Comemorando o mês das mulheres, a vida e a obra da pintora mexicana Frida Kahlo – uma lutadora incansável das causas feministas e pelo empoderamento feminino – serão retratadas no palco teatral em “Temperos de Frida”. A peça musical, contemplada no Edital Funarte Aberta/2023, será apresentada no Teatro Glauce Rocha, no Centro do Rio, de 22 a 31 de março, às sextas, sábados e domingos, às 19h (em frente ao Metrô Carioca). Junto ao cenário histórico em que ela cresceu, em meio à Revolução Mexicana de 1910, o espetáculo traz a efervescência cultural que inspirou a artista reunindo teatro, narração de histórias e músicas ao vivo. Com uma proposta cênica intimista, tem como pano de fundo o Dia dos Mortos, 02 de novembro, no México. A protagonista Rosana Reátegui, nascida no Peru, é premiada como Melhor Atriz pelo Prêmio de Teatro Para Infância CBTIJ/2022.
“Temperos de Frida” foi inspirado na cerimônia para agradecer o destino dos seres humanos vivos e cumprir os tratos com a misteriosa Catrina, a “Dona Morte”, em uma proposta que tem um diálogo direto com a plateia, regada por músicas entoadas ao vivo. A protagonista nos conduz a histórias mescladas com canções mexicanas conhecidas, como “La Llorona”, “La Bruja” e “Cucurrucucu Paloma”, entre outras, todas entoadas pela uruguaia Natalia Sarante (vencedora de Melhor Música com a peça Canções para afastar o medo – contos e acalantos latino-americanos no Prêmio de Teatro Para Infância CBTIJ/2022) acompanhada pelo violão de Luciano Camara. A máscara de “Catrina” (Dona Morte), utilizada pela personagem principal, foi confeccionada especialmente no Peru pelo artista Paul Colinó Vargas.
Serviço:
- Datas: 22, 23, 24, 29, 30 e 31 de Março
- Dias: Sextas-Feiras, Sábados e Domingos
- Horários: 19h
- Local: Teatro Glauce Rocha (Centro/RJ)
- Endereço: Avenida Rio Branco, 179, Centro/RJ (em frente ao Metrô Carioca)
- Ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/temperos-de-frida/2339094
- Valores: R$ 40 (inteira) / R$ 20 (meia entrada em casos previstos por lei)
- Classificação indicativa: 16 anos
Sinopse:
É a noite de comemoração do Dia dos Mortos. O bar Viva la Vida está aberto para todos e todas que queiram chegar. A dona recebe seus amigos: uma cantora e um violonista que, assim como ela, desejam festejar a vida. No centro do espetáculo, trazidos – em corpo, voz e alma – pela atriz Rosana Reátegui, estão a pintora Frida Kahlo e Catrina, a “Dona Morte”. Frida recebeu inúmeras vezes a visita de Catrina, sua madrinha. Do modo que podia, por sua conta e risco, como boa afilhada, sempre afirmou a vida. No espetáculo, a atriz/dona do bar provoca os espectadores a saberem que também eles são afilhados de “Dona Morte”. E, se é assim, como responder aos convites da madrinha? Será que Catrina pode ser uma espécie de guia para uma vida experimentada em maior entrega e abundância?
A peça apresenta uma dramaturgia costurada por três personagens: dona do bar, Frida Kahlo e a Morte Catrina, interpretadas pela atriz peruana Rosana Reátegui, com os trechos marcantes da vida da grande pintora, suas frases emblemáticas e provocadoras, mescladas com músicas mexicanas cantadas ao vivo. Em “Temperos de Frida”, as paixões estão reunidas nos sabores, no canto e na palavra, como elementos de uma potente bruxaria compartilhada com o público. Seja nos boleros que Frida tanto gostava de cantar, nas histórias de grandes e arrebatadores amores ou na entrega profunda para defender sua vida, ela é aquela que viveu significativa e intensamente.
Contamos a vida de Frida e seus encontros com Catrina como se fizéssemos, também a nós, uma provocação: por onde andam os nossos desejos e as nossas intensidades? A Festa dos Mortos, Frida e Catrina estão no nosso bar Viva la Vida, pois, além de tudo, são fortes motivos para a construção de espaços de comunhão e de encontro com uma América Latina amorosa, potente e festiva que insiste e resiste em todas e todos nós. Pois, como afirma Nêgo Bispo, pensador quilombola, “quem não está preparado para a festa, também não está preparado para a guerra”.
Ficha Técnica:
- Concepção, Atuação e Dramaturgia: Rosana Reátegui
- Direção Artística: Tatiana Motta Lima
- Canto: Natalia Sarante
- Violonista: Luciano Camara
- Figurinista e Adereços: Francisco Leite
- Direção de Produção: Paty Lopes
- Direção Executiva: Edison Corrêa (Eu, Rio!)
- Cenografia: Daniele Geammal / Renato Marques / Francisco Leite
- Colaboração Dramatúrgica: Cadu Cinelli
- Iluminação: Thiago Monte
- Operação de luz e montagem: Renato Marques
- Confecção de Máscara da Catrina: Paul Colinó Vargas (Peru)
- Preparação de Máscara: Marise Nogueira
- Assessoria de Imprensa: Edison Corrêa/Eu, Rio!
- Designers: Rodrigo Menezes / Pedro Pessanha
- Fotografia: Renato Mangolin
- Apoio: CBTIJ e Elabore.kom
- Realização: QINTI Companhia
Artistas:
Rosana Reátegui, Protagonista, é atriz, narradora oral, dramaturga e gestora cultural latino-americana. Peruana residente no Rio de Janeiro.
Tatiana Motta Lima, Diretora Artística, é professora associada da Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), atuando na graduação e na pós-graduação.
Natália Sarante, Cantora, é licenciada em Música pela Unirio. Nascida em Montevidéu, Uruguai, foi integrante do Coro da Universidade da República do Uruguai (2001 – 2004)
Luciano Camara, Violonista, é compositor, arranjador e instrumentista carioca que reúne, em sua criação artística, influências da música universal de Hermeto Paschoal. É Diretor Musical e de Violão de Sete Cordas na Companhia Folclórica do Rio de Janeiro/UFRJ”.