Marielle

Musical ‘Marielle Presente!’ termina temporada

por Waleria de Carvalho

A temporada do espetáculo “Marielle Presente” está chegando ao fim. Com uma narrativa que reverbera justiça para Marielle Franco e Anderson Gomes, a trajetória da vereadora é retratada na peça, contextualizando e elucidando a importância do legado ancestral e de sua existência. Idealizado pela empresa artística negra Confraria do Impossível, as apresentações últimas apresentações da temporada serão nesta quinta (29) e sexta (30) às 19h, sábado (1) e domingo (2), às 18h.

A obra tem a assinatura do idealizador, roteirista e diretor André Lemos, é produzida por Jeff Fagundes e conta com a colaboração dramatúrgica de Anielle Franco e Mônica Benício. Surgindo em um momento crucial – marcando os cinco anos sem Marielle e a mudança de governo – o espetáculo tem reacendido a esperança por resoluções e respostas no trágico caso da vereadora e de seu motorista, e tem alcançado grande êxito junto ao público.

Segundo o diretor André Lemos, a temporada superou as expectativas. “Tem sido maravilhoso e, na verdade, acima do que esperávamos. Este espetáculo virou uma potência muito grande. O teatro tem ficado bastante cheio e temos recebido ótimos retornos, principalmente de mulheres, mulheres negras, e isso é lindo de ver. As atrizes que dão vida a Marielle em cena não só a representam, mas também se sentem representadas e emocionadas neste papel, e isso tem feito elas crescerem cada vez mais. Temos feito uma abordagem sobre a Marielle de forma respeitosa e grandiosa, e nos orgulhamos disso”, ressalta.

Já para a atriz ndrea Cordeiro, uma das oito atrizes que interpretam Marielle no espetáculo, esta também é a oportunidade de mostrar a sua potência artística. “Atuar em Marielle é dar voz para tantas que já foram silenciadas. É falar sobre mim, mas também falar um pouco sobre cada um dos meus: pretos, pobres, mulheres e LGBTQIA+. É escolher o amor no lugar da dor. É buscar por justiça, mas não esquecer que todos merecem ser felizes. É mostrar minha arte, minha potência artística, ter visibilidade e ocupar espaços que sempre foram distanciados de mim. Me fazer presente e potente. A temporada está sendo muito enriquecedora, um verdadeiro aprendizado e diferente de tudo que já vivi. Um carrossel de emoções!”, completa.
A também intérprete de Marielle, a atriz Iane de Jesus, destaca o quanto a troca com o público também tem sido significativa. “Cada apresentação é única e a troca com a plateia, com a temperatura que ela nos devolve em cena, é o que mais me emociona. Ter a possibilidade de conversar com o público no pós peça e sentir a emoção deles, saber que isso reverbera além do espaço do teatro, que vão ficar pensando e sentindo o que viram, é o que eu mais gosto. Para mim, é a razão de estarmos ali, falando sobre a vida e os afetos de uma mulher negra tão importante, sem deixar de pedir por justiça pelo crime bárbaro que ainda não teve solução, mesmo depois de cinco anos”, destaca.

Para honrar o compromisso com a inclusão e a diversidade, o espetáculo “Marielle Presente!” incorpora várias estratégias proativas. A produção conta com uma equipe majoritariamente negra, além de garantir a representatividade de pessoas LGBQTIAP+ em posições de liderança e criação. Além disso, há traduções em libras disponíveis, e uma doação de 10% dos ingressos para entidades especializadas, ao passo que se mantém a venda de ingressos a valores populares. Todas essas ações foram tomadas para assegurar que o propósito do projeto seja plenamente alcançado.

Na música, nada mais carioca que o Funk, por isso o ritmo se tornou a trilha oficial da montagem, conta o diretor: “O funk acaba atravessando toda essa história isso, por isso a gente transforma o espetáculo em uma Ópera-Funk, pois é o ritmo que acaba sendo a trilha sonora da nossa vida, desse cenário que é o Rio de Janeiro e que ela faz parte, dessa coisa da beleza e do caos, da brutalidade e da sensibilidade, é um pouco do que a gente traz também, o funk que explodiu nos anos 80, 90 e foi virando uma trilha sonora do Rio que fez parte da história de Marielle’”.

