capixaba Ivna Messina, estreia em 14 de março no Sesc Copacabana

Sirena

Sirena – Foto de Farley José

Uma sereia, uma harpia, um fauno e uma medusa. Essas figuras mitológicas são ponto de partida para “Sirena”, mais novo solo de dança da bailarina capixaba Ivna Messina que estreia dia 14 de março na Sala Multiuso do SESC Copacabana para curta temporada de duas semanas – de quinta a domingo, às 19h, até 24 de março. “Sirena” foi selecionado pelo Edital de Cultura do Sesc RJ Pulsar.

Dirigido por Alexsandra Bertoli, o espetáculo tem como eixo o hibridismo presente em seres da mitologia greco-romana que são parte humanos e parte animais, mesclando-se ao flamenco – arte a que Ivna se dedica há 22 anos –, à dança contemporânea, ao teatro e a uma trilha sonora especialmente composta para o trabalho, com direção musical de Letícia Malvares.

Hibridismo como norteador da pesquisa

Ivna Messina pesquisa a relação entre o flamenco e outras expressões artísticas. Com esse foco, criou, em 2012, o projeto “Isso não é flamenco”, em que convida outros artistas, de diferentes áreas, para experimentar esse atravessamento de linguagens. Terceiro solo da artista, “Sirena” também segue por essa linha, ainda que seja bem diferente de seus trabalhos anteriores, “Bom sujeito” (2016), com direção de Fernando Marques, e “Pedra” (2018), direção de Carla van den Bergen.

“Eu trago a experiência do corpo flamenco e da lida com esses elementos e gestualidade, que é muito marcada e expressiva com as linhas, o trabalho de mãos, os giros… e essa técnica é utilizada majoritariamente de maneira não tradicional no meu trabalho”, explica Ivna Messina. “O flamenco, portanto, está presente como técnica e matéria, mas ele não é utilizado de maneira tradicional; então, junto a isso, temos também técnicas de dança contemporânea e elementos relacionados ao teatro e à música”, explica a artista.

Em “Sirena”, essa contaminação extrapola o universo da linguagem e aparece na criação de figuras mitológicas híbridas, em imagens sugeridas a partir de elementos característicos do flamenco, que vão sendo ressignificados ao longo dos personagens. Exemplo disso é a bata de cola – que se transforma no rabo da sereia e traz ainda uma sensação de mar, das ondas, das algas –, o mantón de manila (xale) – que se relaciona com as asas de uma harpia e o cabelo da medusa –, ou ainda o sapateado – que remete ao casco do fauno. Para além de questões meramente estéticas, essas mesclas também se abrem a temáticas transversais contemporâneas e apontam posicionamentos e escolhas políticas, como o debate sobre a marginalização de figuras híbridas na sociedade de modo mais amplo, os “purismos” de várias ordens e a representação da mulher.

Para a diretora Alexsandra Bertoli, todos que participam do núcleo de criação, cada um em sua função, ajudam a tecer sentidos e são estimuladores para a construção do espetáculo, que surgiu de uma proposta pessoal de Ivna.

“A relação da intérprete-criadora com os elementos cênicos, a apropriação, a ressignificação deles, nos ajudando a construir esses outros híbridos que desejamos, gerando esse lugar de constante transformação durante o espetáculo inteiro”, destaca a diretora Alexsandra Bertoli.

SERVIÇO

“Sirena

  • Espetáculo de dança de Ivna Messina
  • Temporada: de 14 e 24 de março de 2024 – de quinta a domingo, às 19h
  • Local: Sesc Copacabana – Sala Multiuso – Rua Domingos Ferreira, 160. Tel.: (21) 2547-0156
  • Ingressos: R$ 7,50 (credencial plena Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira) e entrada franca (público PCG)
  • Bilheteria: de terça a sexta, das 9h às 20h | sábados e domingos, das 14h às 20h.
  • Classificação indicativa: livre. Duração: 50 min. Lotação: Sujeito à lotação.

 FICHA TÉCNICA:

  • Bailarina, coreógrafa e concepção: Ivna Messina
  • Direção: Alexsandra Bertoli
  • Direção de arte, operação de som e fotografias: Farley José
  • Direção e composição musical: Letícia Malvares
  • Dramaturgismo: Thiara Pagani
  • Iluminação: Carla van den Bergen
  • Confecção de figurino e adereços cênicos: Farley José, Clésio Júnior e MiFlamenco Sevilla e BergoñaCerbera
  • Operação de luz: Daniel Boone
  • Mixagem e edição de som: Luciano Camara
  • Flautas: Letícia Malvares
  • Guitarra flamenca: Luciano Camara
  • Percussão: Georgia  Camara
  • Voz e Viola: Luiza Sales
  • Direção de produção: Ivna Messina
  • Realização: Isso não é Flamenco / sala Baila!
  • Apoio: sala Baila!, Cena Escola de Dança

Dias e Noites de Amor e Guerra estreia no Sesc 24 de Maio e conta histórias de quem lutou pela liberdade nas ditaduras militares latino-americanas

Dias e Noites

Dias e Noites – Foto de Bob Souza

No período em que a América Latina estava tomada por ditaduras militares, o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015) percorreu vários países durante seu exílio, registrando suas experiências no livro “Dias e Noites de Amor e de Guerra” (1978). Parte desses textos originou o espetáculo homônimo, com direção de Cesar Ribeiro, que faz uma temporada no Sesc 24 de Maio (Rua. 24 de Maio, 109 – República, São Paulo) entre os dias 16 de março e 7 de abril de 2024, com sessões às quintas e às sextas, às 20h; aos sábados, às 16h e às 20h; e aos domingos, às 18h. Estão programadas sessões extras na quarta-feira, dia 20 de março, às 20h, na quarta-feira, dia 3 de abril, às 20h, e na quinta-feira, dia 4 de abril, às 16h. Não haverá sessão na sexta-feira, dia 29 de março. Em cena estão Helio Cicero, Mariana Muniz, Rodrigo Bolzan e Pedro Conrado. A iniciativa foi selecionada no Edital ProAC de produção de 2022.

