Peça teatral “Memórias da superfície”, uma sátira sombria sobre redes sociais e identidade no capitalismo tardio, estreia no dia 2, no Teatro Ziembinski, no Rio

Com dramaturgia inédita de Luiza Conde, espetáculo dirigido por Jefferson Almeida adota estética retrofuturista para refletir sobre a desumanização causada pelas redes sociais e o culto aos influenciadores

por Redação
Memórias da superfície

A peça teatral “ Memórias da Superfície ”, escrita por Luiza Conde e dirigida por Jefferson Almeida , estreia em abril no Teatro Ziembinski (Rua Heitor Beltrão, s/n – Tijuca), no Rio de Janeiro. A obra mergulhada em questões sociais urgentes, explorando a relação cada vez mais complexa e desumanizante entre os indivíduos e as redes sociais no capitalismo tardio. Com uma estética retrofuturista, a peça convida o público a refletir sobre como somos moldados pela artificialidade do mundo digital e como isso impacta nossa identidade e conexão com o real.

A apresentação de estreia será no dia 2 de abril, às 20h. As demais sessões estão agendadas para as quartas e quintas-feiras de abril, no mesmo horário, do dia 2 a 24. Os ingressos, com preços que variam entre R$20 (meia entrada) a R$40, estão disponíveis à venda diretamente na bilheteria do estabelecimento.

O enredo gira em torno de um personagem dividido entre sua persona virtual, criada para as redes sociais, e seu eu essencial. Sob o olhar da Fama, que atua como musa e algoz, o protagonista enfrenta um embate consigo mesmo. A encenação utiliza elementos visuais e sonoros que criam um distanciamento crítico, forçando o público a refletir sobre poder, status e identidade na sociedade contemporânea.

A peça conta com um elenco de destaque, incluindo PV Israel e Jacyara de Carvalho, ambos com vasta experiência no teatro, TV e cinema. A direção musical é assinada por Rafael Lorga, enquanto a direção de arte fica a cargo de Arlete Rua e filmografia de Lucca Valor. A iluminação, assinada por Livs, e o visagismo, realizada por Jacyara de Carvalho, complementam a experiência imersiva proposta pela obra.

Além da reflexão crítica sobre as redes sociais, “Memórias da Superfície” também questiona o culto aos influenciadores, figuras que são elevadas a um status quase religioso, mas que podem rapidamente ser derrubadas de seus altares. “A peça é uma provocação necessária em um momento em que a presença virtual constante se tornou uma obrigação, muitas vezes à custa da saúde mental e da prejuízo”, conta Luiza Conde.

A peça também conta com uma experiência interativa: antes do início de cada apresentação, alguns espectadores serão selecionados aleatoriamente para receber fones de ouvido, representando os “amigos próximos” da Fama. Esses espectadores terão uma experiência diferenciada, reforçando a temática da peça sobre a fragmentação da identidade e a influência das redes sociais.

Por que apoiar o financiamento coletivo da peça?

A equipe da peça teatral lançou uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar os recursos tecnológicos essenciais da produção. A tem iniciativa como objetivo proporcionar uma experiência imersiva ao público, homologada à proposta retrofuturista da obra. Os aparatos tecnológicos como projeções, elementos interativos e ambientação sonora intensificam a experiência da peça. “Acreditamos que esses recursos potencializam a mensagem de ‘Memórias da Superfície’, tornando-a ainda mais impactante e imersiva. Com o apoio do público, conseguiremos trazer essa história ao palco com toda a força que ela merece”, afirma Luiza Conde.

A dramaturga desenvolveu a obra a partir de uma provocação do ator PV Israel sobre o universo dos influenciadores e treinadores. O projeto evoluiu para uma crítica mais ampla ao culto à imagem e às redes sociais como espaços de opressão e desilusão. A encenação conta com uma experiência interativa para o público, em que alguns espectadores serão selecionados para vivenciar uma parte de forma diferenciada.

Para contribuir e saber mais, acesse: https://benfeitoria.com/projeto/memoriasdasuperficie .

Ficha técnica

  • Idealização e dramaturgia: Luiza Conde
  • Direção: Jefferson Almeida
  • Elenco: Jacyara de Carvalho, PV Israel, Jota Santos e Eduardo Soares
  • Direção Musical: Rafael Lorga
  • Direção de arte: Arlete Rua
  • Iluminação: Livs
  • Visagismo: Jacyara de Carvalho
  • Filmografia: Lucca Valor
  • Assistência de direção: Victor Seixas
  • Preparação do elenco: Daniel Chagas
  • Designer: Davi Palmeira
  • Assessoria de imprensa: com.tato comunicação
  • Gestão de mídias sociais: Gustavo Ferrari
  • Fotografia e registro audiovisual: Charles Pereira
  • Coordenação de produção: Marina Hodecker
  • Realização: Cosmonauta Produções e Nomon Consultoria

AGENDA

  • Onde: Teatro Ziembinski (Rua Heitor Beltrão, s/n – Tijuca, Rio de Janeiro)
  • Quando: de 2 a 24 de abril, nas quartas e quintas-feiras, às 20h
  • Duração: aproximadamente 1 hora
  • Classificação indicativa: 16 anos
  • Ingressos: À venda na bilheteria do estabelecimento
  • Preço: R$ 20 (meia entrada) a R$ 40 (inteira)
  • Descontos: Meia entrada para estudantes, idosos, jovens BRND, PCDs, menores de 21 anos, profissionais da educação e nascidos/residentes no Rio de Janeiro
  • Para mais informações, siga o perfil oficial da peça no Instagram: @memoriasdasuperficie_

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