O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Iphan, no Catete, inaugura no próximo dia 13 de março, às 17h, sua primeira exposição do calendário do Programa Sala do Artista Popular (SAP) em 2025. Fantástico feminino: a arte de Rosana Pereira individual formada por obras inéditas da ceramista Rosana Pereira, oferece ao visitante um percurso, no mínimo, divertido, que representa o artesanato tradicional realizado por gerações no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. As peças de Rosana Pereira fundem gente e bicho no mesmo corpo, ora em cenas corriqueiras da vida real, ora em atmosferas românticas, sempre com bom humor e criatividade. A exposição tem entrada gratuita e, logo na entrada, o público pode conhecer a história da artista num catálogo produzido especialmente para a ocasião, também disponível de graça. Todos os trabalhos estão à venda.
Será a primeira vez que Rosana Pereira presencia pessoalmente a exposição de seu trabalho no Rio de Janeiro. “É uma oportunidade muito boa mostrar meu trabalho na SAP. Antes, minhas peças já fizeram parte de mostras, mas só agora estarei presente e acompanhando de perto”, conta. Terceira geração de tradicional família de ceramistas do povoado do Córrego Santo Antônio, em Minas Gerais, Rosana Pereira molda o barro desde criança, de brincadeira. “Mas desde pequena vendia nas feiras o que criava”, lembra. Importante referência na cerâmica do Vale do Jequitinhonha, a família de Rosana tem obras em acervos públicos e privados dedicados ao artesanato tradicional brasileiro.
Mãe de Nicole, Mariela e Joaquim, de 14, 6 e 3 anos, respectivamente, a artista diz que os filhos costumam fazer moldagem enquanto ela trabalha. Aos 36 anos, conta que a ideia de fundir gente e bicho surgiu por acaso. Para ser diferente. Tem cachorro e gato em casa, mas é da imaginação que tira o que põe nas figuras. Tem noiva carregando noivo. Namorados conversando e crianças brincando. A artista é econômica nas conversas. Rosana transfere para as esculturas um olhar divertido da vida real. “O que pouco expresso pessoalmente, demonstro nas peças. Acontece bastante de me pegar rindo sozinha depois de ver um trabalho pronto. Fico muito feliz de ver meus trabalhos finalizados do jeitinho que imaginei”, afirma.
Breve histórico da SAP
Rafael Barros Gomes, diretor do CNFCP, ressalta que o Programa Sala do Artista Popular é uma política cultural de relevo. “São mais de 40 anos, contínuos, promovendo a vinda de artistas e suas obras para exposições no Museu de Folclore Edison Carneiro, onde há o Espaço de Comercialização que vende esses trabalhos”, destaca. Mais: dando visibilidade ao artesanato tradicional de Norte a Sul do país. “Sobretudo, é um programa pioneiro na perspectiva de políticas voltadas para o campo do artesanato de tradição cultural, compreendendo o fazer artesanal das diferentes comunidades do Brasil”, explica.
A SAP/CNFCP desde 1983 fomenta a venda dos trabalhos feitos nos mais distantes rincões do país, já contou com participação superior a 4.000 artesãos.
Serviço:
Fantástico feminino: a arte de Rosana Pereira – Individual da ceramista de Caraí, Minas Gerais, formada por obras figurativas. Todas à venda.
Sala do Artista Popular do CNFCP/Iphan – Rua do Catete, 179. Catete – RJ (em frente à estação de metrô do Catete; ou entrada lateral pelo jardim do Museu da República). Entrada franca. Tel. 21 3032.6052
Inauguração: 13 de março, às 17h. Encerramento: 18 de maio
Visitação: Terça-feira a sexta-feira, das 10h às 18h | Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.
Realização: Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec) | Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Instituto de Patrimônio e Histórico e Artístico Nacional (CNFCP/Iphan) _ WWW.cnfcp.gov.br
Apoio local: Associação dos Artesãos de Santo Antônio do Icaraí
Assessoria de imprensa da SAP: Mônica Riani 21 9 9698.5575 [email protected]