Gisberta – Vida e Morte

por Redação
Gisberta

O que despertou o assassinato de Gisberta? Série documental que é uma coprodução luso-brasileira aborda o crime brutal cometido contra Gisberta Salce Junior, uma mulher trans brasileira, por 14 adolescentes que eram abrigados em uma instituição católica, que foi torturada e assassinada em 2006, na cidade do Porto, em Portugal.

O caso que não encontrou a esperada punição e chocou tanto o Brasil quanto a Europa foi a faísca para uma série de investigações sobre a Igreja e a instituição católica Oficina de São José em que os menores viviam. A morte de Gisberta abriu fendas para a descoberta de abusos psicológicos e sexuais além de maus tratos, que culminou com o suicídio do diretor do abrigo, e fechamento da instituição, além de acender o debate sobre os direitos civis de pessoas transgênero.

Com uma história marcante, cheia de reviravoltas, Gisberta virou nome de rua, ganhou projeto de lei, inspirou manifestações sociais e artísticas, que vão de peças de teatro, livro à música na voz da cantora Maria Betânia.

A minissérie de quatro episódios com 45 minutos cada, conversa diretamente com a tendência global de conteúdo voltado ao true crime. O gênero ganha cada vez mais espaço no Brasil ao dar voz a histórias marcantes e de grande interesse do público. Gisberta chega em um nicho cada vez mais rico, com o crescimento e a variedade das plataformas de streaming, seja por extrema qualidade artística, quanto pela abordagem respeitosas a temas sensíveis e reais, que geram engajamento das comunidades e discussões sociais e culturais.

Gisberta

A produção da série contará com exclusividade um arco narrativo baseado em depoimentos de familiares e amigos de Gisberta, além das pessoas diretamente envolvidas no assassinato, como os adolescentes – hoje adultos – e funcionários da extinta Oficina de São José, advogados e jornalistas. Todos falando pela primeira vez sobre o caso.

Com criação, direção e roteiro de Rodrigo Rebouças, em par Alice Marcondes, direção geral de Leonel Vieira, a série tem produção executiva de Cebola Guedes-Cebola e Luís Antônio Silveira. A coprodução da minissérie fica a cargo do núcleo de true crime da produtora brasileira Ultravioleta (Decaído, Enquanto Isso: Na Sala de Justiça) e da portuguesa Volf Entertainment. “Fazer essa série é trazer à tona uma história impactante que abalou Portugal mas infelizmente ainda pouco conhecida no no Brasil. Falar de Gisberta e a maneira que foi assassinada é expor a forma como pessoas trans são olhadas pela sociedade. O que aconteceu com ela é somente mais um caso do que acontece todos os dias em nossas cidades, por isso, é muito emocionante ter a oportunidade de contar essa história e trazer o olhar cinematográfico para todas as camadas dos fatos que ocorreram durante os dias do crime naquele prédio abandonado”, completa o diretor da série, Rodrigo Rebouças.

Segundo Luís Antônio Silveira, da Ultravioleta e produtor executivo de Gisberta: “A série já tem parte do seu financiamento garantido pela distribuidora francesa ABC – About Premium Content, e as produtoras já estão em avançadas negociações com players de streaming no Brasil e em Portugal, onde também chegará à tv aberta. O objetivo é lançar a série durante a EuroPride 2025, a parada LGBTQIAPN+ pan-europeia que é realizada anualmente, sempre em uma cidade diferente do continente. A edição 2025 acontecerá em Lisboa, no último trimestre do ano”, completa.

“Gisberta – Vida e morte”, foi um dos projetos vencedores  duas categorias dos pitchings do Conecta Fiction & Entertainment 2024, realizado em junho deste ano, em Toledo, na Espanha.

Direção e Roteiro

Rodrigo Rebouças é diretor e roteirista de alguns documentários, como, “Fronteiras Médicas” série documental que relata o percurso de médicos integrantes do programa Médicos Sem Fronteiras pelo mundo, “10/03” curta documental que aborda a vida do ciclista David Santos depois de uma amputação ao ser atropelado na Av. Paulista por um motorista embriagado. Ganhador de Melhor Filme no Rocky Spirit 2023. Está dirigindo “Tânia Maria”, documentário sobre uma das maiores artistas musicais que o Brasil já produziu e sua luta contra o Alzheimer. É sua a direção “Projeto Amazonia”, série documental que mostra a vida de algumas etnias indígenas em diversas partes do Brasil e do Mundo.

Alice Marcondes é uma das roteiristas mais respeitadas no audiovisual, ganhadora de diversos prémios e se destaca por seus principais trabalhos: “Manhãs de Setembro” para a Amazon Prime Video, “De Volta aos 15” para a Netflix, “Noturnos” para o Canal Brasil, e “Todxs Nós” da HBO. Atuou nas três últimas séries citadas e foi atriz protagonista dos curta- metragens premiados “Bonde” e “Chão de Fábrica”. Apresentou e roteirizou o reality show “Born to Fashion”, no canal E! Entertainment. Foi premiada pela ABRA como “Roteirista do Ano” em 2021. Também foi jurada na semifinal do Emmy Internacional e na “Mostra Novos Rumos” do Festival do Rio em 2022.

Sobre as Produtoras

ULTRAVIOLETA

Fundada em 2018 pelos sócios Carlos Guedes-Cebola e Mário Peixoto, a empresa de produção tem como objetivo produzir e contar histórias da maneira mais original e eficaz possível. Eles trabalham para clientes e agências tanto no mercado nacional quanto internacional. Sua divisão de Branded Content tem produzido projetos para marcas como Stella Artois, Amazon, Honda e Intel. A empresa de produção faz parte do Grupo Papaki e atualmente é composta por 10 empresas de produção de imagem, uma empresa de pós-produção, uma empresa de produção de som e a revista Elle. Recentemente, em parceria com A Fábrica, eles vêm desenvolvendo projetos na área de conteúdo e entretenimento, liderados por Luis Antonio Silveira, que já produziu mais de 1500 horas de conteúdo para diversos canais internacionais como BBC, Arte- France, RTP, Smithsonian Channel, Natgeo e Discovery. Atualmente, eles desenvolvendo projetos de crime verdadeiro para a Netflix e HBO Max.

VOLF ENTERTAINMENT

A Volf Entretainment é uma empresa criada por uma parceria de investimento, Lisbon Ventures, para produzir séries, filmes e documentários. A empresa de produção se beneficia dos 25 anos de trajetória e experiência do cineasta e produtor Leonel Vieira. Leonel fundou a Stopline Films em 2004, uma empresa de produção dedicada à produção de filmes e séries, com mais de 30 títulos e quase 200 filmes comerciais em seu currículo. “O Pátio das

Cantigas” (2015), dirigido e produzido por Leonel Vieira, se tornou o filme de maior bilheteria do cinema português. Leonel Vieira tem trabalhado com importantes empresas de produção no Brasil há mais de uma década. Em 2010, dirigiu e produziu a minissérie “Conexão” (2×90′) em colaboração com a Espanha. Em 2015, executou o maior serviço de produção filmado em Portugal para uma produção de Hollywood produzida pela Survival Pictures, intitulada “The Promise”. O produtor e cineasta também estreou “O Crime do Padre Amaro” (6×45′) e está atualmente se preparando para o lançamento do thriller “O Último Animal”, que é dirigido por Leonel Vieira no Rio de Janeiro.

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