A revitalização da orla de Charitas, na Zona Sul de Niterói, foi o tema principal da reunião que o secretário Regional de São Francisco e Charitas da Prefeitura de Niterói, Henrique Miranda, teve com representantes da União de Síndicos de Charitas. Realizado no último dia 15, o encontro foi uma das ações voltadas à preparação da cidade para o Pan 2031 e, em especial, para o campeonato mundial de canoas havaianas que acontece ainda este ano, se estendendo ao bairro vizinho de São Francisco. As demandas apresentadas fazem parte de um documento que será entregue nos próximos dias ao prefeito Rodrigo Neves.
Entre os temas tratados na reunião estão questões ligadas ao trânsito, à limpeza urbana, ao ordenamento e à conservação em geral, com destaque para a arborização e melhor atenção ao pomar urbano ao lado do quiosque 13. Os síndicos reclamaram também da ausência de agentes de trânsito da Nittrans e destacaram a dificuldade para a travessia na Avenida Sílvio Picanço, a principal do bairro de Charitas, porque os sinais de trânsito demoram a abrir para os pedestres e o tempo é curto para que pessoas com pouca mobilidade consigam atravessar em segurança.
Com 15 clubes de canoagem, Charitas é o maior polo brasileiro de canoas havaianas, conhecido como o “Maracanã do Va’a”. Canoeiros que transformaram os antigos quiosques em guarderias vêm denunciando os constantes furtos de material das canoas e a cobrança de estacionamento de madrugada pela empresa Niterói Rotativo.
Nos últimos meses, moradores intensificaram os pedidos de contrapartidas da prefeitura diante dos impactos negativos em função do túnel Charitas-Cafubá inaugurado há oito anos, além da garagem subterrânea e, recentemente, do aumento do fluxo de veículos na região por conta da redução da tarifa do catamarã que liga o bairro ao Centro do Rio de Janeiro. Eles defendem a iluminação, drenagem, sinalização e melhor conservação do imenso gramado onde são realizados eventos, aeromodelismo e pouso de parapentes.