Antes que eu me esqueça

Última semana: Espetáculo ‘Antes que eu me esqueça’

por Waleria de Carvalho

‘Antes que eu me esqueça’ leva reflexões sobre a importância das memórias em nossas vidas

Espetáculo discute o tema com leveza, mas com a importância necessária em temporada no Teatro Ruth de Souza, no Centro Cultural Municipal Glória Maria, antigo Parque das Ruínas

O que você faria, se, de repente, sofresse um acidente e perdesse a memória? Esse é o principal tormento que aflige o músico Walter, protagonizado pelo ator Renato Peres, no espetáculo ‘Antes que eu me esqueça’, que estreou no dia 2 de setembro, no Teatro Ruth de Souza, no Centro Cultural Municipal Glória Maria (antigo Parque das Ruínas), em Santa Teresa, Rio de Janeiro. A dramaturgia é de Mariana Pantaleão, que também assina a direção e de Matheus Rodrigues. A temporada vai até 24 de setembro, sempre aos sábados e domingos, às 15 horas.

Após um acidente de carro, o músico Walter é diagnosticado com ALZHEIMER. Na experiência de um iminente desaparecimento de suas lembranças, ele tenta registrar e recuperar suas memórias através de áudios, fotos e vídeos.
A peça é um monólogo com reflexões sobre o cérebro antes do acidente, sem que o músico houvesse dado o devido valor, mas que agora, com sua nova condição, vêm à tona! E isso acontece a tempo!…Seria possível a (re) construção das memórias? Quais os mistérios dessa “simples” massa muscular rosa de apenas um quilo e meio? Somente ela nos tornaria humanos? E se não mais humanos… O que SOMOS, o que FOMOS e quem poderíamos SER?

São muitos os questionamentos de Walter na busca de uma identidade, a sua, depois que sua vida se transformou com a perda da memória. De acordo com Luiz Buñuell (1900 – 1983), cineasta espanhol, naturalizado mexicano:

“É preciso perder a memória mesmo das pequenas coisas, para que percebamos que a memória faz a nossa vida. Vida sem memória não é vida (…). Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nosso sentimento, até mesmo nossa ação. Sem ela somos nada (…) e só posso esperar pela amnésia final”. – Citação de Bruñuel pelo neurologista e escritor inglês Oliver Sacks (1933 -2015) no livro ‘O homem que confundiu sua mulher com chapéu’ – Editora Companhia das Letras, 1ª edição (14 agosto 1997)

Podemos dizer que viver sem memória é apenas vegetar? É não desfrutar de tudo de melhor do que a vida pode oferecer, ou até mesmo, que ela, na acepção da palavra, não existe em sua completude? O tema é mais do que atual e, certamente, habita as mentes e vidas de muitas pessoas, atormentando-as em reflexões intermináveis a procura de respostas e soluções. Na peça ‘Antes que eu me esqueça’, além de possíveis respostas, a garantia de um entretenimento que prende e diverte ao mesmo tempo por tocar no âmago do público, assim como o ator Renato Peres foi tocado:

“Vivemos um momento muito complexo. Guerras. Maldades. Doenças… O espetáculo ‘Antes que eu me esqueça’ faz uma reflexão sobre o tempo, a memória, a vida. Que o público possa ser arrebatado por essa intrigante história, assim como eu fui.” – fala Renato Peres.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que existam 35,6 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer (DA) no mundo, sendo que o número tende a dobrar até o ano de 2030 e triplicar até 2050. No Brasil, há possibilidade é de que tenhamos cerca de 1,2 milhões de pessoas com esta enfermidade. Ressalta-se que a maior parte dos indivíduos com Alzheimer ainda não recebeu o diagnóstico médico e/ou tratamento necessário.

Qual o papel do Teatro e da Cultura dentro das experiências de adoecimento causadas pelo Alzheimer? De quais formas é possível representar, sensibilizar e nos questionarmos em relação às vivências das pessoas portadoras dessa doença? É mais do que como o cérebro processa a arte, e sim, como a arte pode processar o cérebro. Na busca por refletir essas perguntas, as relevâncias, conceitual e temática, se apresentam não só apenas no âmbito da conscientização, mas das aproximações entre as artes e as ciências. Matheus Rodrigues, que divide a dramaturgia com Mariana Pantaleão e faz a produção executiva de ‘Antes que eu me esqueça’, conta o motivo da escolha:

“Eu penso que o grande diferencial desse espetáculo não são os efeitos visuais, nem a música ou a dramaturgia em si; penso que a grande potência está na experiência da alteridade. Mais do que informar sobre um respectivo tema, o que importa é o exercício de empatia que propomos ao público, não para se colocar e solidarizar com o nosso personagem, mas sim com as pessoas da vida real, que muitas vezes podem ser nossos avós, tios, amigos” – explica Matheus.

