Exposição “Lugar Delas Imaginar” reúne obras de artistas valeparaibanas em São José dos Campos

Coletivo Lugar Delas realiza exposição de artes visuais com entrada gratuita na Fundação Cultural Cassiano Ricardo com abertura junto ao evento Cena de Mulher

por Redação
Exposição “Lugar Delas Imaginar”

Coletivo Lugar Delas realiza a exposição de artes visuais “Lugar Delas Imaginar”, que reúne obras de artistas valeparaibanas a partir do dia 28 de março na Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São José dos Campos. A abertura da exposição acontece junto ao evento Cena de Mulher, produzido pela FCCR, na edição especial do mês das mulheres. A entrada é gratuita e a exposição é acessível a todos os públicos por meio de audiodescrição das obras.

Reunindo oito artistas visuais residentes de São José dos Campos e da região do Vale do Paraíba paulista, a exposição “Lugar Delas Imaginar”, nasceu de um questionamento: “Mulher, por quê você se expressa visualmente?”. As artistas Bethânia Souza, Camila Grun, Caroline FB, Catarina Dantas, Daniela Akemi, Isabella Siqueira, Janaína Vieira e Thaylla Barros, respondem a essa pergunta com sua diversidade de referências e trajetórias. As obras criadas de maneira colaborativa refletem a base de construção do Coletivo Lugar Delas.

O início dessa história acontece em 2021, quando o coletivo propôs uma Mostra de Artes Visuais virtual, com protagonismo de mulheres, onde as artistas valeparaibanas pudessem, em tempos pandêmicos, compartilhar processos artísticos, apresentar seus portfólios, participar de bate-papo sobre o recurso de acessibilidade da audiodescrição e criar obras inéditas em coletivo para uma exposição digital. O projeto agora chega ao público e prevê a circulação presencial da exposição, que evidencia a diversidade e a criatividade artística da região, ao mesmo tempo em que destaca a importância do trabalho colaborativo e da cooperação entre mulheres artistas na construção de um cenário cultural.

Ao criar esse espaço de potencializar o protagonismo de mulheres na arte e falar sobre identidade cultural, conexões sociais e memórias, a exposição “Lugar Delas Imaginar” convida o público a mergulhar nesse universo de diálogos, imaginações e descobertas, explorando as múltiplas facetas da arte e da cultura do Vale do Paraíba Paulista. Além da exposição, o projeto também oferecerá gratuitamente uma oficina de audiodescrição aberta a artistas, produtores culturais e demais interessados. A programação completa com maiores informações será divulgada no instagram do Coletivo Lugar Delas.

Projeto financiado pelo EDITAL PNAB Nº 001/FCCR/2024.

SERVIÇO | Exposição Lugar Delas Imaginar

Abertura: 28 de março de 2025, das 19h às 21h

Local: Centro Cultural Clemente Gomes
Av. Olivo Gomes, 100 Parque da Cidade Roberto Burle Marx
Santana, São José dos Campos

Período Expositivo:
28 de março à 28 de abril de 2025
Segunda à sexta 10h às 20h

Entrada gratuita

Classificação: Livre

“O conteúdo desta obra é de responsabilidade exclusiva do autor e não representa a opinião dos membros da FCCR”

FICHA TÉCNIC

  • Produção e curadoria: Coletivo Lugar Delas
  • Identidade visual: Caroline FB
  • Expografia: Camila Grun
  • Assessoria de imprensa: Maiara Tissi

ARTISTAS

Exposição “Lugar Delas Imaginar”

Bethânia Souza Santos

Mulher preta quilombola em contexto periférico, 35 anos, mãe solo. Fundadora da Betanitas, onde através da arte têxtil, promove a conscientização e socialização da cultura afro-brasileira na educação, desde 2016. Estudante de Ciências Sociais, Educação para o Campo na UFABC. Fundadora da Ciranda de Leitura,  onde utiliza a Leitura como ferramenta de auto cuidado e fortalecimento da pretitude com livros afrocentrados.  Comunicadora e  Arte Educadora Popular. Mediadora e Contadora de Histórias. Agente Cultural. Compositora. Poetisa, Escritora. Atriz. Dançarina. Brincante da Cultura Popular com Maracatu,  Coco de Roda e Capoeira. Co fundadora do Slam Independente (batalha de poesias). Mestra de Cerimônia. Integrou a regência do grupo percussivo O Grito de Maria por 7 anos e a  orquestra de Maracatu no grupo percussivo Itaomi por 5 anos. Atualmente é regente do grupo percussivo e brincante de cultura popular Folha de Mariwô e segue com seu trabalho com a Betanitas.

Camila Grun

Aprendiz em artes visuais, arte educadora e produtora cultural. Graduada em fotografia, e pós graduada em arte educação. Integrante do Coletivo Lugar Delas, e atuante na produção e curadoria de projetos culturais desde 2014. É amante do processo criativo livre e dos erros, e grande apreciadora das manualidades, memórias e cotidianos.