A obra concebida pela Confraria do Impossível, não só mantém vivo o legado de Marielle, mas também impacta a retomada cultural do Rio de Janeiro e tudo isso aliado ao discurso de inclusão, comunidade e acessibilidade. “Um cenário de encontro a todas as desigualdades sociais que a cidade oferece, e diversos atravessamentos que a gente tenta trazer para um lugar de mais sensibilidade, como a gente traz para todas as obras da Confraria do Impossível, que muitas vezes são diálogos de denúncia do racismo estrutural”, conclui André.

FICHA TÉCNICA
Concepção: Confraria do Impossível
Idealização, Dramaturgia e Direção: André Lemos
Colaboração Dramatúrgica: Anielle Franco e Mônica Benicio
Com trechos do livro “Minha irmã e eu” de Anielle Franco
Direção Musical: Maíra Freitas
Direção de Movimento: Taísa Machado e Reinaldo Junior
Direção de Produção: Jeff Fagundes
Elenco: Verônica Bonfim, ndrea Cordeiro, Andrea Bak, Dai Ramos, Darlene Santos, Iane de Jesus, Nádia Bittencourt e Janamô
Preparação AfroFunk e Coreografias: Taísa Machado
Preparação de Atrizes: Reinaldo Junior
Preparação Vocal: Janamô
Assistente de Direção: Lívia Prado
Preparação Funk e Coreografias: Thamires Cândido
Cenário: André Lemos e Carla Costa
Figurinos: Carla Costa
VJ: Andressa Nubia
Identidade Visual: Giulia Santos
Projeto de Luz: Rommel Equer e Maurício Fuziyama
Projeto de Som: Thiago Silva
Fotos: Rodrigo Menezes e Natália Perdomo
Filmagem: Luis Gomes
Cenotécnico: Tarso Gentil
Assistente de Figurino: Bruna Lima

Produção Executiva: Carol Silva
Assessoria de Imprensa: Monteiro Assessoria
Supervisão Artística: Tatiana Tibúrcio
Parceria: Terreiro Contemporâneo, Firjan SESI e Sarau Agência
Realização: Confraria do Impossível

SERVIÇO:

MARIELE PRESENTE!
Teatro Firjan SESI CENTRO . – Avenida Graça Aranha, 1, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
DATA: De 25 de maio a 2 de julho
HORA: Quinta e sexta às 19h, sábado e domingo às 18h
Duração: 90 min
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia)
ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/82417/d/192256

Transformações humanas podem ser vistas na peça ‘Coisa’

Peça A Coisa

Peça A Coisa – Foto de Felipe O´Neill

No espetáculo “Coisa”, com texto inédito da dramaturga Julia Spadaccini — vencedora do Prêmio Shell em 2014 —, a atriz Lisa Eiras interpreta quatro mulheres à beira de uma grande metamorfose em suas vidas. “Falo do sentimento que bate no instante que antecede o passo em direção a uma mudança. É mesmo uma coisa tsunâmica, são movimentos de transformações humanas”, explica a autora, que teve a ideia de escrever o texto logo após passar uma tarde com Lisa.

Nesse encontro recente das duas, com a pandemia mais flexibilizada, já havia um desejo de tocar em questões existenciais e também de trabalharem juntas novamente. Para selar o novo trabalho, elas convidaram o diretor Michel Blois, a fim de reeditar a parceria dos três, que aconteceu na montagem de “Os Inocentes”, de 2010. O resultado dessa reunião estreia no Teatro Glaucio Gill no dia 1º de julho.

Com humor ácido, Lisa, em seu primeiro monólogo da carreira, divide-se na encenação entre uma mulher casada, mãe de dois filhos, na década de 1950, que, de repente, transborda; uma freelancer dona de três gatos isolada durante a pandemia; uma atriz em busca de uma nova personagem, e uma autora às voltas com a criação de um novo texto – todas na casa dos 40 anos. Em um determinado ponto, no ápice de cada uma dessas narrativas, elas têm um encontro inesperado.

“Todas essas mulheres recebem um chamado na peça. É quando precisam refletir sobre o que estão fazendo naquele ponto da vida e para onde pretendem ir. Muitas vezes os nossos desejos se confundem: não sabemos se estamos fazendo o que queremos ou aquilo que nos foi imposto ou sugerido dentro de uma estrutura do patriarcado”, avalia Lisa, vencedora do Prêmio APTR de atriz em papel coadjuvante em 2018.