Contemplado pelo Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro (FOCA), o monólogo ‘Antes que eu me esqueça’ é cria da periferia do Rio de Janeiro. O espetáculo teve sua estreia no ano de 2023 ao ganhar o edital. Com a circulação em diversos espaços de cultura da Zona Norte como: Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes, Museu da Maré, No Complexo da Maré, Arena Carioca Dicró, na Penha, Arena Carioca Fernando Torres, em Madureira, Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, Lona Cultural Carlos Zéfiro, em Anchieta, e Teatro Gonzaguinha, no Centro, para alcançar outros aparelhos pela cidade. E agora volta com todo o gás para o Teatro Ruth de Souza, no Centro Cultural Municipal Glória Maria.

Ficha Técnica:
Atuação: Renato Peres
Voz Off / participação (médico): Pedro Milman
Voz Off / participação (Lúcia): Amanda Laversveiler
Dramaturgia: Matheus Rodrigues e Mariana Pantaleão
Direção Geral: Mariana Pantaleão
Produção Executiva: Matheus Rodrigues
Orientação Dramatúrgica: Karen Acioly
Cenografia: Lina Da Hora
Direção de Movimento: Amanda Laversveiler
Iluminação: Anna Padilha
Direção Musical: Raphael Muniz
Edição de Vídeoarte: Dora Abreu
Designer Sonoro: Caio Guiesta
Fotografia: Victor Gustavo Almeida
Designer: Jefferson Santi
Mídias Sociais: Rafaela Lopes
Assessoria de Imprensa: Christine Keller Comunicação & Produção
Realização: M2 Produções – Instagram: @m2_coletivo_producoes

SERVIÇO
Local: Teatro Ruth de Souza (Centro Cultural Municipal Glória Maria, antigo Parque das Ruínas)
Endereço: Rua Murtinho Nobre, Nº 169 – Santa Teresa
Temporada: de 02 a 24 de setembro (sábados e domingos)
Horário: 15h
Ingressos: R$ 30 (Inteira) e R$ 15 (Meia-entrada)
Link para compra: https://riocultura.eleventickets.com/#!/evento/47ebaaea82bd5d84c3eb217a4173493671e6ad9a
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos (menores de 18 anos acompanhados de um responsável)
Gênero: Drama
Lotação: 75 lugares

Premiado espetáculo infantil, Suelen Nara Ian, faz últimas apresentações no Rio neste final de semana, dias 23 e 24, no Jardim Botânico

Com texto de Luisa Arraes e direção de Débora Lamm, a peça dá voz e representatividade às crianças ao falar sobre diversidade familiar. A produção é de Tatianna Trinxet e a direção musical de Ricco Vianna

Suelen Nara Ian

Suelen Nara Ian

Vencedor de diversos prêmios, o espetáculo Suelen Nara Ian, que marcou a estreia da atriz Luisa Arraes como autora de teatro infantil, faz suas últimas apresentações neste final de semana, dias 23 e 24 de setembro, às 16h, no Teatro EcoVilla Ri Happy, no Jardim Botânico, no Rio. De forma leve e divertida, a peça mostra as diversas formas possíveis de família sobre a ótica das crianças, que ganham voz e representatividade em assuntos como a separação dos pais e a reconfiguração familiar.

A direção é da atriz Débora Lamm e a produção de Tatianna Trinxet, da Constelar. No elenco, estão os atores “MuitoSuperBolaShow” Joana Castro, Anita Chaves e Eduardo Rios que interpretam, respectivamente, Suelen, Nara e Ian. Filhos de pais separados, vividos por André Dale e Rose Lima, as crianças recebem a notícia de que farão parte da mesma família e passam a questionar a “novidade”. Inconformados, os três resolvem fugir juntos para a Terra do Nunca e, no caminho, vivem várias aventuras que os fazem descobrir que a família pode ser muito diversa.

