O Babalawô, Dr. Prof. do Programa de pós-graduação em História Comparada da UFRJ, esteve no Centro, no escritório da Advogada Ana Carolina. A pauta transcorreu sobre o combate ao racismo e intolerância religiosa. O sacerdote é interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e Conselheiro Estratégico do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), vem há anos evidenciando e chamando a atenção das autoridades públicas e da sociedade civil para o crescimento significativo dos casos de intolerância religiosa no Brasil e, principalmente no Estado do Rio de Janeiro, assim como casos de racismo.
Drª. Ana Carolina é integrante de diversos movimentos sociais, atua levando orientação jurídica às mulheres e a comunidade negra gratuitamente. Nas falas foi colocado sobre a importância dos movimentos sociais e seu legado, essenciais como base de uma construção política. Estiveram presentes: Luís Alberto, diretor Estadual de Articulação Política do Raízes, Tito, advogado e defensor dos movimentos sociais e Clebson Guilherme – pré-candidato a Deputado Estadual. O consenso comum entre eles foi a importância em apostar e investir em candidaturas negras nas próximas eleições.
Outra agenda foi comprida, onde a igualdade racial é o foco central.
Do Rio de Janeiro para Cabo Frio, para posse do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial / COMPIR, do Município de Cabo Frio, Região dos Lagos. A solenidade contou com a presença do Prefeito José Bonifácio Ferreira Novellino. A cerimônia contou ainda com participação dos Professores e Doutores Ivanir dos Santos e Renato Ferreira, que abordaram a temática “Gestão Pública e Igualdade Racial: Racismo e Intolerância Religiosa no Brasil”.
“Esse conselho não luta apenas pela população negra, mas por uma sociedade antirracista e sem preconceitos de forma geral”, pontuou Maneol Justino – coordenador geral de Igualdade Racial.
“Sempre dizemos que, quando precisamos que as políticas públicas antirracistas aconteçam de verdade, elas precisam que isso saia da boca da autoridade, como é o caso do prefeito José Bonifácio. Não é comum que vejamos pelo Brasil lideranças que provoquem um conselho nessa luta para a aplicação da Lei nº 10.639, uma lei por muitas vezes entendida como um ato de imposição religiosa, mas que na verdade aborda a nossa cultura e história”, defendeu Ivanir dos Santos.