Cora do Rio Vermelho

Monólogo “Cora do Rio Vermelho” faz três apresentações no Theatro Municipal de Niterói

Com direção de Isaac Bernat, o monólogo com Raquel Penner reúne textos e poemas que falam sobre a força feminina e a alma da mulher brasileira

por Redação

Há mais de dois anos em cartaz, lotando os teatros do país, o elogiado monólogo “Cora do Rio Vermelho”, com a atriz Raquel Penner, faz três apresentações, nos dias 12, 13 e 14 de abril, Theatro Municipal de Niterói. Haverá também três sessões fechadas e gratuitas, nos dias 11 e 12/04, para o Projeto Escola. Com dramaturgia de Leonardo Simões e direção de Isaac Bernat, o espetáculo faz um passeio pela vida e a obra da poeta, contista e doceira Cora Coralina, com textos e poemas que falam sobre a força feminina e a alma da mulher brasileira. A montagem propõe uma relação de cumplicidade entre a atriz e a plateia, com momentos intimistas e divertidos. As sessões serão na sexta-feira, às 20h, e no sábado e no domingo, às 18h, com ingressos a preços populares. O projeto “Cora do Rio Vermelho – Semeando histórias em Niterói” foi contemplado pelo Edital Fomentão e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Niterói.

Além da apresentação do espetáculo, o projeto contará com a Oficina “Memórias da Cidade”, ministrada pelo diretor Isaac Bernat, que vai investigar o papel que o ato de contar histórias individualmente e em grupo pode ter no reconhecimento da identidade do ator e/ou do indivíduo como parte da sociedade. O trabalho parte da pesquisa sobre os griots, que são os mestres da palavra e a memória do continente africano. Serão realizadas duas oficinas gratuitas com 50 vagas no total: uma no Teatro Popular de Niterói, destinada aos artistas niteroienses, com 50% das vagas reservadas para artistas moradores das áreas periféricas da cidade, e a outra Centro de Referência de Atenção à Saúde do Idoso de Niterói. Informações no perfil do Instagram @coradoriovermelho

O espetáculo “Cora do Rio Vermelho” nasceu da vontade da atriz Raquel Penner montar o seu primeiro monólogo. Para ter ideias, ela começou a anotar frases, desejos e pensamentos soltos que, frequentemente, falavam sobre o universo da mulher brasileira. Ao reler a obra de Cora Coralina, percebeu que a poesia e os contos da escritora e doceira goiana iam justamente de encontro à sua inquietação artística.

A atriz diz que esse se trata de um trabalho “forte e delicado”, assim como a escrita da poeta. “Cora Coralina foi uma mulher múltipla e libertária. Removeu pedras e abriu caminhos para outras mulheres. Há pouco mais de 10 anos, tive meu primeiro encontro com ela, em uma exposição no CCBB-RJ. Fiquei encantada por aquela senhora do interior do Brasil que falava firme e cantado, fazia doces e escrevia poesia, celebrava a vida e a simplicidade. Quando a reencontrei, a partir de um livro do Drummond, percebi que tudo o que eu queria dizer no palco estava ali”, lembra Raquel.

Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cora Coralina (1889 – 1985) é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nascida na cidade de Goiás, ela viveu mais de quatro décadas em São Paulo. Apesar de escrever seus versos desde a adolescência, ganhava a vida como doceira, e seu primeiro livro só foi publicado em junho de 1965, quando tinha quase 76 anos de idade. Escreveu sobre os lugares onde viveu, as pessoas com as quais se relacionou e a natureza que observava.

“Quando Raquel me convidou para dirigir “Cora”, meu coração se encheu de alegria. Há anos, uma das célebres frases da poeta conduz o meu comportamento artístico e profissional: ‘Todo trabalho é digno de ser bem-feito.’ E esta mesma frase também orienta o que espero e procuro oferecer às pessoas. Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: ‘Na estrada que é Cora Coralina passam o Brasil Velho e o atual, passam as crianças e os miseráveis de hoje. O verso é simples, mas abrange a realidade vária’”, celebra o diretor Isaac Bernat.

A dramaturgia reúne passagens de sua vida e diversos poemas retirados dos livros “Vintém de cobre – meias confissões de Aninha”; “Meu Livro de Cordel”; “Villa Boa de Goyaz”; e “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”. “A partir de um recorte sensível de obras feito pela Raquel e com a toada poética de Cora, busquei nessa abordagem teatral uma geografia de sensibilidade e memórias, uma paisagem sonora que a atriz observa e traduz a partir do simbólico quarto de escrita, mesclada aos seus fazeres de doçura”, explica o autor Leonardo Simões.

Ao longo da encenação, aparecem algumas músicas populares, unindo vozes femininas de cantoras-atrizes do cenário teatral brasileiro: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle. Em “Cora do Rio Vermelho” (o título se refere ao rio que banha Goiás), a atriz se torna uma contadora de histórias atravessada pelo amor e pela entrega que Cora dedicou a sua tradição e a sua gente.

Ficha Técnica

  • Idealização e atuação: Raquel Penner
  • Direção: Isaac Bernat
  • Dramaturgia: Leonardo Simões
  • Produção executiva: Clarissa Menezes
  • Cenografia, Figurino e Produção de objetos: Dani Vidal e Ney Madeira – Ney Madeira Produções Artísticas
  • Cenotécnico: André Salles
  • Tingimento, Bordado e Tratamento de objeto: Dani Vidal e Ney Madeira
  • Costureira: Aureci da Cunha Rocha
  • Costureira de cenário: Alessandra Valle
  • Pintura de arte: Paulo Campos
  • Carpinteiro: Paulo Sá
  • Montagem de cenário e luz: Wellington Fox
  • Iluminação: Ana Luzia de Simoni
  • Montagem e operação de luz: Bruno Henrique Caverninha
  • Direção Musical e Trilha Sonora: Aline Peixoto
  • Percussão: Fabiano Salek
  • Vozes: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle
  • Operação de som: Rafa Barcelos
  • Músicas: “Aponte” (Lan Lanh/Nanda Costa/ Sambê), “Maria, Maria” (Milton Nascimento) e “Simplicidade” (Jaime Alem)
  • Visagismo: Mona Magalhães
  • Direção de movimento: Luiza Vieira (cenas “Mãos” e “Todas as vidas dentro de mim”)
  • Fotografias e Designer gráfico: Bianca Oliveira – Estúdio da Bica
  • Mídias sociais e Planejamento de divulgação: Lyana Ferraz
  • Filmagem: Ricardo Lyra Jr.
  • Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
  • Realização: Núcleo de Ensino e Pesquisa de Artes Cênicas – NEPAC

Serviço

  • Datas: 12, 13 e 14 de abril de 2024
  • Theatro Municipal de Niterói:  Rua Quinze de Novembro, 35 – Centro – Niterói
  • Telefone: 21 3628-6908
  • Horário: sexta, às 20h, sábado e domingo, às 18h.
  • Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
  • Duração: 55 minutos
  • Lotação: 350 lugares

Link de cenas:

https://youtu.be/QKRH-bgJo28

https://youtu.be/JclYvFqIdnc

https://youtu.be/rBL2UJwD5yg

https://youtu.be/JFhWKoKSIZY

Classificação Etária: 12 anos

Redes: Instagram: @coradoriovermelho

Oficina “Memórias da Cidade, com Isaac Bernat: inscrições pelo Instagram @coradorivemelho

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