“Suelen Nara Ian fala sobre a diversidade dentro das famílias e da importância em construir diálogos respeitosos e afetuosos entre pais e filhos. Marca também o meu reencontro com a Luisa e a Débora. Estamos comemorando 10 anos de parceria! Trabalhamos juntas em Pedro Malazarte e a Arara Gigante, que foi sucesso total de público e crítica, e já estamos pensando em novos projetos, inclusive de transformar este espetáculo em uma série para TV”, conta Tatianna Trinxet, produtora e CEO da Constelar.

Luisa Arraes conta que escreveu a peça em um momento de transição. “Estava me mudando para uma casa onde já havia morado, concluindo a Faculdade de Letras, filmando um roteiro que uns amigos meus tinham escrito e dividindo apartamento com uma amiga roteirista. Tudo aquilo foi me dando coragem. Eu sempre escrevi coisas menores, mas não tinha me dado essa loucura de começar a escrever uma peça. Fui começando devagar, pela primeira vez tinha um teto todo meu, como diz Virginia Woolf”, diz.

Para Débora Lamm, poder falar sobre esse assunto para as crianças, de uma forma que elas se sintam incluídas, é o objetivo do espetáculo. “O grande diferencial dessa montagem é mostrar de forma natural que qualquer formação familiar é válida se tiver amor. Essa peça é um trabalho de inclusão”, ressalta.

Patrocinado pela PRIO, o espetáculo tem direção musical de Ricco Vianna e apresenta composições de Matheus Torreão. As músicas falam sobre questões infantis. Trechos como “Fim de Semana sim, Fim de Semana não”, exemplificam a rotina de filhos de pais separados. “Quem é que vai dar o troco para a fada do dente, quem vai fazer “ah” para o Bicho Papão” fala sobre a ausência dos pais na hora de dormir. Os atores tocam instrumentos como Ukulelê e Escaleta.

FICHA TÉCNICA SUELEN NARA IAN
Texto: Luisa Arraes
Direção: Debora Lamm
Elenco: André Dale , Rose Lima, Eduardo Rios , Joana Castro e Anita Chaves
Músico em cena: André Sigaud
Direção Musical: Ricco Viana
Músicas: Matheus Torreão
Figurinos: Cao Albuquerque e Sonia Tomé
Cenário:Lydia Kosovski
Desenho de luz: Ana Luzia de Simoni
Direção Corporal e Coreografia: Amália Lima
Preparador Vocal:Sônia Dumont
Desing e Ilustrações: Omar Salomão
Visagista:Josef Chasilew
Diretora Assistente: Luisa Arraes
Assistente de Direção: Kakau Berredo
Cenotécnico: Galpão6centos
Cenografia e Pintura de Arte: Derô Martín
Direção de Produção: Tatianna Trinxet
Realização: Constelar – Arte, Diversão e Cultura

Serviço:

Espetáculo infantil SUELEN NARA IAN
Sábado e Domingo, dias 23 e 24 de setembro, às 16h
Teatro EcoVilla Ri Happy – Jardim Botânico – Rio de Janeiro
Ingressos: Site Eventim (Link)
Preço: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia)

Espaço Tápias recebe o Coletivo Tanz (Paraíba) com o espetáculo “Terreiro Envergado”

Terreiiro Envergado

Terreiiro Envergado – foto: Samuel Moreno

Diretamente da Paraíba, o “Terreiro Envergado”, do Coletivo Tanz (https://www.instagram.com/coletivotanz/), chega à Sala Maria Tereza Tápias para duas únicas apresentações gratuitas: dias 30 de setembro e 1º de outubro, às 20h. O espetáculo é livremente inspirado pelos ecos das obras do escritor paraibano José Lins do Rêgo na sua série sobre o ciclo da cana-de-açúcar.

A interpretação arquitetada por Edigar Palmeira e Erik Breno é construída sobre a relação que estabelece com o público. Pequenos ritos cotidianos seguem um após o outro, ressignificados no corpo e no lugar, em constante transformação. Vendedores ambulantes, bêbados, brincalhões, entre outras figuras místicas que povoam a imaginação popular, nos convidam a partilhar o mesmo espaço, seja no palco ou na praça, para celebrar o encontro. Um verdadeiro caleidoscópio de imagens e sons que são traduzidos no corpo atravessado e cortado pela força midiática e pela memória pessoal dos artistas.