Potente, o texto de Julia promete mexer com a plateia, propondo reflexões e catarses. “Acredito que todos irão se identificar. ‘Coisa’ fala justamente de um rompimento de padrões sociais e com a estrutura patriarcal. É sobre mulheres que vão se reconectando com seus verdadeiros desejos e pulsões. É um recomeço. Uma guinada. Um livramento das sobrecargas diárias. Julia é uma excelente dramaturga, seus personagens são complexos, fragmentados, assim como a gente é na vida. É sempre um deleite se debruçar sobre seus textos. Lisa é uma atriz divertida, espontânea, solar, brilhante, irônica, confiante”, celebra Michel Blois, que já trabalhou com Julia em sete projetos teatrais.

Sinopse
Quatro mulheres, separadas pelo tempo e espaço, porém vivendo a mesma fase da vida, estão divididas entre realizar seus desejos íntimos ou cumprir o “destino de mulher” que lhes é imposto. Contudo, uma força primitiva emerge, que as conectam e transformam, modificando para sempre suas trajetórias.

Ficha técnica
Idealização: Lisa Eiras e Julia Spadaccini
Texto: Julia Spadaccini
Direção: Michel Blois
Elenco: Lisa Eiras
Diretora Assistente: Joana Lerner
Cenário: Carla Berri
Figurino: Carol Lobato
Iluminação: Maneco Quinderé
Trilha Sonora: Joana Guimarães
Música Original: Francisco Eiras
Direção de movimento: Lavínia Bizzotto
Projeto Gráfico: Raquel Alvarenga
Pesquisa Dramatúrgica: Márcia Brasil
Intérprete de Libras: JDL Traduções
Assessoria de Imprensa: Dobbs Scarpa
Fotos: Felipe O’Neill
Costureira: Maria Jesus Silva
Produção: Agência Botão Cultural | Bernardo Schlegel e Juliana Trimer
Realização: Julia Spadaccini, Lisa Eiras, Michel Blois e Joana Lerner

SERVIÇO
Teatro Glaucio Gill. Praça Cardeal Arcoverde, s/n – Copacabana.
De 01 a 31 de Julho
Sábados, Domingos e Segundas, às 20h.
Ingressos: R$ 40,00 / Meia R$ 20,00
14 anos. 55 min.
Vendas online: funarj.eleventickets.com
Assessoria de Comunicação Dobbs Scarpa

O Âncora aborda até onde vai o limite de um profissional

O  Âncora

O Âncora – Foto de @callanga

O bombardeio diário de notícias ruins em um Brasil pandêmico inspirou a criação do solo O âncora, com direção e texto de Leandro Muniz, atuação e direção de Alex Nader, direção de produção de Caio Bucker e coordenação de produção de Anna Sophia Folch. O espetáculo estreia no dia 30 de junho no CCBB São Paulo, onde segue em cartaz até 23 de julho, com apresentações às quintas e sextas às 19h, sábados às 16h e 19h e domingos às 16h.

Na trama, o famoso âncora do principal telejornal de um grande emissora de TV surta diante das câmeras. Ele está saturado pelos muitos problemas enfrentados pelo país e extenuado pelas últimas notícias da política. Durante a transmissão, ele confessa ao vivo que está bêbado e que precisa tomar remédios psicotrópicos para poder dar conta de repetir à exaustão os fatos cruéis que assolam o país.

Desacreditado com a profissão e com o “desgoverno”, o apresentador está em seu limite e ameaça acabar com a vida ao vivo. Ele está disposto a romper com os limites da ética jornalística para alertar seu público de que a vida no país está muito pior do que as pessoas imaginam e que nem a emissora para a qual ele trabalha é confiável.

A ideia da peça é partir desse contexto para criar uma reflexão sobre todas as questões importantes para o nosso tempo, como a crise climática, a desigualdade social, a luta contra a extrema direita, a homofobia, o racismo, o machismo e o papel da mídia brasileira no cenário político.

