“Um oceano para lavar as mãos” tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano
A artista plástica Azizi Cypriano faz parte da exposição “Um oceano para lavar as mãos” que pode ser conferida na inauguração do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, RJ
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No sábado, dia 15 de abril, será inaugurado o Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, às 11h, com a exposição “Um oceano para lavar as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, e reúne obras dos artistas negros Aline Motta, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos, Lidia Lisbôa, Moisés Patrício, Nádia Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago Sant’ana, que ocuparão um espaço monumental de 3.350 metros quadrados.
O curador Marcelo Campos diz que passou a observar “o modo como os artistas negros lidam com o período das navegações”. O título “Um oceano para lavar as mãos” é retirado de um verso da música “Meia-noite”, composta por Chico Buarque e Edu Lobo para a peça “O Corsário do Rei” (1985), de Augusto Boal. “Este verso sempre me chamou a atenção na música. A ideia de limpar – que pode ter sentido de cura, de purificação, presente em obras como as de Ayrson Heráclito, ou de não se fazer nada a respeito”.
Dos doze artistas convidados, seis foram comissionados para criarem trabalhos especialmente para a exposição: Azizi Cypriano, Juliana dos Santos, Moisés Patrício, Pedro Cipriano, Thiago Costa e Tiago Sant’ana.
Entre os destaques da exposição está a artista Azizi Cypriano trans não binária, licenciada em Artes Visuais, que também é escritora e pesquisadora. Suas obras tem uma trama poética e são elaboradas com epistemes ancestrais. Ela investiga, na espiral do tempo, as múltiplas formas de construir com as próprias mãos.
A exposição “Um oceano para lavar as mãos”, com curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano será acompanhada, ao longo de seis meses, de uma programação gratuita que conta com música, cinema, teatro, literatura, atividades infantis, oficinas e seminário.