A partir dos gestos de festas populares como Cavalo Marinho e Coco de Roda, e num diálogo físico com a cultura urbana e o corpo mediático, danças como o breaking e funk carioca são redefinidas como parte do tecido das memórias corporais de cada indivíduo, desenvolvendo uma linguagem expressiva criada a partir de memórias revisitadas. A noção de caminho, encontro e territorialidade é impressa no espetáculo, cuja ação escapa à sagacidade, ao canavial e, mais precisamente, à sagacidade descrita pelo romancista José Lins do Rêgo. É, de certa forma, uma encenação da rede simbólica das migrações, num jogo cénico em que o espectador é levado para o terreiro, para lhe permitir encarnar-se na sua própria história.

Edigar Palmeira e Erik Breno contam que “Terreiro envergado” é o espaço urbano para a manifestação do “brinquedo beat” dos artistas que, a partir de ações gestuais e jogos propostos por eles próprios, estabelecem estruturas compostas de alternativas. Os componentes do jogo podem variar, sejam materiais ou imateriais. A materialidade em palco inclui objetos, roupas e instrumentos que fazem parte da memória pessoal dos intérpretes, sendo este último, por sua vez, a elaboração artística de uma esquematização dos códigos desta materialidade. A precariedade corporal é estabelecida pelo diálogo/conflito do equilíbrio instável da sensibilidade masculina e feminina. Explicada pelos códigos corporais, pelo próprio vestuário e pela interiorização feita pelo subtexto das ações e jogos propostos para o rito do terreiro envergado.

SINOPSE

Duas figuras, dois seres, dois mundos. O homem e as suas memórias, medos e desejos. Terreiro envergado é uma obra viva, construída sobre a relação estabelecida com o público e a paisagem circundante, uma sucessão de pequenos ritos diários, ressignificados no corpo x lugar e em constante transformação. Vendedores ambulantes, bêbados, mendigos, trapaceiros e foliões circulam neste terreiro, convidando o público a partilhar este espaço sagrado chamado de rua.
Um caleidoscópio de imagens e sons que são traduzidos no corpo atravessado e cortado pela força midiática e pela memória pessoal dos artistas.

COLETIVO TANZ

O coletivo Tanz tem se dedicado à criação interartes, produzindo espetáculos de dança, teatrais e performances, concebendo uma linguagem cênica híbrida na esteira da dança teatro, teatro físico e teatro de formas animadas.

O coletivo surge em 2006 da inquietação de dois artistas com experiências diferentes, um bailarino e um ator fizeram de suas experiências o motor de arranque que os move até hoje.

Ao longo de seus 17 anos, o Coletivo está desenvolvendo uma investigação sobre a identidade local-global, procurando uma linguagem que faça a ponte entre o trabalho e o espectador. Como repertório foram concebidos e produzidos 12 espetáculos, 2 documentários, publicações como revistas, ensaios e artigos dedicados à sua pesquisa intitulada “o espetacular e o espectador”, tendo ainda realizado apresentações e turnês regionais e nacionais passando por mais de 50 cidades.

Fundado por Edigar Palmeira e Erik Breno, artistas independentes que uniram suas experiências para fundar um coletivo de pesquisa e criação, hoje o Coletivo Tanz é um dos destaques da produção de artes cênicas na Paraíba, tendo representado o estado em importantes mostras e festivais como Circuito Nacional Palco Giratório, Festival do Teatro Brasileiro e MIT Mostra Internacional de Teatro.

O coletivo já foi contemplado em mais de 20 editais onde se destacam: Prêmio Funarte difusão e circulação da dança 2022, SESC Pulsar RJ 22/23 e Prêmio Klauss Vianna 2010 de dança da FUNARTE.

Entre os anos de 2006 a 2013 o coletivo produziu 4 obras, participou de festivais nacionais como o FENART (festival nacional de artes) e o festival de inverno de Campina Grande, ganhando ainda os prêmios de melhor espetáculo, melhor coreografia e melhor bailarino (Edigar Palmeira) na Mostra Estadual de Teatro e Dança da Paraíba, em 2008, com a obra “Experimento Raíz”.

