A prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Integração Metropolitana e do programa Integra Rio, apresenta o “Happy Hour”, que retorna em 2024 para fortalecer e dar visibilidade a artistas periféricos da Zona Oeste e Baixada Fluminense. O projeto de artes integradas, que começou em 2019 no Coletivo Casa Comun, já movimentou mais de 70 artistas locais e se prepara para realizar mais um evento na Casa Bosque, em Campo Grande, no dia 13 de dezembro.
Desde a sua criação, o “Happy Hour” se tornou uma plataforma essencial para artistas fora do eixo hegemônico da cultura. A primeira edição realizou 6 eventos que envolveram mais de 20 artistas das regiões, e, embora inicialmente produzido de forma independente, contava com contribuição consciente do público, revertida integralmente para os artistas participantes. Durante a pandemia em 2020 e 2021, os coletivos envolvidos buscaram formas de continuidade para o projeto, conseguindo retomar em 2022 com o apoio do edital FOCA (2021) da Secretaria Municipal de Cultura – SMCRJ, que permitiu a realização de 6 eventos, garantindo cachês para 30 artistas e equipe de produção. Em 2023, mais 8 eventos foram realizados, com a participação de 25 artistas, pelos editais FOCA (2022) e Juventude Inovadora, da Secretaria Especial da Juventude Carioca – JUVRio.
Com uma programação diversa, o evento promove encontros entre música, performance, artes visuais e cinema, criando uma experiência artística interdisciplinar e inovadora. Nesta edição, 12 projetos de artistas periféricos da Zona Oeste e Baixada Fluminense foram contemplados, sendo 6 musicais (4 bandas e 2 DJ’s), 2 de artes visuais, 2 de performance e 2 curtas-metragens para exibição. O evento contará também com uma feira que contemplará 8 empreendedores e artesãos locais.
Programação
No dia 13/12, a Casa Bosque recebe Khaos, com a exposição solo o “Entre o Sagrado e o Cotidiano”, que apresenta uma reflexão sobre a mulher negra e trans, celebrando a resistência e beleza do dia a dia. Na música, Eros 021 traz seu rap influenciado pela realidade carioca, com rimas e reflexões do seu álbum Bênção. Ondapesa mistura eletrônica, rock e bass music para criar um espetáculo com frequências graves e ritmos urbanos. Akasama, DJ autodidata, compartilha sua energia nas pistas com sets que são uma fusão da música da Zona Oeste.
Já Samara Mendes, artista independente da Baixada Fluminense, explora o corpo como forma de expressão artística e social, abordando temas de identidade e resistência com a performance “Cormo Limite” numa performance imperdível.
Curta-metragens
O audiovisual também faz parte da programação. Capelloni apresenta o curta “Para que lembrem de mim”, que conta a história de Alzira, uma mulher sábia da Baixada Fluminense que preserva a tradição das rezadeiras populares. O filme destaca a importância dessa herança cultural afrobrasileira, mostrando o valor do conhecimento ancestral e a preservação de tradições em tempos de modernidade.
Curadoria de artistas
Realizado pelo Coletivo Espiral, em parceria com a Casa Bosque e a Meio Fio Galeria, o projeto abriu uma convocatória para seleção dos artistas e expositores via redes sociais com inscrições, reafirmando o caráter democrático e inclusivo da iniciativa. Além disso, o ingresso será solidário (1kg de alimento não perecível), com os alimentos arrecadados sendo doados para o Instituto As Josefinas Colab, um negócio de impacto social dedicado à cultura negra e à defesa de valores ancestrais. O evento também se preocupa com a sustentabilidade, substituindo copos descartáveis por eco copos, com o objetivo de reduzir o consumo de plástico de uso único durante os eventos.
SERVIÇO:
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Data: 13 de dezembro
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Local: Casa Bosque, Estrada da Caroba, 499 – Campo Grande, Rio de Janeiro – RJ, 23085-590
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Horário: 18h
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Entrada: 1kg de alimento não perecível
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Instagram: @coletivo_espiral
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Ingressos: https://linktr.ee/coletivo_
espiral