Um corpo que respira arte, pulsa memória e atravessa territórios sensíveis. Assim é “Entre Corpos”, nova exposição que ocupará o icônico Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), de 8 de junho a 24 de agosto de 2025. Reunindo obras de artistas residentes do Instituto MECA — um projeto cultural que floresce dentro do grupo Mac Laren, na Ilha da Conceição — a mostra é mais do que uma reunião de trabalhos: é um organismo em movimento.
Com curadoria sensível e provocativa de Natália Grilo, Entre Corpos apresenta ao público criações que transcendem suportes e categorias tradicionais. As obras são manifestações materiais de universos internos que habitam cada artista. Não se trata de representação, mas de presença: esculturas, instalações, pinturas, performances e vídeos que dialogam com corpo, território, ancestralidade e transformação.
Dentre os artistas participantes, destacam-se nomes em plena ascensão no cenário da arte contemporânea:
Carla Santana, artista visual de São Gonçalo (RJ), com atuação multilinguagem entre escultura, instalação, performance e pintura. Cofundadora do movimento Trovoa, sua obra investiga o corpo como dispositivo expressivo, utilizando a argila como matéria simbólica e sensorial. Já expôs em instituições como MAC Niterói, Museu de Arte do Rio, Tanya Bonakdar Gallery (NY) e Interior 2.1 (México), consolidando-se como uma voz relevante na arte contemporânea.
Rayana Rayo, artista visual pernambucana cuja pintura explora o autoconhecimento, a memória e a ancestralidade através da tensão entre abstração e figuração. Com forte influência da tradição artística de Pernambuco, integra atualmente a residência do Instituto MECA, em Niterói, e é representada pela Galeria Marco Zero. Em 2024, teve obras em exibição na Pinacoteca de São Paulo, consolidando-se como uma das vozes emergentes da pintura contemporânea brasileira.
Mariana Rocha, artista visual e professora de Niterói (RJ), cuja obra investiga o corpo, a água e a natureza como territórios de cura e resistência. Mestre em Artes Visuais pela UERJ, participou de exposições no Brasil e no exterior, incluindo Frieze London, Zonamaco (México), 1-54 Paris e instituições como SESC Belenzinho, Paço Imperial e Museu da República. Sua pesquisa articula sensibilidade, política e imaginação ecológica.
Iagor Peres, vencedor do Prêmio PIPA 2023, transita entre escultura, vídeo, instalação e performance, explorando a recategorização da matéria e a presença do corpo no espaço. Suas obras foram apresentadas em exposições individuais como “Quando o raio bate na areia” na Galeria Quadra, São Paulo, e em coletivas internacionais como “Possible Agreements” na Galeria Mendes Wood DM, Bruxelas, Bélgica, e “Festival Hors Piste” no Centre Georges Pompidou, Paris, França.
Luisen (Luis Enrique Zela-Koort), artista e pesquisador peruano nascido em 1994, conhecido por explorar temas como corpo, tecnologia e gênero em suas obras. Com formação pela escola Corriente Alterna, participou de diversas exposições importantes no Peru e no exterior. Destacam-se suas mostras individuais “Retorno Solar” no MAC Lima (2022-2023) e “Todos los pulsos posibles” na galeria N.A.S.A.L., na Cidade do México (2023). Também participou de coletivas como “Deseos Modernos” no Centro de Arte Contemporáneo de Quito e da Bienal do Mercosul (2022). Em 2024, exibiu seus trabalhos na Frieze Seoul, representado pela galeria Revolver, consolidando sua presença no cenário artístico internacional.
Gilson Plano, Artista e historiador goiano, com atuação entre escultura, educação e gestão cultural. Sua produção investiga formas, estruturas e narrativas ligadas à memória coletiva e ao imaginário brasileiro. Mestre em Artes pela UERJ, realizou exposições no Brasil e em Portugal, com destaque para o CCSP e a Galeria Quadra.
No espaço futurista do MAC, projetado por Oscar Niemeyer, essas obras se entrelaçam como órgãos de um mesmo corpo vivo. “Cada canto é um núcleo que pulsa experiência, afeto e imaginação. Um convite ao visitante para sentir com o corpo inteiro”, destaca o texto curatorial.
Entre Corpos é, sobretudo, uma travessia. Uma embarcação sensível conduzida por artistas que fazem do fazer artístico um ato de presença radical. Um encontro visceral entre o industrial e o sensível, o individual e o coletivo, o visível e o vibrátil.
O Instituto MECA, responsável pela exposição, é um braço cultural do grupo naval Mac Laren. Situado em pleno complexo industrial na Ilha da Conceição, o MECA se destaca por sua proposta inovadora: “A visão do MECA é transformar um espaço técnico e fabril em uma plataforma fértil para a arte contemporânea. Por meio de residências artísticas, programas formativos e exposições, atuamos como ponte entre artistas, comunidades e instituições culturais, ampliando horizontes e promovendo experiências estéticas potentes e transformadoras”, explica Eduardo Mac Laren, diretor de sustentabilidade do Grupo Mac Laren e idealizador do Instituto.
Mac Laren
A Mac Laren, líder em soluções integradas, logística e construções do mercado offshore, tem uma trajetória profundamente conectada ao desenvolvimento da indústria de Petróleo e Gás no Brasil. Referência em excelência e precisão nas operações portuárias, a companhia conta com duas unidades industriais portuárias em Niterói (RJ), com infraestrutura de ponta e operação 24h: A unidade PA, localizada na Ponta D´Areia, com capacidade para sete berços com calado de 7,5 metros, e a unidade IC, localizada na Ilha da Conceição, com nove berços com calado de 9 metros, ambas oferecem serviços navais, incluindo reparos, fabricação e instalação de estruturas metálicas
Seu compromisso com a qualidade e sua cultura ética de responsabilidade, comprometimento e inovação garante à Mac Laren uma posição de referência e destaque no setor. A empresa implementou o moderno conceito One Stop Shop, oferecendo uma solução completa que centraliza todos os serviços essenciais para manutenção e operação naval em um único local. Com isso, clientes encontram, em um só espaço, infraestrutura para atracação, armazenamento adaptável, logística, movimentação de cargas, reparo naval e fabricação de peças, além do gerenciamento de resíduos e suporte administrativo. Esse modelo proporciona praticidade, reduz custos operacionais e garante uma experiência padronizada e eficiente.
A responsabilidade social sempre foi uma das grandes preocupações da companhia, que implementou, dentro do complexo industrial Ilha da Conceição, o Instituto MECA, que tem por objetivo fomentar educação, cultura, inclusão e respeito ao meio ambiente, atuando como um agente de transformação social nas comunidades locais.
