Christiana Guinle

Christiana Guinle retorna aos palcos na Cidade das Artes com o monólogo “Gênero: Livre”

por Jorge Rodrigues

om texto de Pedro Henrique Lopes e direção de Ernesto Piccolo, o monólogo estará em cartaz na Sala Eletroacústica aos sábados e domingos, de 16 a 31 de março. A atriz, que está fora das novelas desde uma participação em “Boogie Oogie”, em 2014, se inspira em alguns episódios de sua vida para construir uma narrativa sobre gênero, que vai dos preconceitos arraigados no nosso dia a dia aos debates sobre liberdade em um mundo pósgênero.

 

Durante minha juventude, eu não tinha muitas referências de pessoas que se identificassem como fluidas. No máximo, tinham as pessoas andróginas. Eu tentava entender minha própria identidade. A descoberta da não-binaridade e a possibilidade de fluir entre os gêneros foram libertadoramente perturbadoras. Contei toda a minha história para o Pedro, que usou as minhas memórias para escrever um espetáculo sobre o respeito às nossas próprias individualidades. Queremos falar do corpo sem gênero. Das roupas sem gênero. Do sexo sem gênero”, explica Christiana Guinle.

O termo “Gender fluid” (Gênero fluído), ou Gênero Livre, como vem se tornando conhecido no Brasil, está relacionado a uma identidade de gênero marcada pela capacidade de fluir e não se limitar por permanências, e pode ou não ter relação com orientação sexual. Uma pessoa gender fluid pode, a qualquer momento, identificar-se como homem, mulher, neutra ou qualquer outra identidade não binária, ou alguma combinação de identidades.

Seu gênero também pode variar de forma aleatória ou em resposta a diferentes circunstâncias. “Gênero: Livre”, reúne biografias, reportagens, músicas e relatos pessoais da atriz e da equipe criativa para refletir sobre as identidades de gênero além das definições binárias de masculino e feminino.

O monólogo, além de passear pela trajetória de Christiana Guinle, resgata também personagens importantes no debate da fluidez de gênero: Thomas Baty (1869-1954), umas das primeiras pessoas documentadas como ‘não-binárie’; a atriz Rogéria, com quem Christiana trabalhou e se tornou amiga; Kaká Di Polly, ícone drag dos anos 1980 e 90; a modelo trans Roberta Close; e muitas outras pessoas que contribuíram para a (des)construção social brasileira de gênero. Todos eles estão em cena através das falas e da vivência da Christiana.

Sinopse

Descobertas e questionamentos envolvendo identidades de gênero e orientação sexual ganham a cena no espetáculo “Gênero: Livre”. Sobre Christiana Guinle A atriz Christiana Guinle ingressou aos 15 anos na Royal Shakespeare Company, em Londres. Ganhou o prêmio Mambembe de Melhor Atriz em “A Odisseia de Homero”, sob direção de Carlos Wilson. Em 1993, foi indicada no Prêmio Molière por sua atuação em “O Inferno são os Outros”.

Em 1994, ganhou o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) por sua atuação em Anjo Negro. Em 1996, foi indicada ao Shell por “A Dama do Mar” e no Festival Alternativo de Berlin por “Metalguru”. Sobre Ernesto Piccolo O diretor Ernesto Piccolo, com mais de 20 anos de experiência, dirigiu espetáculos de extremo sucesso, como: “Duetos”, com Patricya Travassos e Du Moscovis (2022); “Dom Quixote de Lugar Nenhum”, de Ruy Guerra, com Edson Celulari (2008); “Divã”, com Lilia Cabral (2005); “Simples Assim”, texto de Marta Medeiros e Rosane Lima, com Julia Lemmertz (2019); “Andança, Beth Carvalho o musical” com texto de Rômulo Rodrigues; “Sonhos de um sedutor” (2013) de Woody Allen; “Doidas e Santas” texto de Regiana Antonini a partir do livro de Martha Medeiros com Cissa Guimarães (2010 até 2016), e “A História de Nós 2”, texto de Lícia Manzo com Alexandra Richter e Marcello Valle (2009 até hoje); além do hit infantil “D.P.A – A Peça” (2019 e 2023).

Ficha técnica:

  • Direção: Ernesto Piccolo
  • Interpretação: Christiana Guinle
  • Texto: Pedro Henrique Lopes
  • Assistente de direção: Kattia Hein e Mark Benjamin
  • Coreografia e preparação corporal: Kallanda Caetana
  • Figurinos: Helena Araújo
  • Iluminação: Gabriel Prieto
  • Trilha sonora: Pedro Henrique Lopes e Ernesto Piccolo
  • Caracterização e visagismo: Ricardo Moreno
  • Produção executiva: Christiana Guinle e Ernesto Piccolo
  • Assistente de produção: Layla Paganini
  • Direção de produção: Pedro Henrique Lopes
  • Assessoria de imprensa: AF Produções
  • Programação visual: Yucky Designs e Ideias Realização:
  • Expansão 2 Produções Artísticas e Expressão Piccolo

Serviço:

3ª Temporada do Espetáculo “Gênero: Livre”

  • Data: 16 a 31 de março Horários: Sábados 20h e Domingos 19h
  • Local: Cidade da Artes – Sala Eletroacústica
  • Endereço: (Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ)
  • Ingressos: R$ 50,00 (cinquenta reais)
  • Duração: 60 minutos
  • Classificação: 12 anos

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