Com humor crítico, o texto procura desconstruir com sarcasmo o homem que deveria levar credibilidade à família brasileira, mostrando que ele também está em crise, culpado por viver cercado de privilégios e finalmente resolve decretar o fim da hipocrisia que virou a sua vida. Em crise por ser um homem branco, hetero, rico, num país ainda famélico e deseducado, ele aponta sua língua afiada e desabafa descontrolado, expondo a sua vida e os bastidores da política em cadeia nacional.
Esse mote é uma janela humorística para o personagem passear por tudo o que o aflige, desde seu relacionamento falido com uma ex-apresentadora de telejornal, a proliferação das fakenews, que abalou a credibilidade do jornalismo e impulsionou veículos extremamente duvidosos, passando pelo seu inconformismo com a visão distorcida que o público tem sobre quem ele realmente é. Ele, fora de si, mostrará o seu lado cruel, poético, humorado, raivoso e autodestrutivo.

Ficha Técnica
Texto e direção: Leandro Muniz
Direção e atuação: Alex Nader
Direção de produção: Caio Bucker
Produção executiva: Radamés Bruno
Coordenação de produção: Anna Sophia Folch
Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Sinopse
Um prestigiado âncora de telejornal de uma emissora de credibilidade surta durante a apresentação do programa, saturado pelos problemas insolúveis do país. Perplexo com as últimas notícias da política, ele explode no ar, confessa que está alcoolizado e que há anos usa psicotrópicos para dar conta das notícias cruelmente repetitivas. Ele está no seu limite, acabou um casamento e não acreditar mais no jornalismo. Ele está disposto a romper os limites e alertar o seu público de que a vida está muito pior do que eles imaginam e, talvez, no fim daquele fatídico dia de trabalho dê fim a sua própria vida em rede nacional.

Serviço
O ncora, de Leandro Muniz
Temporada: 30 de junho a 23 de julho, às quintas e sextas, às 19h; aos sábados, às 16h e às 19h; e aos domingos, às 16h
Classificação indicativa: 14
Duração: 50 minutos
Ingressos: 30(inteira) e R$15 ( meia-entrada)
Ingressos em bb.com.br/cultura ou na bilheteria do CCBB
Acessibilidade: acesso a cadeirantes. 1 sessão com intérprete de libras a ser divulgada.

Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP – ATENÇÃO RUA DE PEDESTRE. Veja as opções oferecidas para chegar ao CCBB com mais comodidade.
O CCBB disponibiliza traslado com van gratuita e credenciada a partir de dois pontos. Vans de 15 em 15 min.

‘As Olívias’ celebra 18 anos de trajetória com a estreia da comédia ‘Mulher, Imagina!

MULHER IMAGINA

MULHER IMAGINA – Foto Vitor Vieira

Em comemoração a seus 18 anos de trajetória, o grupo de humor As Olívias reafirma sua parceria com a autora e diretora Michelle Ferreira na comédia Mulher, Imagina!, que tem sua temporada de estreia no Teatro Sérgio Cardoso, entre 7 de julho e 6 de agosto.

Sobre esse encontro, a atriz e cofundadora do grupo Renata Augusto, comenta: “A Michelle esteve conosco desde sempre. Durante o processo de criação de nosso primeiro trabalho, As Olívias Palitam, convidávamos ela e outros amigos da EAD-USP para assistir aos ensaios e opinar. Ela também escreveu nosso segundo espetáculo, Riso Nervoso, em 2013, que foi dirigido por Hugo Possolo. Somos apaixonadas por ela e por seu trabalho. E ela nos conhece super bem e se conecta com o que queremos dizer”.

O espetáculo, que traz no elenco Marianna Armellini, Renata Augusto, Sheila Friedhofer e Victor Bittow, é uma paródia da própria trajetória d’As Olívias. Na trama, um grupo de mulheres roteiristas, que já trabalham juntas há muitos anos, tem a missão de, em muito pouco tempo, criar uma série para uma famosa plataforma de streaming sobre o universo feminino. Elas carregam consigo os sucessos, fracassos, alegrias e desgastes de uma longa história.

Para não perder essa grande chance, as Olívias se encontram em uma sala de roteiro e enfrentam um processo caótico, estressante e engraçado de ter uma ideia original para a série, o que traz à tona os conflitos e desejos do próprio grupo. Enquanto isso, elas ainda têm que encaixar nessa história o único homem do coletivo, que vira um objeto de experimentação, se revezando em diversos personagens na imaginação delas.

“Mulher, Imagina! é uma brincadeira de metalinguagem. O que vemos no palco é um espaço de criação. A plateia é convidada a participar do processo desde o ‘brainstorm’ e testemunha as ideias desses artistas se materializarem em cena. Surgem os dilemas: como abordar o dito ‘universo feminino’? Onde está a graça? Qual o limite do humor, ou melhor, como diz a Laerte: qual o seu horizonte?”, revela Marianna Armellini.

