Com uma estilística própria, incisiva, ousada e nietzscheana, “Todas as minhas mortes”, de Paula Klien, foi um dos livros de grande repercussão no stand da Citadel, durante a Bienal Internacional do Livro de SP, proporcionando, com absoluta crueza, aspectos da nossa mais profunda humanidade. Rompendo com as formas tradicionais de comunicação e pensamento, sua narrativa tem o poder de acionar gatilhos mentais e de criar vínculos com os leitores, marcando cada pessoa de forma única.
A artista carioca de projeção internacional Paula Klien estreou na literatura, aos 55 anos, com o romance autoficcional “Todas as Minhas Mortes”, interrompendo as suas criações em artes plásticas para escrever uma jornada literária que desafia limites, enternecedora e eletrizante ao mesmo tempo. A obra, segundo leitores, é uma experiência literária íntima e marcante. Segundo a autora, trata-se de uma das maiores entregas artísticas de sua carreira. “Eu me sentei sozinha, 12 horas por dia, durante 8 meses ao longo de 2 anos, para escrever os oito capítulos deste livro. Não sei o que foi mais difícil: costurar palavras, frases e capítulos, ou recosturar minhas feridas.”, confessa Klien.
Este ano, a Citadel, conhecida por suas obras de autoajuda e crescimento pessoal de autores e filósofos relevantes, apostou em algo novo dentro de seu segmento: um romance autoficcional. O livro “Todas as Minhas Mortes” , que chegou ao mercado editorial no final do mês de maio, já apareceu oito vezes na lista semanal da PublishNews, entre os livros mais vendidos na categoria de ficção.
O livro
Entre o prazer e a dor: uma ode à existência feminina
No livro “Todas as minhas mortes”, Paula Klien apresenta uma narrativa visceral que retrata todas as vezes em que precisou renascer
Com honestidade, crueza e toques sutis de humor, a artista Paula Klien adentra as profundezas da existência feminina no livro Todas as minhas mortes. Neste romance de autoficção, publicado pela Citadel Grupo Editorial, a autora dissolve a fronteira entre realidade e fantasia, ao entrelaçar vivências reais com as nuances da própria imaginação.
É a voz narrativa ambivalente da protagonista Laví (abreviação de la vie ― ou a vida em francês) quem conduz o leitor a uma viagem pelas águas turvas da subjetividade humana.
Ousada, determinada e questionadora, a personagem subverte as convenções sociais. As vivências íntimas e visceralmente humanas de Laví provocam sentimentos e reflexões sobre temas relacionados à sexualidade, amadurecimento e maternidade. Entre o prazer e a dor, a protagonista expõe com honestidade suas forças e fraquezas para mostrar todas as vezes que precisou morrer para renascer – como uma fênix – até, finalmente, realizar o sonho de carregar um filho nos braços.
Capítulo a capítulo, Paula Klien narra uma fase na vida de Laví e a cada ciclo, uma montanha-russa de emoções, pensamentos e sensações toma conta do leitor, que facilmente se identifica com o personagem. Hora em êxtase, hora em agonia, a narradora evidencia que, assim como ela, ninguém é bom ou mau o tempo todo. Ela traz as múltiplas camadas e nuances da existência humana, do primeiro grito ao último suspiro.
Com uma escolha cuidadosa das palavras e evocando os espíritos de grandes pensadores como Nietzsche, Espinosa e Lacan, a escritora traz para a literatura, além de bagagem como artista multifacetada, elementos da psicanálise e da filosofia. Todas as minhas mortes é uma narrativa repleta de simbolismos, metáforas, mas também subjetividade, pois assim como a vida, essa é uma leitura única para cada um.
FICHA TÉCNICA
Título: Todas as minhas mortes
- Autora: Paula Klien
- Editora: Citadel Grupo Editorial
- ISBN: 978-6550474140
- Dimensões: 13.5 x 1.2 x 21 cm
- Páginas: 176
- Preço: R$ 64,90
- Onde comprar: Amazon
A autora
Paula Klien nasceu no Rio de Janeiro em 1968. É uma artista plástica contemporânea com significativa projeção internacional. Embora utilize técnicas ancestrais na criação de seus desenhos e pinturas, ela foi pioneira em Cripto Arte e NFT (token não fungível). Artista multidisciplinar e diretora criativa de vanguarda, também trabalha com performance e vídeo, servindo-se de recursos de sua bagagem, como dança e música. Além disso, foi fotografa por dez anos, realizando trabalhos culturalmente relevantes. Muitas de suas obras visuais integram acervos de museus e importantes coleções. Embora tenha estudado Direito, Paula desistiu da carreira jurídica. A escrita é uma paixão antiga, e Todas as minhas mortes marca o lançamento da artista no universo literário.
Redes sociais do autor:
· Instagram: @paulaklien
· Site: Paula Klien – https://www.paulaklien.com.br/