“O Labirinto do Ártico”, nova série documental do cineasta duas vezes vencedor do Emmy Award, Sylvestre Campe, estreia dia 13 de novembro no Canal OFF e no Globoplay

O público acompanha, ao longo de seis episódios, a expedição com a tripulação mais jovem a cruzar a Passagem do Noroeste, registrando os impactos das mudanças climáticas

por Redação
Cléo Campe e Sylvestre Campe

No momento em que o mundo volta os olhos para o meio ambiente com a realização da COP 30, em Belém, na Amazônia, a série documental “O Labirinto do Ártico” estreia no Canal Off/GloboPlay unindo aventura, ciência e emoção em uma travessia por uma das regiões mais vulneráveis do planeta. Dirigida por Sylvestre Campe, duas vezes vencedor do Primetime Emmy Awards, narração e direção de Cléo Campe e com roteiro e produção executiva de Gustavo Gama Rodrigues, a série estreia dia 13 de novembro, às 21h30, no Canal OFF e Globoplay. Com produção da Media Etc, “O Labirinto do Ártico” tem seis episódios, com um ep inédito toda quinta-feira.

Gravada durante quatro meses a bordo do veleiro Abel Tasman, de 75 pés, a produção acompanha uma tripulação jovem e multicultural em uma jornada de mais de 8000 km através da Passagem do Noroeste, registrando em imagens 4K e som Dolby Atmos as transformações do Ártico e os desafios de navegar por mares congelados, tempestades e blocos de gelo em constante movimento. A expedição é liderada pelo cineasta e diretor de fotografia Sylvestre Campe. Sylvestre passou sete anos da infância vivendo em um veleiro com sua família, enquanto seu pai produzia uma série documental para a televisão alemã. Imagens inéditas desse material histórico aparecem na série, conectando passado e presente em uma reflexão sobre herança e vocação.

Em sua trajetória, Sylvestre se consagrou como um dos mais experientes diretores de fotografia de expedições do mundo. Nesta viagem, ele se junta a Kester Haynes, engenheiro aeronáutico e piloto de paramotor, para realizar voos inéditos sobre o Ártico, registrando imagens aéreas únicas que não poderiam ser captadas por drones ou aeronaves tripuladas.

A narrativa é conduzida pela produtora Cléo Campe, de 27 anos, filha de Sylvestre e protagonista da série, cuja voz em primeira pessoa guia o espectador por uma travessia que equilibra aventura, ciência e emoção. “Foram quatro meses embarcada com meu pai e com a tripulação mais jovem a tentar cruzar a Passagem do Noroeste, quase 120 anos depois do norueguês Roald Amundsen completar a rota pela primeira vez. Somos uma equipe bem jovem, captando imagens que vamos mostrar para o mundo. E, para mim, é um dever da nossa geração reexplorar lugares que já foram descobertos para tentar proteger”, conta Cléo.

Ao lado dela está o engenheiro de som e compositor Sebastian Sánchez, seu marido, que gravou sons subaquáticos de icebergs em movimento e assinou a trilha sonora e a mixagem dos episódios.

Além do desafio físico e náutico, “O Labirinto do Ártico” coloca a ciência no centro da narrativa. A bordo, climatólogos como Johan Rockström, referência internacional em sustentabilidade planetária, juntam-se à tripulação para investigar os impactos da rápida transformação do gelo marinho e seus efeitos globais.

A série também conta com a participação especial da médica, apresentadora e multiesportista Karina Oliani, nos três primeiros episódios. Ao lado do ex-marido, Maximo Kausch, alpinista e recordista de ascensões nos Andes, e da filha Kora, de apenas 3 anos, Karina se junta à equipe na Groenlândia, onde realiza mergulhos sob o gelo e escaladas em icebergs.

Ao longo da rota, cada decisão é uma aposta: um erro de cálculo pode aprisionar o veleiro por um inverno inteiro sob o gelo, como já aconteceu com exploradores históricos, entre eles Roald Amundsen, que levou três anos (1903–1906) para concluir a primeira travessia conhecida da Passagem do Noroeste.

“Estamos registrando um oceano em mudança acelerada. Se quisermos entender o futuro, precisamos olhar para o Ártico agora”, diz Sylvestre Campe.

LABIRINTO DO ÁRTICO

Estreia: 13 de novembro, às 21h30 (Canal OFF / Globoplay)
Série documental: 6 episódios x 26 min
Exibição: Novos episódios toda quinta-feira, às 21h30
Duração da expedição: 98 dias (junho a setembro de 2024)
Rota: Bergen (Noruega) → Nome (Alasca)
Distância percorrida: 8.000 km / 6.000 milhas náuticas
Veleiro: Abel Tasman (75 pés)

Ficha Técnica: 

Sylvestre Campe – Diretor e diretor de fotografia, duas vezes vencedor do Primetime Emmy Awards. Passou sete anos da infância vivendo em um veleiro, durante as filmagens de um documentário para a TV alemã. Especialista em filmagens aéreas, subaquáticas e de expedição, é o idealizador e líder da jornada pelo Ártico.