A atriz ainda conta que a encenação dialoga com outros elementos visuais o tempo todo. “Esses elementos não só ajudam a plateia a visualizar o que está sendo criado pelas roteiristas, mas também traz referências a séries de TV e à história do próprio grupo (que já teve um programa de TV). Nos perguntamos: será que tudo já foi feito? É possível ter uma ideia original quando tratamos do “universo feminino”?”, indaga.

Entre as referências pesquisadas pelo grupo durante o processo criativo, estão séries clássicas estrangeiras e brasileiras, como Seinfeld, Friends, The Rehearsal, A Grande Família e Armação Ilimitada, além de outras produções que fizeram sucesso recentemente nos streamings.

A ideia de criar um trabalho que revisitasse a trajetória das Olívias é uma forma de refletir sobre como o fazer humorístico evoluiu dentro do próprio grupo ao longo do tempo. “No começo, nós produzimos inúmeros conteúdos para teatro, internet ou TV, com piadas que hoje consideramos machistas, gordofóbicas etc. Não achamos que exista tema proibido para se fazer piada, mas a questão é: qual piada se vai fazer? Vamos contribuir para a perpetuação de preconceitos e violências, ou vamos fazer piada sobre quem ainda oprime todo mundo em pleno 2023?”, diz Sheila Friedhofer.

“Essas questões aparecem no espetáculo, inclusive com o reconhecimento de que nós também já fomos machistas. O que mudou é que hoje temos consciência de como as mulheres são tratadas em todos os campos profissionais, e no humor não seria diferente. No começo de tudo, por exemplo, aceitávamos sem questionar a fatídica pergunta ‘como é que é fazer humor feminino?’, como se o padrão do humor fosse masculino e nós fôssemos um subgênero do humor”, acrescenta.

As Olívias

Formado nos corredores da Escola de Arte Dramática (EAD / USP) pelas atrizes Marianna Armellini, Renata Augusto, Sheila Friedhofer e pelo ator e diretor Victor Bittow – As Olívias são um grupo de comédia que resolveu transformar em humor seu jeito inusitado de ver o mundo.

A estreia aconteceu em 2005, com o espetáculo As Olívias Palitam, que fez milhares de espectadores por todo o país ao longo de nove anos em cartaz. O humor do grupo também ganhou espaço na internet e, em 2011, As Olívias estrearam na televisão com um programa semanal no canal Multishow – Olívias na TV – com 4 temporadas exibidas até 2013.

Em 2015, em comemoração aos 10 anos do grupo, As Olívias estreiam seu segundo espetáculo teatral, Riso Nervoso, com texto e direção de Michelle Ferreira. Desde 2022, dentro do projeto “Rindo com Elas”, o grupo vem ministrando oficinas de humor gratuitas para mulheres, além de um ciclo de debates sobre a presença feminina no humor brasileiro.

Sinopse
Depois da saída de uma das integrantes, um grupo de humor composto por três mulheres precisa criar uma série de tv para uma plataforma de streaming sobre o universo feminino. Em conflito com o tema, com a existência do grupo e com a própria comédia, elas têm pouco tempo para ter uma ideia genial. Dentro de uma sala de roteiro onde tudo é permitido, elas dividem com o público as alegrias e as angústias de um processo de criação.

Ficha Técnica
Criação: As Olívias
Dramaturgia e direção: Michelle Ferreira
Elenco: Marianna Armellini, Renata Augusto, Sheila Friedhofer e Victor Bittow
Produção: Gustavo Sanna
Assistente de direção: Maíra de Grandi
Cenário e adereços: Michelle Ferreira
Figurino: Theodoro Cochrane
Iluminação: Laiza Menegassi
Design de som: Eric Budney
Assistente de produção: Raphael Carvalho
Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Serviço
Mulher, Imagina!
Temporada: 7 de julho a 6 de agosto
Sexta a domingo, às 19h
Teatro Sérgio Cardoso – Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista
Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada)
Vendas online em teatrosergiocardoso.org.br
Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 19h.
Informações: (11) 3288-0136
Capacidade: 144 lugares
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Apresentações em LIBRAS e audiodescrição

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