Premiado pelo projeto ¡Hola Rio!, Cazé acaba de chegar da Colômbia, onde realizou, durante o mês de outubro, uma intervenção artística em um intercâmbio com outros artistas urbanos, brasileiros e colombianos. Aqui ele participou de uma obra coletiva a 20 mãos, que pode ser vista por quem passar pelo Colégio Estadual Antônio Prado Júnior, na Praça da Bandeira, na Tijuca. Ambas as ações fazem parte do ¡Hola Rio!, uma parceria firmada entre a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e a plataforma Aborda, através do edital Ano Rio-Colômbia.
Inédita no Rio, obra coletiva celebra a criatividade da arte urbana na América Latina
O muro do Colégio Estadual Antônio Prado Júnior, na Praça da Bandeira, Tijuca, foi transformado em um grande mural colaborativo na última semana. Em parceria com o IDARTES, os artistas trabalharam em duplas, assim como fizeram em outubro em Bogotá.
“A minha ideia aqui foi trazer um alimento que conectasse os países latinos e falasse também desse pensamento transatlântico afrolatino. Busquei o maíz, que traz essa ancestralidade, ligado ao nosso milho, tão frequente em nosso cotidiano, inclusive no nosso balneário”, explica Cazé, que contou com a artista colombiana Nats Garu nas duas cidades.
A pesquisa vem sempre pautada na ideia das biografias urbanas, que é um pensamento que vem sendo construído há alguns anos, pensando nessas histórias que confabulam com o território. Cazé retrata pessoas reais, que têm a ver com o ofício. E que estão em movimento.
Saiba mais sobre Cazé
Natural do Rio de Janeiro, Cazé é artista visual dedicado à pintura e ao muralismo. Formado em Design Gráfico e Web Design pelo SENAI Artes Gráficas e SENAC RJ, Character Design pela escola de arte Innovation Creative Space e Direção de Arte pela ESPM. Cazé tem como pesquisa os territórios que está presente, de modo a criar diferentes perspectivas a partir de registros fotográficos autorais, denominando-a de “biografias urbanas”. Seus trabalhos buscam evidenciar protagonistas e histórias que passam por apagamentos históricos, dando vozes a diferentes atores e narrativas sociais tradicionalmente preteridas e silenciadas. Em sua trajetória, Cazé reúne diferentes trabalhos pelo Brasil e ao redor do globo, como Guiné-Bissau, Portugal, França, Inglaterra, Alemanha e Equador.
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