Gustavo Gama Rodrigues – Produtor Executivo e Roteirista.

Cléo Campe – Produtora e narradora da série. Aos 27 anos, assumiu papel central na logística e condução da expedição. Sua voz em primeira pessoa conduz o storytelling da série.

Sebastian Sánchez – Engenheiro de som e compositor. Responsável por gravações subaquáticas inéditas de icebergs e pela trilha sonora original e mixagem da série.

Ramon Gonçalves – Fotógrafo e operador de drones, responsável por imagens aéreas e pelo registro do cotidiano a bordo.

Johan Rockström – Climatólogo sueco, diretor do Potsdam Institute for Climate Impact Research e uma das maiores referências globais em sustentabilidade planetária.

Isak Rockström – Capitão do Abel Tasman e climatólogo especializado em sistemas polares.

Alex Rockström – Imediato da expedição e pesquisador em mudanças climáticas.

Rakel Thorell – Estudante e integrante da tripulação.

Keith Tuffley – Proprietário do veleiro Abel Tasman e empresário do setor de sustentabilidade.

Kester Haynes – Engenheiro aeronáutico e piloto de paramotor. Parceiro de Sylvestre em voos de exploração aérea que renderam imagens únicas do Ártico.

Karina Oliani – Médica, apresentadora e multiesportista. Participou da expedição na Groenlândia ao lado do marido, Maximo Kausch, e da filha Kora, realizando mergulhos sob o gelo e escaladas em icebergs.

Maximo Kausch – Alpinista e guia de alta montanha, recordista de ascensões nos Andes.

Kora Oliani Kausch – Filha de Karina e Maximo, com apenas 3 anos, participou de trechos da expedição, simbolizando o elo entre gerações diante do futuro do planeta.

SYLVESTRE CAMPE, diretor e fotógrafo 

Entre os 11 e os 18 anos, Sylvestre viajou ao redor do mundo com sua família em um veleiro. Os documentários de seu pai sobre sua família navegando pelos sete mares encantaram um público amplo na Alemanha nos anos 80. Ao longo desses anos de formação, Sylvestre aperfeiçoou suas habilidades de cinema, navegação e sobrevivência em condições extremas. Durante o mesmo período, desenvolveu também um profundo apreço pela beleza sublime e pela grandeza mística do nosso planeta.

Ao se formar na Rhode Island School of Design, Sylvestre completou seu primeiro documentário aos 22 anos, numa escalada bem-sucedida do Lhotse Shar, um dos picos mais formidáveis do Himalaia. Durante as décadas que se seguiram dirigiu, produziu e filmou mais de 50 longas-metragens e inúmeras séries premiadas no Brasil – o país que escolheu para viver – e no mundo. É inspirado pelas maravilhas naturais e pelas maneiras pelas quais as culturas remotas interagem com a natureza. Esse sentimento de celebração e admiração se comunica com seu público de um jeito poderoso, através da sua sensível e vigorosa cinematografia. Duas vezes vencedor do Primetime Emmy Awards pela cinematografia na série norte-americana “The Amazing Race”.

GUSTAVO GAMA RODRIGUES, produtor executivo 

Desenvolve e produz conteúdo de não-ficção com parceiros que incluem HBO, BBC, Channel 4 UK, Nat Geo US, History Channel, Arte France, Turner, TV Globo desde 1996. Gustavo foi nomeado ao Primetime Emmy Awards em 2005 pelo trabalho realizado no reality show norte-americano “The Amazing Race“.

É o produtor executivo dos documentários de longa- metragem “B1- Tenório em Pequim” (2012), “Democracia em Preto e Branco” (ESPN, 2014, finalista e vencedor da Escolha do Público no Festival É Tudo Verdade 2014), “Primeiro Bailarino” (HBO, 2016) e “Elogio da Liberdade (HBO, 2019). Dirigiu o documentário biográfico “Bernardes” (GNT, 2014, vencedor do Prêmio APCA-SP e finalista do Festival É Tudo Verdade em 2014) e “Linha de Frente” (Globo Filmes, 2020) além da serie musical “Vamos Tocar (BIS/Globoplay, 2021), vencedora do World Medal no New York Festivals. Produziu também as séries documentais “Secret Spots” (Globosat, 1999) e “Mundo Inexplorado” (Globosat, 2019), também vencedoras do World Medal no NY Festivals. A série “Balangay” foi nomeada ao New York Festivals de 2020. a série “BR230: Muito Além da Transamazônica” foi finalista no New York Festivals de 2025. Gustavo é pós-graduado Master of Arts in Documentary Filmmaking pela Goldsmiths College, University of London.

Você também pode gostar

Compartilhe
Send this to a friend