Após ter percorrido, com grande sucesso, as cidades históricas mineiras de Tiradentes, Ouro Preto e Mariana, o Festival Estrada Real estará em Paraty, no sul fluminense. O evento celebra a diversidade da música e do folclore brasileiro, visitando os seus principais autores, transitando pelos chorinhos, modinhas e lundus, passando pelos períodos colonial e imperial, e chegando aos dias atuais.
Durante três dias, 24, 25 e 26 de junho, sexta a domingo, o público irá assistir, com entrada franca, shows com grandes atrações da música instrumental, como Gilson Peranzzetta e Mauro Senise, Marcelo Caldi e Silvério Pontes, Zé Paulo Becker, o conjunto de Música Antiga da Universidade Federal Fluminense (UFF), além de talentosos músicos locais, como o grupo de Ciranda Os Caiçaras.
Idealizado pelo produtor cultural Leonardo Conde ,o projeto conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o Festival Estrada Real segue todos protocolos de segurança da Covid -19 determinados pelos municípios e pela OMS. Toda a programação do evento pode ser acessada através do site www.festivalestradareal.com.
Veja a programação:
PARATY
24 de junho, sexta-feira:
19h Marcelo Caldi e Silvério Pontes – Casa de Cultura de Paraty
Entrada franca, com distribuição de senha no local, a partir de 1h antes do show
Silvério Pontes tocou durante 30 anos com o parceiro e ídolo Zé da Velha, referência obrigatória no trombone brasileiro. “A gente adorava estar cercado de músicos jovens, e aquele menino Marcelo Caldi era um deles, e chamou minha atenção, pela sua formação clássica, pela versatilidade de estilos que tocava no acordeom”, conta o trompetista. Marcelo, por sua vez, ainda se lembra da emoção de ter subido pela primeira vez no palco ao lado da dupla Zé da Velha e Silvério Pontes, em 2011, na sede do Bola Preta, na Lapa, Rio de Janeiro.
Os ventos sopram, e foi num show do Baile do Almeidinha, comandado por Hamilton de Holanda, que Silvério e Marcelo se reencontraram e começaram a trocar ideias sobre composição. A partir daí, selaram uma parceria prolífica, em aproximadamente 50 músicas, até agora. Dessas, selecionaram dez, aqui apresentadas neste novo show do duo. Eles homenageiam Cartola, Dominguinhos e Zé Menezes, e abrem espaço para muitos ritmos. A ideia é levar novos ares à linguagem contemporânea do choro, recolhidos lá do final do século XIX, quando as matrizes da música brasileira ganharam forma e começaram a soprar nos ouvidos de nossa gente.
25 de junho, sábado:
16h – Música Antiga da UFF – Igreja da Capelinha
Entrada franca
Desde a sua fundação em 1981, o grupo vem resgatando e transmitindo não apenas a música, mas a própria visão de mundo da Idade Média, do Renascimento e do Barroco. Ao longo desses anos, os instrumentistas se especializaram, através de cursos no Brasil e no exterior, na técnica e interpretação das músicas desses importantes períodos históricos. Seus integrantes,
Leandro Mendes, Mário Orlando, Sonia Leal Wegenast, Cecilia Aprigliano e Rosimary Parra, trabalham com pesquisa histórica e musicológica, apresentando-se com réplicas dos instrumentos utilizados naqueles períodos. O grupo já gravou sete CDs temáticos e um LP, realizou mais de 2 mil concertos em todo o Brasil, além de trilhas sonoras, videoclipes, e organiza cursos, festivais e feiras renascentistas na Universidade Federal Fluminense.
18h – Zé Paulo Becker e a participação especial do percussionista Bernardo Aguiar –
Casa de Cultura de Paraty
Entrada franca, com distribuição de senha no local , a partir de 1h antes do show
Violonista e compositor, tem 15 CDs gravados, sendo cinco com o Trio Madeira Brasil. É parceiro de Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Roque Ferreira, Edu Krieger, Moyseis Marques e Pedro Luís, entre outros. Já foi gravado por artistas como Ney Matogrosso, Roberta Sá e Marcos Sacramento. Como violonista, antes de enveredar pela música popular brasileira, ganhou o Concurso Nacional de Violão Villa-Lobos (1990). Já se apresentou em inúmeros países da Europa, Ásia, África e América do Sul. Tocou com Ney Matogrosso, Elza Soares, Armandinho, Wagner Tiso, Francis Hime, Yamandu, Gal Costa, Leila Pinheiro, João Bosco, Marco Pereira e Paulo Moura. Recentemente, gravou com Chico Buarque e Milton Nascimento no CD da cantora portuguesa Carminho.
20h30 – Mauro Senise e Gilson Peranzzetta – Casa de Cultura de Paraty.
Entrada franca, com distribuição de senha no local , a partir de 1h antes do show
Referência na história do saxofone brasileiro, sendo reconhecido com um dos grandes improvisadores neste instrumento, Mauro Senise iniciou seus estudos aos 20 anos, tendo como mestres a flautista Odette Ernest Dias e o saxofonista Paulo Moura. Tocou e gravou com Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Wagner Tiso e Luiz Eça, entre outros grandes nomes da música instrumental brasileira.
Pianista, compositor, arranjador, produtor e maestro, Gilson Peranzzetta é um dos mais renomados artistas brasileiros da atualidade. Citado pelo maestro Quincy Jones como um dos maiores arranjadores do planeta, Peranzzetta recebeu cinco Prêmios de Música Brasileira como melhor arranjador, compositor e solista. E atingiu a impressionante marca de 55 CDs lançados no período de 1968 a 2018.
Com sólida carreira internacional, o Duo Gilson Peranzzeta e Mauro Senise vem se apresentando anualmente nos mais importantes festivais do Brasil, EUA e Europa, como o Vienna Jazz Festival, o Summer Festival, no San Francisco Jazz Center, e o Buenos Aires Jazz Festival, entre muitos outros. O CD “Dois na Rede” (2015, Fina Flor), que comemorou os 25 anos da parceria de Gilson e Mauro, foi eleito um dos 30 melhores do ano pelo crítico da Folha de São Paulo, Carlos Calado.
26 de junho, domingo:
11h – Grupo de Ciranda Os Caiçaras – Praça da Matriz
Tradicional em Paraty, foi criado em 1993, durante uma brincadeira que foi levada a sério, e continua até os dias atuais. É o símbolo da identidade cultural da cidade. Atuante em suas apresentações, difunde o conhecimento das danças tradicionais, instigando o público a participar das rodas de ciranda. O grupo é formado por Edilson, Dudu, Nego, Maninho, Leônidas Passos, Zé Renato e Serginho. A ciranda é uma dança típica do litoral fluminense, mais especificamente em Paraty, e foi preservada, de certa forma, por motivos históricos e geográficos. Porém, sua valorização ocorreu a partir da década de 1970, quando a cidade tornou-se polo turístico nacional.
“FESTIVAL ESTRADA REAL” – PARATY
Dias 24, 25 e 26 de junho – sexta a domingo
Entrada franca
Classificação indicativa: livre
Concepção e coordenação do projeto: Leonardo Conde
Patrocínio: Instituto Cultural Vale
Assessoria de Imprensa:
Mônica Cotta – (21) 99994-0850, 2259-8983 – monicamccotta@gmail.com