Inspirado em fatos, Pureza foi eleito pelo público como melhor longa-metragem durante os festivais de cinema brasileiro realizados entre novembro e dezembro nas cidades de Baku, no Azerbaijão, Nizhny Novgorod, Moscou e São Petersburgo, na Rússia, e Minsk, na Bielorússia. Fruto de uma parceria entre a Embaixada do Brasil nos três países e a Linhas Produções Culturais, o festival lotou as salas de cinema nas cidades com filmes que retratam a realidade contemporânea brasileira.
Com direção de Renato Barbieri e produção de Marcus Ligocki Jr, o filme se baseia na trajetória de Pureza Lopes Loyola, mãe que parte em busca do filho Abel em uma mineradora da região amazônica. No drama, Pureza percorre cidades e fazendas e descobre um cruel sistema de recrutamento e encarceramento de trabalhadores rurais, relato que inspirou a criação da primeira instituição brasileira de combate ao trabalho escravo.
Entre romances, dramas, biografias, comédias, animação e documentários, todos com imenso sucesso de público e de crítica, incluindo várias premiações no Brasil e no exterior, o principal intuito da iniciativa é promover a troca cultural entre os países. O Festival de Cinema Brasileira na Rússia, em particular, é um dos eventos mais tradicionais realizados pelo Brasil no exterior. Em 2024 acontece a 15ª edição nas principais cidades russas. Nesta edição, foram exibidos oito filmes na Rússia e cinco na Bielorrússia e no Azerbaijão.
Além de Pureza, o festival levou ao público russo os documentários Elis & Tom – Só Tinha de Ser Com Você, de Roberto de Oliveira, e Môa – Raiz Afro Mãe, de Gustavo McNair, além dos longas de ficção Pixinguinha, de Denise Saraceni e Allan Fiterman, Eduardo e Mônica, de René Sampaio, As Verdades, de José Eduardo Belmonte, Desapega, de Hsu Chien, e Depois a Louca Sou Eu, de Julia Rezende. Em Baku e Minsk foram exibidos Pureza, Elis&Tom, Pixinguinha, As Verdades e Eduardo e Mônica.
Para Fernanda Bulhões, diretora da Linhas Produções Culturais, Pureza emocionou as mais diferentes plateias. “Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar o Marcus e o Renato. O cinema tem o poder de trazer essa sensação de fazer parte de realidades que, no cotidiano, seriam muito traumáticas. Em cada pessoa, mesmo com uma história baseada em fatos, o filme trazia um gatilho, provocando diferentes emoções. O cinema tem essa capacidade singular de ser uma ferramenta social, mas gera também um impacto profundo nos relacionamentos humanos. O objetivo do festival é justamente esse: levar nossas histórias, reais ou não, mas mostrar nosso cotidiano, às vezes, de festa, às vezes de drama. E tudo isso abre portas para que possamos nos conhecer melhor”, ressalta.
Marcus Ligocki Jr, produtor de Pureza, comemorou a premiação. “É uma alegria muito grande saber que Pureza tem arrebatado corações e mentes mundo afora. Ainda que seja uma história muito brasileira, que se passa na Amazônia, os fatos mostrados, todos eles inspirados em realidade, poderiam certamente ocorrer em qualquer parte do mundo. Queria destacar as atuações maravilhosas, sem as quais certamente não alcançaríamos os reconhecimentos que temos recebido de todas as partes”, afirma.
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*Conteúdo produzido com informações da assessoria de imprensa.