Caroline Farnesi Borriello

Mulher valeparaibana, com uma curiosidade crítica para com o mundo. Integrante do Coletivo Lugar Delas, pesquisadora da cultura popular e apaixonada por memórias e sua importância na vida, nos territórios. Comunicadora, curiosa em audiovisual, educadora social, produtora cultural, designer, artista visual, maracatuzeira. Experimento o mundo e busco ferramentas de aprender, trocar, contribuir e criar com propósito, além das exigências do capitalismo e sempre que possível, combatendo-o, em alegre rebeldia.

Catarina Dantas

Nascida em 1985, Floresta – Pernambuco. Xilogravadora, iniciou seus estudos em gravura em 2016, aprofundando-se no período da pandemia em 2020. Realiza muito dos seus papéis artesanalmente, e seus interesses estão na abordagem do feminino, mulheres de seu entorno e círculo de amizades, especialmente retratando mulheres negras, indígenas e a religiosidade afro-brasileira. A goiva grava delicadeza e resistência inspirada por mulheres míticas e reais. Vive e trabalha na cidade de Caraguatatuba, São Paulo.

Dani Akemi

Joseense apaixonada pela arte desde a infância, pude aprender a ver o mundo e encarar a vida por uma nova perspectiva. Através das lentes uma técnica, para dar novos roteiros a episódios vividos e até não vividos.Pude apresentar meu trabalho sendo proponente do Fundo Municipal de Cultura de São José dos Campos em 2018. Foi realizado o projeto Trans-parecer que já foi exposto no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Continuo, tendo o ofício como uma paixão e uma tentativa de entrega a todos que queiram ou precisem: ressignificar, enxergar a beleza através da arte. Bacharel em design gráfico pelo Centro Universitário de São Paulo – 2013, com propósitos acadêmicos, estudou na Alemanha  e na Irlanda. Afim de compartilhar seus processos de criação, ministrou oficinas realizadas no Fundação Cultural Cassiano Ricardo, SESC SJC e Associação Fenix – Jacareí

Isabella Siqueira

É artista visual, arte-educadora e muralista com um profundo interesse pelos processos manuais integrados aos digitais na arte e na educação. Nascida em Jambeiro, cidade rural, e atualmente residente em Jacareí, no interior de São Paulo,formou-se em Artes Visuais pela Univap. Ela integra o duo Antúrio, onde desenvolve projetos de muralismo, trabalhos em ateliê e iniciativas de arte educação. Desde cedo, esteve envolvida com as artes manuais, influenciada por sua mãe, professora de pintura, e seu avô, um escultor autodidata valeparaibano.

Atualmente, suas obras e murais se destacam pela experimentação com técnicas mistas, incluindo pintura, geotinta e diversas aplicações em tecido. Através dessas técnicas, ela narra a história de seus ancestrais, explorando seu território e os cruzamentos de um cotidiano interiorano brasileiro, ao mesmo tempo singelo e potente. A artista já participou de projetos em São Paulo (tanto no interior quanto na capital), Belo Horizonte (MG) e em Urucureá (Pará).

Janaína Vieira

Nascida em 1997, Macambira, Sergipe. Reside em Jacareí, São Paulo

Artista visual e arte educadora. Sua pesquisa é desenvolvida a partir de reflexões sobre cotidiano, periferia, pertencimento e visibilidade social. Explorando perspectivas e expressões através de diversas linguagens artísticas; obra-objeto, fotografia, arte digital/analógica e muralismo.

Thaylla Barros

Thaylla Barros, 1995, é uma multiartista nascida no interior do Maranhão, e residente no interior de São Paulo, onde desenvolve sua pesquisa artística em sintonia com suas crenças e valores sociais afetivos a partir da narrativa de um corpo nordestino, negro com provável ascendência indígena, onde, como artista independente tem o comprometimento de realizar uma arte que acredita ser necessária e de acordo com suas convicções. Tem como missão fazer com que o espectador pare, nem que seja por um segundo para enxergar a visão de mundo de outra ótica.

Atua desde 2014 profissionalmente no meio artístico e desde 2016 explorando seus trabalhos em diferentes formatos. Suas criações retratam a potência, a sensibilidade, força e leveza, carregadas de ancestralidade, referências, vivências e estudos, envoltas em grafismos e cores vibrantes de grande contraste com as figuras principais. No momento suas produções permeiam por 3 eixos: Graffiti/Mural, Tela e arte digital.

Na cidade realizou duas exposições individuais: Pra não dizer que eu não falei das flores (2024), Motumbá: Boa fé pra quem é de boa fé (2018, 2020); e participou de outras coletivas: CUMÉKI4GENTEFIK4?, Origens, Matrizes (2024), Expressão feminina (2023), Ocupação Poente (2022), O primeiro ano do resto de nossas vidas (2021); além de coletivas em outros locais como: Antonieta: Retratos de uma Heroína da pátria em Florianópolis-SC (2024), Olhares do Brasil em Brasília-DF (2023) e na Pose Cultural Art Gallery em Chicago- IL (2022). Recebeu o prêmio Trajetória Artística em Artes Visuais pela Lei Aldir Blanc (2020), e o prêmio de Trajetória em artes visuais pela Lei Paulo Gustavo (2023).

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