No próximo dia 21 de setembro, a Orla de Copacabana (Posto 5) voltará a ser o cenário da 18ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, evento promovido pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP). E, pelo segundo ano consecutivo, uma pesquisa será realizada durante o evento, em uma parceria entre a ADifalá e a Brotar Comunicação.
A sondagem tem como objetivo ouvir participantes de diversas tradições espirituais, especialmente as religiões de matriz africana, o Budismo, o Judaísmo e outras expressões religiosas não hegemônicas — para mapear casos de intolerância, compreender suas dinâmicas e subsidiar a formulação de políticas públicas mais eficazes. Assim como no ano passado, os dados coletados vão integrar um banco dados voltado para o estudo das populações marginalizadas e suas vulnerabilidades sociais.
Em 2024, a pesquisa revelou que 48,1% dos entrevistados já haviam sido vítimas de intolerância religiosa, com destaque para os praticantes de religiões de matriz africana, entre os quais 62% relataram episódios de discriminação. As formas mais comuns foram agressão verbal (40,2%) e exclusão social (19,1%). O levantamento também demonstrou que a maioria das vítimas não denuncia os casos, por medo, desconfiança institucional ou desconhecimento dos canais de denúncia.
“A repetição da pesquisa este ano reforça o compromisso da caminhada com a produção de dados sérios e com o enfrentamento estruturado da intolerância religiosa”, afirma Babalawô Ivanir dos Santos, liderança à frente da CCIR. “Esses dados são essenciais para promover ações de proteção, reconhecimento e valorização da diversidade religiosa no Brasil.”

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