A Orquestra Sinfônica Brasileira vai apresentar mais um programa da série “Concertos para a Juventude”, dia 28 de setembro, às 11h, no Teatro Carlos Gomes. Sob a regência do maestro Guilherme Mannis, o espetáculo trará as obras “Música para os reais fogos de artifício”, de George Handel, e “Guia da orquestra para os jovens”, de Benjamin Britten.
A notícia do fim da exaustiva Guerra da Sucessão Austríaca, que se estendeu entre os anos de 1740 e 1748, foi um alívio para todos os envolvidos. Para celebrar o fim do conflito, o Rei George II da Grã-Bretanha e Irlanda convocou de um dos mais exímios compositores em solo inglês e encomendou dele uma obra animada, que seria executada durante uma exibição de fogos de artifício no Green Park de Londres. Tratava-se naturalmente de George Friedrich Handel, que embora nascido alemão, tinha escolhido a terra de Shakespeare como lar desde 1712. Como o clima era de festa, foi solicitado que o compositor privilegiasse instrumentos de caráter marcia – sobretudo os de sopro e percussão – em detrimento das cordas, e assim ele o fez: em sua primeira versão, a Música para os Reais Fogos de Artifício demandava nada menos do que 24 oboés, 12 fagotes e um contrafagote, nove trompetes, nove trompas, três pares de tímpanos e tambores laterais. Uma série de incidentes, no entanto, impossibilitou a celebração, e posteriormente o compositor revisou a obra, convocando as cordas e criando assim a versão que será ouvida neste concerto. Festiva, brilhante e vigorosa, a composição combina elementos franceses e italianos, alternando seções lentas e rápidas, com fanfarras e ritmos pontuados que conferem a ela grande dinamismo. Não surpreende, portanto, que a obra tenha se tornado uma das composições mais conhecidas de Handel.
Benjamin Britten é, sem dúvida, um dos compositores ingleses mais admirados de todos os tempos e uma das figuras musicais mais destacadas do período pós-guerra. Prolífico e original, escreveu um vasto número de obras, nos mais variados gêneros, incluindo 15 óperas, concertos, canções e música de câmara, conquistando tanto os connoisseurs mais exigentes quanto o grande público, graças ao seu idioma simultaneamente profundo e direto. A experiência de inglês com música para teatro experimental e televisão teve papel decisivo em sua formação, e a obra apresentada neste concerto surgiu originalmente como encomenda para um documentário educacional. Conhecida também como Variações e Fuga sobre um tema de Purcell, o famoso Guia da Orquestra para os Jovens rapidamente se descolou do filme para o qual foi concebida e passou a ser apresentado nas salas de concerto, tornando-se um dos grandes hits de Britten. Apresentada com ou sem um narrador, a obra tem início com um tema de Purcell, apresentado por toda a orquestra, e estruturada em uma série de variações que exploram as diferentes famílias instrumentais. Em cada uma delas, os músicos são destacados em combinações criativas e ousadas, incluindo uma cadência impressionante para a percussão. Com andamentos variados e cores próprias em cada seção, a peça oferece ao conjunto uma riqueza sonora notável e uma experiência dinâmica para todos os ouvintes.
“É uma alegria imensa poder contribuir na realização desse concerto tão tradicional e simbólico da OSB. Essa parceria é um reflexo da nossa agenda de patrocínios culturais que reitera o compromisso da Shell com a sociedade brasileira ao apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento humano, a educação, a inovação, a diversidade, a equidade e a inclusão” – comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação da Shell Brasil.
PROGRAMA:
GEORGE F. HANDEL – Música para os reais fogos de artifício
I. Abertura
II. Adagio
III. Allegro
IV. Lentamente
V. Allegro da capo
VI. Bourrée
VII. A Pax – Largo alla Siciliana
VIII. A Alegria
IX. Minueto I
X. Minueto II
BENJAMIN BRITTEN – Guia da orquestra para os jovens
I. Orquestra completa
II. Ventos de madeira (flauta, flautim, oboé, clarineta e fagote)
III. Latão (trompa, trompete, trombone e tuba)
IV. Cordas (violino, viola, violoncelo, contrabaixo e harpa)
V. Percussão
VI. Orquestra completa
VII. Flauta e Piccolo
VIII. Oboé
IX. Clarinete
X. Fagote
XI. Violino
XII. Viola
XIII. Violoncelo
XIV. Contrabaixo
XV. Harpa
XVI. Chifre francês
XVII. Trompete
XVIII. Trombone e Tuba
XIX. Percussão
XX. Fuga
SERVIÇO:
- Série Concertos para a Juventude
- Dia 28 de setembro (domingo), às 11h
- Local: Teatro Carlos Gomes (Praça Tiradentes, s/n° – Centro, Rio de Janeiro – RJ)
- Ingressos: R$10,00 (R$5,00 meia)
ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 85 anos de trajetória ininterrupta, a OSB é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.
Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos e apresentações especiais, além de um amplo projeto de educação musical e democratização de acesso à cultura.
Para viabilizar suas atividades, a Fundação OSB conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale, Shell, Itaú, NTS – Nova Transportadora do Sudeste, Bermudes Advogados, Brookfield e CYMI como patrocinadores, Bradesco e Safra como patrocinadores de série, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais, como a Brookfield Properties com a exposição fotográfica itinerante gratuita “Orquestra Sinfônica Brasileira: é a música que nos rege”, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Shell Brasil:
Há 112 anos no país, a Shell Brasil é uma companhia de energia integrada, com participação nos setores de Petróleo e Gás, Soluções Baseadas na Natureza, Pesquisa & Desenvolvimento e Trading, por meio da comercializadora Shell Energy Brasil. A companhia está presente ainda no segmento de Biocombustíveis por meio da joint-venture Raízen, que no Brasil também gerencia a distribuição de combustíveis da marca Shell.
A Shell Brasil trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.
