Agora, no ano que marca os 40 anos da fundação do grupo, eles apresentam novas músicas – os primeiros lançamentos da banda desde 1984.
Gravado à distância durante a pandemia de covid, ‘O Voluntário’ reúne a formação que gravou o álbum e trazem de volta os elementos que marcaram o “som dos VdP”; a trama das guitarras de Miguel Barella e Giuseppe ‘Frippi’ Lenti, o baixo frontal de Ricardo Gaspa, o vocal impressionista de Nasi e a bateria tribal de Thomas Pappon.
Mas por que voltaram? Os integrantes tinham se reunido, após um longo hiato, para shows em 2016 e 2019, e reativaram a antiga amizade em um grupo de WhatsApp. Nas conversas durante a pandemia, alguém sugeriu: por que não gravamos músicas novas?
Assim, compuseram e gravaram duas canções durante cinco meses de troca de arquivos, opiniões, elogios, insultos e memes. Com letras ‘mais sábias’ sintonizadas nas mesmas questões sociopolíticas que já intrigavam a banda no passado.
‘O Voluntário’ é uma singela homenagem ao trabalho voluntário, que ganhou contornos mais explícitos nos difíceis tempos da pandemia de covid, e traz a perspectiva emocional de pessoas que se beneficiaram de ações altruístas.
Voluntários da Pátria
Os Voluntários da Pátria foram pioneiros da peculiar cena underground que emergiu em São Paulo nos anos 1980 mesclando punk, pós-punk e new wave numa estética local própria e muito diferente do que se ouvia no rádio.
A banda notadamente lançou o primeiro álbum dessa cena, conhecida como pós-punk paulista, que ganhou fama internacional graças a coletâneas lançadas no Reino Unido e na Alemanha no ano de 2005.
O álbum Voluntários da Pátria (Baratos Afins), lançado em 1984, o único da banda, até hoje inspira respeito e admiração, graças a canções marcantes e controversas como ‘O Homem Que Eu Amo’, ‘Cadê o Socialismo’ e ‘Verdades e Mentiras’ – todas censuradas pela ditadura.
Distribuição Digital Ditto Music
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