Teatro: Refúgio Acolhedor que Liberta Emoções e Conecta Vidas!

por Redação
Foto na Arena Chacrinha - espetáculo para plateia com 500 pessoas

O renomado teatrólogo brasileiro Augusto Boal, conhecido por seu trabalho com o Teatro do Oprimido, enfatiza, “O teatro é uma janela para a alma, permitindo que crianças e adolescentes revelem suas emoções mais profundas em um espaço de acolhimento e solidariedade”. Como é importante que o teatro promova esse espaço acolhedor para que crianças e adolescentes expressem suas emoções, compartilhem vivências e se apoiem mutuamente. Esse processo não só contribui para o desenvolvimento emocional desse público, mas também reforça a importância da empatia e da solidariedade. É isso que o espetáculo “Canções para Afastar o Medo – Contos e Acalantos Latino-Americanos” faz migrando por muitos locais e indo parar numa Casa de Acolhida, a Frei Carmelo Cox, no bairro de Vila Isabel. Experiência fantástica que envolveu 14 crianças e adolescentes, na faixa dos 8 aos 16 anos, que foram sendo envolvidos um a um e se ouviram mutuamente.

O menino arredio sai do chão e contracena com as atrizes repetindo palavras em tupi-guarani junto com os colegas. Cada movimento em cena produz um grito de alegria na plateia que vibra como se estivesse recebendo um “alimento interior” que mexe com a sensibilidade. O Edital Pró-Carioca Linguagens, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, permitiu que o projeto “Canções para afastar o medo” alcançasse um patamar lindo, que vale mais do que prêmios, atingindo milhares de pessoas. Na Arena Carioca Abelardo Barbosa – Chacrinha, em Pedra de Guaratiba, por exemplo, 500 espectadores lotaram o espaço. Mas isso não seria possível sem o trabalho árduo da produtora Paty Lopes, que fez as locações dentro e fora do Estado, com e sem fomento, e com a parceria sólida das atrizes Rosana Reátegui e Natalia Sarante que também têm como objetivo “acalentar a vida de quem sofre com uma rotina de privações sociais”.

A atriz Rosana Reátegui além de ter formação cênica da Unirio, também faz em suas viagens pela América Latina pesquisas para os seus projetos. Assim, ela enriquece não só a dramaturgia, como também a estética visual dos espetáculos. Rosana recebeu o prêmio de Pesquisa em Cultura Latina para Crianças, especialmente criado para o fruto do seu trabalho em “Oralidades Indígenas Latinas”, no 46º Festival de Pindamonhangaba que, hoje, é Patrimônio Imaterial e Cultural da cidade. O crítico Dib Carneiro, de São Paulo, que leva o Prêmio Shell como Melhor Autor pela peça “Salmo 91” e o Prêmio Jabuti, daí a importância da sua fala como profissional premiado no mais alto nível, afirma que Canções para afastar o Medo, “… é uma mistura de teatro, narração de histórias e musical feita nas medidas certas de bom gosto, criatividade e emoção”. Embora ele considere o espetáculo como racional diz que a peça presenteia os espectadores com afeto e acolhimento, sempre exaltando a América Latina.

Segundo Rosana, a pedagogia do teatro ajuda na construção do seu trabalho. Ela conta que, através do curso de Licenciatura em Artes Cênicas, passou por diversas experiências como atuar em hospitais, escolas públicas, o que veio somar à sua responsabilidade social. Por isso, faz questão de falar da América Latina. Já Natalia Sarante revela que a sua conexão com a música vem da infância quando seu pai, sr. Carlos, cantava para ela que começou a estudar violão aos seis anos. Os instrumentos musicais usados no espetáculo são típicos da América Latina. Inclusive, o Cuatro Venezuelano, uma espécie de violão, que pertencia ao seu pai. Formada em Química, Natalia diz que entende das reações dos elementos da Tabela Periódica, mas que optou por entender e se dedicar às reações humanas.

A última apresentação do espetáculo “Canções para Afastar o Medo – Contos e Acalantos Latino-Americanos” acontece no domingo, dia 30/03, às 10h, no Teatro Guignol, da Rede de Teatros da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. O teatro fica na Rua Arquias Cordeiro, s/n, na Praça Jardim do Méier, no Méier.

É fundamental que iniciativas como essa sejam valorizadas e apoiadas, pois a arte tem o poder de curar e unir as pessoas. Ao fomentar discussões abertas sobre sentimentos e emoções, podemos ajudar crianças e jovens a desenvolverem resiliência e habilidades socioemocionais essenciais para sua formação integral.

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