Tragédia no DF expõe fragilidade da autoestima juvenil e os riscos das redes sociais

Especialista goiana alerta para os riscos da baixa autoestima na infância e adolescência, e destaca a importância do apoio parental na era digital

por Redação
Psicóloga Jordana Ribeiro

Psicóloga Jordana Ribeiro

A morte recente de uma criança no Distrito Federal, após participar do “desafio do desodorante” impulsionado por influências digitais, acendeu um alerta sobre a vulnerabilidade emocional dos jovens frente às pressões das redes sociais. A psicóloga goiana Jordana Ribeiro, mestre em psicologia clínica e da saúde, analisa o caso e destaca a importância do fortalecimento da autoestima na prevenção de comportamentos de risco.

A psicóloga afirma que estudos recentes apontam que a exposição constante a padrões irreais de beleza e sucesso nas redes sociais contribui para a insatisfação corporal e baixa autoestima entre adolescentes. Segundo pesquisa Conversa Sem Filtro: autoestima e confiança com o corpo na adolescência, realizada pela UNICEF em 2022, por exemplo, adolescentes brasileiros frequentemente associam seu corpo a sentimentos negativos como “feio” e “vergonha”, o que afeta seu bem-estar e saúde mental.

Além disso, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) realizada em 2023 revelou que 21,4% dos estudantes sentiram que a vida não valia a pena ser vivida, evidenciando a urgência de intervenções no ambiente familiar e escolar.

Apoio parental

Jordana Ribeiro enfatiza que os pais desempenham um papel crucial na construção da autoestima dos filhos. “É fundamental que os pais validem os sentimentos dos adolescentes, promovam um ambiente de diálogo aberto e estejam atentos às influências externas que seus filhos enfrentam”, afirma a psicóloga.

A especialista sugere algumas práticas para o processo de aproximação, como:

● Estabelecer uma comunicação aberta e sem julgamentos;
● Incentivar atividades que fortaleçam a autoconfiança;
● Monitorar o uso das redes sociais e discutir criticamente o conteúdo consumido; Não se trata de violação de privacidade;
● Buscar ajuda profissional quando necessário.
Segundo a psicóloga, a tragédia no DF serve como um alerta para a sociedade sobre os desafios enfrentados pelos jovens na era digital. “Por isso, mais que nunca, precisamos fortalecer a autoestima e oferecer suporte emocional como medidas essenciais para prevenir comportamentos de risco e promover o bem-estar dos adolescentes e da família como um todo”, destaca Jordana Ribeiro.

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