A Plebe Rude lançou a segunda parte do projeto “Evolução”, que teve início antes da pandemia e foi interrompido devido a pausa nas atividades do setor cultural e de eventos. O álbum “Evolução Vol. II”, disponibilizado nesta quarta-feira (22) nas principais plataformas digitais, fecha um ciclo na trilha sonora do musical sobre a evolução humana. Ao todo, o projeto conta com 28 músicas.
“Foi uma experiência fantástica compor não só pensando na linha evolutiva do homem, mas também em coreografia, movimentação de palco, imagens projetadas ao fundo e cenografia”, revela o vocalista Philippe Seabra, que já tinha experiencias anteriores com trilha sonora, o que facilitou estabelecer tanto narrativa, quanto dramaticidade ao espetáculo. “Com momentos orquestrados, interlúdios eruditos, rock clássico se mesclando com o punk, percussão norte-africana, duas músicas com mais de 10 minutos e trechos que teriam que ter a voz de uma criança, valia de tudo em ‘Evolução’”.
“Evolução Vol.II” soma-se ao “Evolução Vol.I” num álbum duplo temático produzido e gravado por Seabra no Estúdio Daybreak, em Brasília. Com participações de Walter Casagrande Jr., Jarbas Homem de Mello, Fabio Yoshihara, Dani Buarque e Ana Carolina Floriano, o disco passeia por eventos tão díspares da humanidade quanto os estilos musicais apresentados por ele. Mas o vocalista afirma que o recado de “Evolução” é simples – “Se a nossa herança da Terra foi por acaso, a nossa passagem pelo universo é um grão de areia” – e faz uma reflexão sobre a situação política atual no país. “Esse momento esdrúxulo no Brasil da ascensão da extrema direita que a democracia conseguiu sobreviver então, é uma molécula nesse grão e no arco do tempo, e será visto e julgado pela história apenas como lapso, uma aberração na linha evolutiva. O arco do universo moral é longo, mas se inclina em direção à justiça. Mas a eterna vigilância continua sempre necessária”.
Para divulgar o lançamento, a Plebe Rude tem uma turnê marcada, com estreia na próxima sexta-feira (24) no Circo Voador, no Rio de Janeiro. A banda tem datas confirmadas também em Belo Horizonte (25/03), São Paulo (08 e 09/04), Jundiaí (28/04), Campinas (29/04), Contagem (13/05) e Curitiba (15/07). “Finalmente voltaremos para a estrada! E com material novo! Isso no dá o maior gás. Podem esperar uma Plebe com todos os hits, coisas do Evolução e outras surpresas”, adianta o baixista André X. “Temos uma grande expectativa em tocar as músicas ao vivo e ver a reação dos ‘plebeus’. Tem coisa lá que é muito teatral, muito cinematográfica (foi feita para o palco!) e outras que são de um estilo diferente do usual da Plebe. Vai ser interessante ver a reação da plateia”, completa.
André X, acredita que com o lançamento de “Evolução Vol.II” e toda a obra disponibilizada para o público, o ciclo se fecha e a banda parte para novos projetos, mas deixa claro que esse ciclo não será esquecido. Seabra concorda: “É estudando o passado que conseguimos enxergar o futuro. A história não se repete igual, mas certamente rima”. Essa é a deixa para o vocalista dar um último recado: “Depois de 200 mil anos do Homo Sapiens na Terra, sobrevivemos a todas as adversidades desde impérios desenfreados, genocídios, pragas letais, da idade média a guerra fria, e chegamos até aqui só para nos destruirmos por intolerância? Não é à toa que a última frase cantada do espetáculo é: ‘Evoluir é aprender (a) conviver com as diferenças’”.
Formada em 1981, a Plebe Rude atualmente é composta por Philippe Seabra (Voz e Guitarra), Clemente Nascimento (Voz e Guitarra), André X (Baixo) e Marcelo Capucci (Bateria).
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Ouça o álbum no seu tocador preferido:
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