Entre os anos de 2014 até 2023, o coletivo passou a pesquisar novas formas de interação com o público e produziu 8 oito obras cênicas, realizou uma turnê pelos estados PB, PE, RN e CE passando por 14 cidades, 1 um intercâmbio com o grupo Ateliê do Gesto de Goiânia-GO, documentários e publicações, ganhando espaço na produção das artes cênicas no Brasil através de prêmios e participação em grandes festivais e mostras como o Palco Giratório 2020/2021 e a Mostra Cariri de Culturas 2023.

Serviço
[Dança] Coletivo Tanz com o espetáculo “Terreiro Envergado”
Local: Centro Cultural Espaço Tápias (Sala Maria Thereza Tápias)- Rua Armando Lombardi, 175- Barra da Tijuca.
Datas: 30 setembro e 1º de outubro às 20h – sábado e domingo
Classificação: 14 anos
Evento gratuito – retirada de ingressos pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/espacotapias
https://www.sympla.com.br/evento/terreiro-envergado/2134209

Últimas semanas para conferir o Musical Funny Girl no Teatro Porto

Recorde de bilheteria na Broadway, versão brasileira é estrelada por Giulia Nadruz e Eriberto Leão. Dirigido por Gustavo Barchilon, montagem adapta história original para dialogar com nosso tempo.

Funny

Funny – Foto de Caio Galluci

Em cartaz no Teatro Porto, clássico dos musicais Funny Girl segue em cartaz até 8 de outubro, com apresentações às sextas-feiras, às 20h, aos sábados, às 16h30 e às 20h, e aos domingos, às 15h30 e às 19h. A versão brasileira é assinada por Bianca Tadini e Luciano Andrey, dirigida por Gustavo Barchilon e produzida pela Barho Produções em parceria com a 7.8 Produções Artísticas.

Estreado em 1964, Funny Girl tem trilha de Julie Styne, letras de Bob Merrill, texto de Isobel Lennart e foi originalmente estrelado por Barbra Streisand, que também deu vida à protagonista da história na adaptação para o cinema dirigida por William Wyler em 1968.

Recentemente, o musical ganhou uma nova versão americana que virou um recorde de bilheteria na Broadway. A montagem é protagonizada por Lea Michelle (que vive papel dos sonhos da sua personagem no seriado Glee, pelo qual a atriz ficou conhecida).

A atriz escolhida para viver o papel da protagonista Fanny Brice na versão brasileira é a jovem Giulia Nadruz, que, com apenas 31 anos, tem em seu currículo musicais como West Side Story, O Fantasma da Ópera, Barnum-o rei do show, Tick Tick Boom!, Ghost e Shrek.

Já o seu par na trama, o jogador Nicky Arnstein, é vivido por Eriberto Leão, que encara pela primeira vez um musical da Broadway. Os dois foram escolhidos em um longo processo de audições, que durou duas semanas e contou com mais de 500 candidatos.

O elenco conta ainda com nomes como Stella Miranda (vivendo Rose Brice) e Afonso Monteiro, Alessandra Vertamatti, Alice Zamur, André Luiz Odin, Arízio Magalhães, Cárolin von Siegert, Dante Paccola, Eriberto Leão, Fábio Galvão, Gabi Germano, Marcelo Góes, Mariana Fernandes, Martina Blink, Mattilla, Nábia Villela, Rodrigo Garcia, Rodrigo Varandas, Talihel, Vânia Canto e Yasmin Calbo.

O espetáculo, que se passa na época da Primeira Guerra Mundial, acompanha a trajetória da jovem judia Fanny Brice, que morava no Lower East Side e sonhava em ser uma atriz famosa, mas não tem uma beleza padrão. Ajudada e encorajada pelo jovem dançarino Eddie Ryan, ela logo vê sua carreira decolar, começa a explorar o humor em suas apresentações e se torna a estrela de Ziegfeld Follies. Certo dia, ela conhece e se apaixona pelo jovem Nicky Arnstein, um jogador compulsivo. Mas enquanto Fanny ascende em sua carreira, o relacionamento deles se deteriora.

Para Gustavo Barchilon, que se lembra com carinho das músicas de Funny Girl interpretadas por Barbra Streisand desde a infância, pois sua família as reproduzia em casa, o musical transcende a questão do feminismo e fala sobre o poder da mulher.

“Quando falamos que a Fanny Brice estava à margem dos padrões, estamos nos referindo a uma época em que a mulher não tinha voz e ela era aquela menina que, desde o começo, disse que seria uma estrela. Uma mulher que já se posicionava e que chegou aonde chegou, é completamente fora dos padrões daquela época. E até hoje estamos discutindo sobre feminismo. Trazer uma biografia feminina e mostrar como existem mulheres poderosas há muito tempo me interessou bastante”, comenta Barchilon.

