Série Mundo, da Orquestra Sinfônica Brasileira, celebra a música do Azerbaijão,
dia 12 de março, no Theatro Municipal

OSB - Foto de Marina Andrade
OSB - Foto de Marina Andrade

Desde a criação da Série Mundo, a Orquestra Sinfônica Brasileira tem homenageado músicos e compositores de vários cantos do planeta, prestigiando a riqueza cultural e a tradição sinfônica das mais diferentes nações. Neste primeiro espetáculo da série no ano de 2023, dia 12 de março no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a OSB revisita o Azerbaijão, país cuja fascinante produção musical tem se mostrado fonte incessante de descobertas sonoras. O maestro azerbaijano Yalchin Adigezalov assume a regência do programa, que contará com o poema sinfônico Layla e Majnun, do seu conterrâneo Kara Karayev. Obras de Rachmaninoff e de Grieg também integram o concerto, que terá ainda a participação do pianista Cristian Budu. A Série Mundo conta com o patrocínio do Bradesco.

Discípulo de Shostakovich e autor de um catálogo diverso e instigante, Kara Karayev (1918 – 1982) é um dos grandes nomes da música azerbaijana. Para compor a peça que abre este programa, Layla e Majnun, ele foi buscar inspiração no lendário poema épico de mesmo nome. No texto persa de Nizami, dois adolescentes, Qai e Layla se apaixonam perdidamente, mas a moça é oferecida em casamento para outro homem, causando enorme sofrimento a ambos. O compositor, mais do que ilustrar musicalmente o enredo, parece encenar sinfonicamente os anseios e desesperos de um amor que é capaz de triunfar qualquer obstáculo, até mesmo a morte. De caráter lírico, com passagens de absoluta desolação e momentos de grande patetismo, Layla e Majnun é uma composição enternecedora, de materiais temáticos marcantes.

Edvard Grieg tinha apenas 24 anos quando escreveu o seu portentoso Concerto para Piano e Orquestra em Lá menor, Op. 16, a segunda obra deste programa. É provável que o norueguês tivesse em mente o Concerto para Piano de Schumann enquanto compunha: ambas as peças foram grafadas na mesma tonalidade, possuem um estilo parecido e apresentam um similar gesto inaugural do piano. Influências à parte, a composição de Grieg exala originalidade e força criativa surpreendentes, com passagens que evidenciam o gosto do músico pelo folclore de seu país.

O russo Sergei Rachmaninoff não era propriamente um compositor conciso ou econômico. No seu catálogo de composições há um número impressionante de obras de fôlego e sua trajetória é marcada por revisões de diversas dessas peças, quase sempre com a intenção de abreviá-las. A Sinfonia nº 2, em mi menor, que fecha o programa, é um desses exercícios musicais hercúleos em que o vigor criativo do artista se manifesta em pleno esplendor. Longa, densa e hipnotizante, a obra espanta pela sua coesão e pelo frescor de seus temas: cada nota se apresenta exatamente onde deveria estar, arrematando os quatro movimentos em um todo de formidável unidade.

A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 82 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.

Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Shell e a NTS – Nova Transportadora do Sudeste como patrocinadores master, Brookfield e Eletrobras Furnas como patrocinadores, Sergio Bermudes Advogados e SulAmérica como copatrocinadores, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.

Saiba mais em

www.osb.com.br

www.conexõesmusicais.com.br

Yalchin Adigezalov, regência

Cristian Budu, piano

PROGRAMA:

KARA KARAYEV – Layla e Majnun

EDVARD GRIEG – Concerto para Piano em lá menor, Op.16

  1. Allegro Molto Moderato

  2. Adagio

  3. Allegro Moderato Molto e Marcato

SERGEI RACHMANINOFF – Sinfonia nº 2 em mi menor, Op.27

  1. Largo. Allegro Moderato

  2. Scherzo

  3. Adagio

  4. Allegro Vivace

SERVIÇO:

Série Mundo Azerbaijão

Dia 12 de março (domingo), às 17h

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Praça Floriano, s/nº – Centro, Rio de Janeiro)

Ingressos:

Frisa/Camarote 80,00 (R$40,00 meia)

Plateia/Balcão Nobre 80,00 (R$40,00 meia)

Balcão Superior 50,00 (R$25,00 meia)

Balcão Superior Lateral 40,00 (R$20,00 meia)

Galeria 30,00 (R$15,00 meia)

Galeria Lateral 20,00 (R$10,00 meia)

Ingressos à venda na bilheteria do TMRJ e no site Eleven Tickets