O poder da Asmr: o psicólogo Gustavo Zancheta fala sobre a técnica que ajuda no relaxamento do corpo e da mente

por Redação

Sons de água, de escova de cabelo ou de água. Sensações, para muitos, maravilhosas. No entanto, boa parte da população talvez não saiba que esses famosos “barulhos” pertencem a uma técnica que só cresce e que, para dormir, são indispensáveis: a Asmr (Autonomous Sensory Meridian Response, em português Resposta Sensorial Meridiana Autônoma). Esta se utiliza de sensações agradáveis, das quais se manifestam em resposta a estímulos visuais, auditivos e cognitivos, usada para relaxar e promover o sono. Ajuda, também, no tratamento de doenças. É o caso da insônia, da ansiedade e da depressão.

Atualmente, a plataforma Youtube apresenta um grande número de cidadãos que gravam, diariamente ou semanalmente, vídeos praticando o ASMR. Geralmente, são temas ligados ao cotidiano: ir ao salão de beleza, ao médico, fazer compras no supermercado ou de material escolar, etc. De acordo com dados da Deezer (2021), 63% das pessoas já se engajaram com o conteúdo, mas somente 27% dos brasileiros, usufruem do conteúdo no dia a dia.

Sons que trazem ótima sensação ao corpo e à mente. O psicólogo Gustavo Zancheta explica que são repetitivos, vagarosos, constantes e delicados, como sussurros, chuva fraca e toques de um dedo em uma superfície, por exemplo.

Crianças e Asmr. Qual a relação ideal? Zancheta menciona que é sim recomendado para os pequenos, pois auxilia muito em casos em que é necessário buscar relaxamento e/ou sono profundo deles. “No entanto, é sempre importante ressaltar a importância de que estejam acompanhados por um adulto responsável para que o acesso ao conteúdo online seja feito de maneira adequada”.

Asmr a qualquer hora. Gustavo declara que, além de auxiliar no sono, a técnica alivia o estresse e a tensão na rotina. “Um estudo recente do Departamento de Psicologia da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, monitorou as reações de voluntários ao assistirem a vídeos comuns e os de Asmr. A conclusão foi que os cidadãos que viram ASMR tiveram suas frequências cardíacas reduzidas, de forma significativa e, ainda, se mostraram mais tranquilas e com maior propensão a ter pensamentos positivos”.

O psicólogo ressalta que a ASMR deve ser usada com limites. “O risco é que os humanos se tornem profundamente dependentes da ferramenta a fim de adquirir equilíbrio emocional, ignorando outras técnicas, igualmente eficazes e a sua própria capacidade de superar a lidar com momentos de estresse e tensão no dia a dia”, finaliza.

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