Encenada pela Cia. Mecenato Moderno, fundada pela produtora Silvia Marcondes Machado e por Helio Cicero, a peça parte das ditaduras militares para investigar, de maneira mais ampla, os sistemas autoritários e violentos que geram a desumanização. E, ao mesmo tempo, apresenta a construção de uma memória coletiva do continente latino-americano. “Em um momento do texto, Galeano afirma: ‘Em tempos de crise, não se tornam conservadores os liberais e fascistas os conservadores?’. Em outro, diz: ‘As teorias de Milton Friedman significam, para ele, um Prêmio Nobel. Para os chilenos, significam Pinochet’. É contra essa produção da morte – sempre com objetivo econômico, e não ideológico, como costumam afirmar as lideranças autoritárias – que surge a montagem”, afirma o diretor do espetáculo.

Direito à memória

Para o grupo, o mais importante é reforçar o direito à memória e à verdade, movimento que, segundo a escritora e crítica literária argentina Beatriz Sarlo, citada no projeto, teve início ao fim da Segunda Guerra Mundial, quando os crimes nazistas foram julgados pelo Tribunal de Nuremberg. A ideia é usar os testemunhos para fazer a reconstrução histórica – e não apenas os documentos -, investigando o passado para fortalecer a cidadania.

Em “Dias e Noites de Amor e de Guerra”, os relatos mostram como os governos autoritários provocaram uma diáspora de brasileiros, chilenos, argentinos, uruguaios e outros povos latino-americanos, tudo por conta de uma perseguição político-ideológica virulenta.

O público entra em contato com depoimentos como o de Eric Nepomuceno, tradutor de Galeano, quando descobriu que seu amigo, o jornalista Vladimir Herzog, foi “suicidado” nas celas da repressão militar. Há também dados sobre a participação dos Estados Unidos na ditadura da Guatemala, considerado “o primeiro laboratório latino-americano para a aplicação da guerra suja em grande escala”; além de encontros de Galeano com Fidel Castro, Che Guevara e Salvador Allende.

Ao mesmo tempo, a obra retrata os movimentos estudantis, os indígenas latino-americanos, os trabalhadores e os encontros em que amor e amizade serviram como resistência à barbárie. Ou seja, toda a narrativa é construída a partir dos afetos, mesmo com o cenário de terror e medo.

“Depois da tragédia dupla que foi viver sob um governo neofascista e atravessar a pandemia de Covid-19, momento de acúmulo de mortes, deterioração econômica, perda de trabalho e destruição de áreas como meio ambiente, cultura, educação e outras, além da perseguição às chamadas minorias, o ideal é o retorno a uma existência em que, no mínimo, seja possível viver sob um Estado que não busque a destruição de sua própria população”, defende Ribeiro.

Encenação

Cesar Ribeiro buscou uma linguagem que “cruza princípios do teatro documental com o trágico, em que estão presentes Tadeusz Kantor, HQs, artes plásticas, dança contemporânea, butô, cyberpunk e futurismo”.

O espetáculo é formado por 10 narrativas conduzidas como quadros em movimento. Há cenas desenhadas como coreografias de dança, sem texto, reproduzindo movimentos de fuga e perseguição. O cenário de J. C. Serroni, os figurinos de Telumi Hellen e o desenho de luz de Domingos Quintiliano contribuem para a potência da peça, além do visagismo de Louise Helène.

“Encenar a obra de Eduardo Galeano é uma necessidade contra o revisionismo, contra a tentativa de apagamento da memória e contra uma estrutura histórica do capitalismo que, para sua sobrevivência, provoca a exclusão de tudo o que não seja o homem branco heterossexual – ou seja, negros, mulheres, indígenas, homossexuais e outros, além do ataque a partidários do espectro político de esquerda”, defende Cesar Ribeiro.

Ficha Técnica

Texto: Eduardo Galeano
Direção, sonoplastia e adaptação: Cesar Ribeiro
Atores: Helio Cicero, Mariana Muniz, Rodrigo Bolzan e Pedro Conrado
Vozes em off: Paulo Campos e Ulisses Sakurai
Cenografia: J. C. Serroni
Desenho de luz: Domingos Quintiliano
Figurinos: Telumi Hellen
Visagismo: Louise Helène
Tradução: Eric Nepomuceno
Direção de produção: Edinho Rodrigues
Realização: Cia. Mecenato Moderno, ProAC 01/2022 e Sesc São Paulo

SERVIÇO

Dias e Noites de Amor e de Guerra

  • Data: 16 de março a 7 de abril de 2024
  • Quintas e sextas, às 20h; aos sábados, às 16h e 20h; e aos domingos, às 18h
  • Atenção: Sessões extras na quarta-feira, dia 20 de março, às 20h, na quarta-feira, dia 3 de abril, às 20h, e na quinta-feira, dia 4 de abril, às 16h.
  • Não haverá sessão na sexta-feira, dia 29 de março.
  • Local: Sesc 24 de Maio
  • Endereço: Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo, SP
  • Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada) e R$ 15 (credencial plena)
  • Duração: 90 min | Classificação: 14 anos

Você pode gostar

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceito Leia mais

Share via