Terceira temporada de “Round 6” quebra recordes com mais de 100 milhões de visualizações em apenas 10 dias

por Jorge Rodrigues

A nova temporada de “Round 6” chegou com tudo e conquistou um feito impressionante na Netflix: mais de 106 milhões de visualizações em apenas dez dias. Após um início explosivo com 60,1 milhões de visualizações nos seus primeiros três dias, a série se consolidou como uma das produções em língua não inglesa mais vistas da história da plataforma, mesmo com opiniões divididas por parte da crítica.

Lançamento com números históricos

Estreando em uma sexta-feira, 27 de junho, a temporada final de “Round 6” alcançou a incrível marca de 60,1 milhões de visualizações logo nos três primeiros dias – um recorde absoluto na história da Netflix para esse curto intervalo de tempo. Considerando que a contagem oficial da plataforma vai de segunda a domingo, esse resultado é ainda mais surpreendente. A performance meteórica colocou a temporada diretamente entre as dez séries mais vistas da plataforma, ocupando a nona colocação geral.

Sucesso global e engajamento sem precedentes

A terceira temporada também entrou para a história como a primeira produção a estrear na liderança de audiência em todos os 93 países monitorados pela Netflix. A repercussão mundial gerou mais de 4,5 bilhões de impressões nas redes sociais da plataforma – o maior volume já registrado por uma campanha da empresa até hoje. O impacto também impulsionou as temporadas anteriores: a segunda voltou ao top 3 com 2,8 milhões de visualizações, enquanto a primeira reapareceu entre as dez mais vistas com 1,7 milhão.

O fenômeno dos “programas fantasma”

“Round 6” exemplifica o que vem sendo chamado de “ghost show” – séries que dominam o debate cultural por um período e depois praticamente desaparecem da conversa pública, mesmo continuando com bons índices de audiência. Ao contrário de séries canceladas, esses programas permanecem ativos, mas perdem espaço nas redes e nos veículos de mídia. Esse fenômeno ajuda a explicar por que, mesmo batendo recordes, a terceira temporada teve repercussão digital muito menor do que a primeira, que viralizou com seus figurinos e símbolos marcantes.

O universo paranormal nas plataformas

O conceito de “programas fantasmas” também dialoga com a evolução das produções paranormais no streaming. Desde o sucesso de “Ghost Hunters”, exibido de 2004 a 2016 no Syfy, o gênero ganhou novas roupagens, incluindo dramas sobrenaturais como “A Maldição da Mansão Bly” e “Guerras Fantasmas”, além de documentários como “Sobrevivendo à Morte” e “Arquivos do Inexplicável”. Apesar de conquistarem fãs fiéis, muitas dessas produções seguem o padrão de alta audiência inicial seguida de rápido desaparecimento do interesse público.

O sacrifício final de Gi-hun

No episódio final da terceira temporada, Seong Gi-hun protagoniza um desfecho marcante ao se sacrificar para salvar a vida de um recém-nascido, identificado como Jogador 222. O momento decisivo acontece na última etapa da competição, com Gi-hun, o bebê e Myung-gi (pai biológico da criança) entre os finalistas. Myung-gi tenta convencer Gi-hun a entregar o bebê, revelando sua intenção de matá-lo para garantir o prêmio. Gi-hun, no entanto, resiste. Após uma violenta luta, Myung-gi morre ao cair da torre – mas como o botão de início da rodada não foi acionado, o sistema não reconhece o sacrifício.

Diante da decisão de matar a criança ou se entregar, Gi-hun opta pela compaixão. Beija o bebê, coloca-o em segurança e deixa uma frase emblemática ao Front Man, aos VIPs e à audiência: “Nós não somos cavalos. Somos seres humanos.” Esse desfecho poderoso substitui a ideia original do criador Hwang Dong-hyuk, que inicialmente previa que Gi-hun encerraria os jogos e partiria para reencontrar sua filha nos Estados Unidos. Segundo Hwang, o sacrifício ofereceu uma mensagem mais forte e representativa do espírito da série.

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