Galeria de Arte Ibeu apresenta as exposições individuais simultâneas dos artistas Henrique de França e Renata Nassur

por Redação

A Galeria de Arte Ibeu, no jardim Botânico, no Rio, apresenta, de 14 de junho até 5 de julho, duas exposições de artes visuais em paralelo. Com entrada gratuita, as mostras  “Somente o acaso tem voz”, do artista paulista Henrique de França, e “Primeiras visões das coisas”, da artista Renata Nassur, paranaense radicada no Rio de Janeiro, têm curadoria do escritor e artista visual Jozias Benedicto.

Em “Somente o Acaso Tem Voz” o artista Henrique de França apresenta seis pinturas em óleo sobre tela e três desenhos em lápis sobre papel, onde o acaso desempenha um papel preponderante no processo de construção das obras. O artista trabalha a partir de imagens de fotografias antigas de álbuns de família, isolando elementos de diferentes fontes, de tempos e lugares diversos, e os recombina em novas imagens, em novas narrativas. Estas imagens são trabalhadas em delicadas pinturas ou em desenhos nos quais o artista explora vazios, espaços negativos e interrupções.

Para Henrique, “o momento retratado busca ser o frame intermediário de algo que acabou de acontecer ou está para acontecer”. Com isto, as obras envolvem o espectador em um estranhamento no sentido em que Freud descreve, o Unheimliche, que significa algo que deveria permanecer secreto, oculto, mas apareceu. As pinturas são finalizadas com uma camada de tinta azul, como um “véu transparente”, o que faz referência à História da Arte – dos mantos das Virgens do Renascimento ao azul de Yves Klein – e também exacerbando no espectador este estranhamento.

– É como se os trabalhos do artista também estivessem vivos e nos convidando a viajar em seus mundos, nos propondo diálogos infindáveis – explica o curador Jozias Benedicto.

Mostra Primeiras visões das coisas

Já a artista Renata Nassur em sua mostra “Primeiras visões das coisas” apresenta seis séries de desenhos e pinturas, bem como um vídeo produzido durante o isolamento pela pandemia da covid-19. São trabalhos que tecem o “fio invisível” de sutil narrativa, tratando das questões como a realidade e a representação, o tempo, a efemeridade das coisas, a memória e o apagamento. Em duas das séries, a artista se utiliza da técnica da aquarela para replicar, em trabalho minucioso, recortes de jornais: obituários e classificados de garotas de programa.

Na série “Verso”, Renata reproduz o verso de cartões-postais antigos, comprados em lotes pela internet, ignorando as imagens que dariam sentido aos cartões e apresentando, nas palavras do curador, “fragmentos de um ininteligível romance à clef”. Nas pequenas pinturas a óleo da série “Nuvens”, a artista vai até a História da Arte, “recortando” detalhes de paisagens dos séculos XVII a XIX, contrapondo-as às aquarelas feitas a partir de pedras portuguesas retiradas e depois devolvidas às calçadas de seu caminho diário. Da mesma forma, ao reproduzir em pintura em tamanho natural a foto 3×4 da carteira de trabalho dos anos 1970 de seu pai, a artista nos mostra como outro olhar o efêmero ou esquecido, com o deslumbrado espanto de quem percebe as coisas pela primeira vez.

Serviço:

 Exposições individuais simultâneas: “Só o acaso tem vozdo artista Henrique de França, e “Primeiras visões das coisas, da artista Renata Nassur.

Curadoria: Jozias Benedicto

Visitação: 14/06 a 05/07

Horário: de segunda a quinta, de 13h às 19h; sextas, de 12h às 18h.

Entrada franca – sem restrição de idade

Galeria de Arte Ibeu – Rua Maria Angélica, 168 – Jardim Botânico 

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