Com mais de oito décadas de tradição, a história do Restaurante e Churrascaria Santo Antônio, em Porto Alegre (RS), atravessa gerações sempre com as melhores carnes nos mais variados estilos de churrasco, já que o churrasco não tem um único conceito, seja no espeto, na grelha ou ainda com um toque estrangeiro. O restaurante, que chega aos seus 88 anos, une qualidade com tradição e inovação em um negócio de família que já chega a sua quarta geração na família Aita.
O ambiente também se torna um ponto de parada obrigatória para quem quer conhecer um pouco mais da história da capital gaúcha e da culinária local. Um ambiente para conhecer os primeiros parâmetros gastronômicos e para criar memórias afetivas, com renomados filés, cortes especiais e os ideais dos fundadores de servir e acolher bem.
Atualmente, nas mãos dos irmãos Fabrício e Rafael Aita a churrascaria oferece da tradicional costela à contemporânea parrilla uruguaia, e trabalha na perspectiva de que até 2035, ano em que o restaurante completa um século de existência, trazer inovações em todos os setores, acompanhando as novidades do setor.
História
Fundado em 1935 pelo casal de imigrantes italianos Antonio e Conchetta Aita, o Restaurante e Churrascaria Santo Antônio ocupa desde então o número 465 da Rua Doutor Tímoteo, entre os bairros Floresta e Moinhos de Vento. O negócio surgiu como uma alternativa para quem trabalhava na região, que, na época, era rodeada por indústrias, para comer a típica comida italiana.
Antes da abertura do restaurante, para ajudar no sustento da família, Conchetta fornecia comida em viandas. Por um período, chegou a ter um café e lancheria conhecido como “café da italiana”. Entretanto, com o crescimento da procura por parte de vizinhos e de quem trabalhava nas imediações, a empreendedora resolveu que era chegada a hora de ampliar os negócios e buscou recursos para comprar a casa, onde até hoje está localizado o restaurante. Seu esposo, Antonio, na época era motorneiro dos bondes da Carris aproveitava a oportunidade para divulgar o restaurante, que na época servia a genuína comida italiana, com massa e galinha recheada.
Por conta dessa propaganda, o restaurante foi procurado e conhecido. Na época, ano do centenário da Revolução Farroupilha, devido a um evento em lembrança da data, o então governador Flores da Cunha buscou alguém para assar um grande churrasco, costume mais do interior gaúcho. Antônio aproveitou e disse que poderia, com seus quatro filhos e alguns amigos, fazer a churrascada no restaurante. A partir daí a carne entrou no cardápio e nunca mais saiu.