Ele ainda explica que nessa adaptação procurou mesclar aspectos da versão original do musical com o filme e outras referências. “Nossa versão é completamente original. Nós acrescentamos e cortamos o texto, inserimos músicas do filme, colocamos músicas que estão na montagem atual em cartaz na Broadway. Além disso, a nossa é a primeira montagem que se passa em um só ato. E toda essa mistura ainda tem um toque brasileiro, né?”, acrescenta.

A montagem tem alguns números grandiosos: são mais de 400 peças de figurino, 35 perucas e uma orquestra com 14 músicos. “Eu não teria como trazer um espetáculo de Julie Styne pro Brasil sem uma orquestra primorosa – o que já foi feito em Gipsy. E o legal é que conseguimos com tudo isso montar um espetáculo clássico que se comunica com os dias de hoje”, comenta o encenador.

Sinopse

“FUNNY GIRL – A GAROTA GENIAL” conta a história de Fanny Brice, uma jovem judia tratada como patinho feio pelos demais. Sonhando com o estrelato e a fama, ela rouba a cena em show local e é contratada por um famoso produtor que resolve investir em sua carreira. Já reconhecida por seu talento nos palcos, Fanny se apaixona pelo jogador compulsivo Nicky. Logo se casam, mas enquanto a carreira da atriz e cantora prospera, o relacionamento dos dois se deteriora.

Ficha Técnica:
Direção Artística: Gustavo Barchilon. Direção Produção: Thiago Hofman. Produtora Associada: Cecilia Simões. Versão Brasileira: Bianca Tadini e Luciano Andrey. Coreografia / Direção de Movimento: Alonso Barros. Direção Musical: Carlos Bauzys. Figurino: Fábio Namatame. Cenário: Natália Lana. Design de Peruca e Maquiagem: Feliciano San Roman. Design de Som: Tocko Michelazzo. Design de Som Associado: Gabriel Bocutti. Desenho de Luz: Maneco Quinderé. Direção de Arte: Gus Perrella.

Elenco por ordem alfabética:
Afonso Monteiro (Coro)
Alessandra Vertamatti (Sra Meeker / Sra Brice Cover)
Alice Zamur (Coro / Garota Ziegfeld / Follies)
André Luiz Odin (Eddie Ryan)
Arízio Magalhães (Florenz Ziegfeld)
Cárolin von Siegert (Coro / Follies)
Dante Paccola (Coro / Tenor Cover)
Eriberto Leão (Nick Arnstein)
Fábio Galvão (Coro / Nick Arnstein Cover / Tom Keeney Cover)
Gabi Germano (Coro / Garota Ziegfeld / Emma Cover / Follies)
Giulia Nadruz (Fanny Brice)
Ingrid Gaigher (Emma)
Marcelo Góes (Tom Keeney / Ziegfeld Cover)
Mariana Fernandes (Coro / Garota Ziegfeld / Follies)
Martina Blink (Coro / Sra Meeker e Sra Strakosh Cover)
Nábia Villela (Senhora Strakosh)
Rodrigo Garcia (Tenor / Coro)
Rodrigo Varandas (Coro / Eddie Ryan Cover)
Stella Miranda (Rose Brice)
Talihel (Swing)
Vânia Canto (Fanny Brice alternante)
Yasmin Calbo (Swing)

O ELENCO DESTE ESPETÁCULO PODE SER ALTERADO SEM PRÉVIO AVISO

Serviço:
FUNNY GIRL – A GAROTA GENIAL
De 18 de agosto a 8 de outubro.
Sextas às 20h. Sábado às 16h30 e 20h. Domingo às 15h30 e 19h.
Ingressos:
– Plateia: R$ 250,00 (inteira) / R$ 125,00 (meia)
– Balcão: R$ 150,00 (inteira) / R$ 75,00 (meia)
– Balcão (Preço Popular): R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia)
Sessões com audiodescrição: dias 29/09; 1º, 6 e 8/10.
Sessões com libras: dias 22, 23, 24, 29, 30/09 e 1º/10.

Duração: 110 minutos.
Classificação: 12 anos.
Link vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/84803

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