O paraibano, Luís Augusto, comemora sua participação no telefilme “Jorge Quer Ser Repórter”, que vai ao ar em rede nacional pela TV Globo no próximo dia 24 de março, dentro da tradicional sessão Tela Quente. A produção, realizada pela Globo Rio de Janeiro a partir de um concurso de roteiros entre afiliadas da emissora, teve a TV Cabo Branco (Paraíba) como vencedora – o que levou as gravações diretamente para o Cariri paraibano. O filme é dirigido por por Lula Queiroga e Victor Germano (co-direção).
Por quase duas semanas, em dezembro de 2024, a cidade de São João do Cariri (PB) transformou-se em set de filmagem, com Luis Augusto integrando o elenco que deu vida à história de Jorge, um jovem interiorano decidido a realizar o sonho de ser repórter.
“Gravar esse telefilme em minha terra foi emocionante. Ver nossa cultura e sotaque ganhando espaço na tela da Globo é a realização de um sonho. É uma história sobre acreditar em si mesmo e nas próprias raízes. Tenho orgulho de fazer parte disso”, afirma o ator, que considera a experiência um marco pessoal e coletivo.
Após anos conquistando a internet, Luís Augusto agora chega às telas da Globo levando consigo o Cariri e seus causos, em um caso emblemático de talento regional brilhando no cenário nacional.
Ciclos: protagonismo e projeção em festivais
Paralelamente à estreia na TV, Luís Augusto comemora seu primeiro papel principal no cinema. Ele interpreta Daniel, protagonista do filme Ciclos, dirigido pelo cineasta paraibano Luzildo Queiroz. A produção independente, filmada no agreste da Paraíba, aborda temas universais de mudança e recomeços – mas enraizados na realidade local. Luis Augusto abraçou o projeto com entusiasmo desde o início: “Quando li o roteiro de Ciclos, vi ali muito da nossa gente, das histórias simples do interior que carregam força e poesia. Ser o protagonista e dar voz a isso tudo foi uma honra imensa”, relata.
O filme foi rodado em 2024 e ainda não estreou comercialmente. Em vez disso, prepara-se para percorrer festivais de cinema ao longo de 2025, buscando reconhecimento em mostras nacionais e quem sabe internacionais. Para o jovem ator, ver Ciclos ganhar a tela grande nos festivais será mais um sonho realizado. Ele destaca que este trabalho lhe permitiu exercitar seu lado dramático, diferente do tom cômico de muitos de seus vídeos online.
“Ciclos me desafiou como ator – aprofundei-me em emoções que ainda não tinha explorado em cena. Foi um mergulho intenso, mas recompensador. Tenho certeza de que muita gente vai se identificar com a mensagem do filme, independentemente de onde seja”, comenta.
O papel de Daniel veio após um processo seletivo concorrido, e a atuação de Luis Augusto tem sido elogiada pelos colegas de produção. Nos bastidores, a equipe celebrou a química entre o elenco local – que inclui outros talentos paraibanos – e a garra de fazer cinema com poucos recursos.
“É um filme feito com o coração e a colaboração de muitos artistas nordestinos talentosos”, diz Luís Augusto, confiante de que Ciclos emocionará plateias diversas. A estreia em festivais marcará também a chegada de Luis Augusto aos holofotes do cinema, consolidando a transição do ator das telas do celular para as telonas.