Grupo Pombas Urbanas inaugura exposição sobre o bairro Cidade Tiradentes em sua sede na Zona Leste

Exposição - Foto de Paloma Natácia
Exposição - Foto de Paloma Natácia

A exposição “Espaço da Memória” retrata a atuação de mais de 35 anos do Grupo Pombas Urbanas na cena teatral e também os 20 anos no bairro Cidade Tiradentes com o Centro Cultural Arte em Construção. O projeto transita pelo passado para apontar novas perspectivas de futuro. 

Exposição inédita sobre o bairro Cidade Tiradentes é inaugurada no Centro Cultural Arte em Construção 

No dia 18 de julho de 2024 (quinta-feira), a partir de 19h, com entrada gratuita, o Grupo Pombas Urbanas ( @grupopombasurbanas) realiza a abertura de uma exposição sobre o bairro Cidade Tiradentes, que ficará permanente em sua sede, o Centro Cultural Arte Em Construção (Instituto Pombas Urbanas), localizado na Avenida dos Metalúrgicos, 2100, em Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo (SP).

O evento de abertura oficial contará com uma recepção realizada pelo Grupo Pombas Urbanas, seguida de uma apresentação do espetáculo teatral “Florilégio” além de falas sobre a exposição Espaço da Memória, que não só transita por memórias do bairro, mas também pela atuação de mais de 35 anos do grupo na periferia de SP. 

Para a realização do projeto houve um processo de pesquisa e levantamento histórico da comunidade e do próprio acervo do Grupo Pombas Urbanas. A exposição retrata o bairro, o próprio grupo e o Centro Cultural Arte em Construção por uma perspectiva de memória, mas também de futuro. 

Com um conceito criado e executado pela Criando Planos (@criandoplanos), de Camila Olivetti e Paula Rosa, a exposição foi instalada nas estruturas físicas do Centro Cultural Arte em Construção, retratando através das pinturas, a relação do espaço cultural com seu o território, suas memórias e a mobilização cultural advindas dessa relação. 

Além de pinturas, algumas salas ganharam lambe-lambes em homenagem a coletividades importantes nas artes cênicas e especialmente na trajetória do Pombas Urbanas e sua sede. Grupos como Seres de Luz de Lili Cursio (palhaça – em memória), Pombas Urbanas de Lino Rojas (fundador e diretor do grupo Pombas Urbanas – em memória), Nuestra Gente de Jorge Blandon (diretor e fundador do grupo Nuestra Gente da Colômbia, que marca a história do grupo com a Rede Latino Americana de Teatro Comunitário), Vento Forte de Ilo Krugli, Tá Na rua de Amir Haddad e Nega Zilda (uma importante figura do bairro e dona do Bloco de Carnaval da Nega Zilda – em memória), entre outros, são lembrados com carinho e eternizados nesta exposição em uma grande homenagem.

A exposição conta ainda com expositores que traçam uma narrativa histórica poética e sensível, além de estandartes que estampam o nome de grupos de teatro, circo e capoeira que ocupam o Centro Cultural Arte em Construção. A entrada do Teatro Ventre de Lona, principal espaço de apresentações, mais uma vez foi iluminada com a renovação das luzes em sua placa. 

E para compartilhar este projeto com a comunidade, com estudantes e profissionais parceiros de tantas andanças, é que o Grupo Pombas Urbanas promove uma abertura oficial dessa exposição. 

Grupo Pombas Urbanas

Criado e consolidado na periferia, o Grupo Pombas Urbanas foi um dos precursores da produção do teatro comunitário e teatro de rua em São Paulo. Reconhecido entre os grupos mais longevos da cidade, o coletivo possui 34 anos de trabalho artístico, caracterizado pelo teatro comunitário: criado, produzido e feito para, com e na comunidade. 

Seguindo o mesmo direcionamento, o espetáculo “Florilégio”, sua mais recente produção, traz à cena as vozes e histórias de vida de integrantes do grupo e de moradoras e moradores do bairro Cidade Tiradentes, localizado na periferia da Zona Leste da capital e região de atuação do coletivo. Uma reflexão sobre as condições e relações humanas neste território, visibilizando as dores e violências que assolam esta comunidade, mas também a força das relações comunitárias, capazes de transformar vidas e realidades.

A montagem nasceu a partir do diálogo com muitas vozes de ontem e de hoje, na busca por poetizar o cotidiano, mas também ultrapassar diversos tipos de opressões tantas vezes impostas. 

“Tratamos sobre o acender dos vagalumes em meio a escuridão, que logo atraem outros vagalumes para brilharem juntos e em sintonia. A resistência necessária para viver (inspirado no filósofo Didi-Huberman). Se olharmos para os vagalumes com o olhar que tínhamos na infância podemos encarar a vida de outra maneira, para compreender que não estamos sozinhos. Existe sempre uma luz no fim do túnel, apesar dos desafios em nossa existência”, explica a diretora Vanéssia Gomes. 

Guiado pelo verbo “esperançar” de Paulo Freire, “Florilégio” aproxima o público de memórias, sonhos, obstáculos a serem superados e de desejos esperançosos para um amanhã possível. O espetáculo mostra o quão potente pode ser a luta e a transformação de um ser, ressaltando que, apesar dos desafios em nossa existência, ainda podemos acreditar mais na sabedoria da vida, buscando soluções para os momentos de crise com sensatez.

As ações fazem parte do projeto “Pombas Urbanas: comunidade nas comunidades”contemplado no edital PROAC Teatro/Circulação de Espetáculo.

Informações: www.facebook.com/GrupoPombasUrbanas e www.instagram.com/grupopombasurbanas

Serviço: Abertura da exposição: Espaço da Memória 

Com Grupo Pombas Urbanas

Quando: 18 de julho de 2024 (quinta-feira) – Horário: 19h

Onde: Centro Cultural Arte Em Construção (Instituto Pombas Urbanas) – Endereço: Av dos Metalúrgicos, 2100 – bairro Cidade Tiradentes – Zona Leste – São Paulo – SP

Programação: 

19h – recepção do público feita pelo Grupo Pombas Urbanas

19:30h – Apresentação do espetáculo Florilégio e falas sobre a exposição 

20:30h – Abertura oficial da exposição

Espetáculo “Florilégio” 

Sinopse: O espetáculo parte do território do real, ancestral e dos sonhos, em um espaço/tempo que nos aproxima de pessoas e histórias. Entre poesias, músicas, danças, lutas, mas também entre encontros e desencontros próprios de nosso tempo, transita por narrativas que envolvem a construção de uma comunidade, construindo uma tessitura em torno dos sentidos do esperançar, inspiração vinda do educador Paulo Freire. Duração: 60 minutos

Grátis – Classificação Livre