O Projeto acontece nos dias 3, 4, 5 e 6 de agosto (quinta a domingo) em vários locais históricos e palcos da cidade, apresentando grandes nomes da cena instrumental brasileira, passando pela música dos períodos Colonial e Imperial, chegando ao Contemporâneo. Nesta edição, a iniciativa transita pelas modinhas e lundus, pelo samba, choro e bossa nova, revisitando a obra de grandes autores brasileiros, e chegando a Villa – Lobos, pelo violão de Turíbio Santos, que celebra 80 anos em 2023.
Entre os demais artistas, estão também ícones como os violonistas Nelson Faria, Marcel Powell e Zé Paulo Becker, os pianistas Gilson Peranzzetta e Maria Tereza Madeira, a harpista Cristina Braga junto com o contrabaixista Ricardo Medeiros, o conceituado instrumentista Nicolas de Souza Barros que estará ao lado da cantora lírica Sophia Dornellas, o Duo Ana Oliveira e Sérgio Raz, o Grupo de Choro Passagem de Nível, o Quarteto Atlas e o Música Antiga da UFF.
O “Música nas Cidades Históricas” já percorreu cidades como Tiradentes e Ouro Preto (MG), São Luís (MA), Petrópolis, na região serrana, e Paraty, no norte fluminense, sempre com sucesso de público, apresentando nomes já consagrados, além de músicos locais e grupos folclóricos das regiões. Todas as atrações são franqueadas ao público.
Patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e pelo Ministério da Cultura, e idealizado pelo produtor e pesquisador Leonardo Conde, o evento tem como objetivo realizar uma série de apresentações de música instrumental em locais históricos, revitalizando o patrimônio cultural brasileiro, e mostrando os diálogos da Música com a História e a Arte. Apoios: Centro Cultural Banco do Brasil, Igreja do Outeiro da Glória, Museu Histórico Nacional, Museu da República, Paço Imperial e Real Gabinete Português de Leitura .
Acompanhe a programação pelo site https://mucih.com.br
Dia 3 de agosto, quinta-feira:
19h -Turíbio Santos e participação de Zé Paulo Becker – Sala Cecilia Meireles – (Espaço Guiomar Novais)
Maranhense, Turíbio Santos foi atraído para o violão graças ao pai, seresteiro e amador de óperas. Aos 12 anos, incentivado pela mãe, inicia seus estudos com Antonio Rebelo e, mais tarde, com Oscar Cáceres. Aos 15, assiste a uma conferência de Villa-Lobos sobre a obra do compositor, que não esquecerá pelo resto da vida. Aos 18, apresentado a Arminda Villa-Lobos em 1961, por Herminio Bello de Carvalho, é por ela convidado a gravar a integral dos Doze Estudos do compositor para o recém- fundado Museu Villa-Lobos, instituição que Turíbio dirigiu, mais tarde, durante 24 anos. Tem uma consagrada carreira internacional, com excelentes críticas do New York Times, Times de Londres, Le Figaro e revistas especializadas. Gravou mais de 70 discos e CDs, e recebeu o grau de oficial da Ordem do Cruzeiro do Sul e da Légion d’Honneur.
Violonista e compositor, Zé Paulo Becker tem 15 CDs, sendo cinco com o Trio Madeira Brasil. É parceiro de Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Roque Ferreira, Edu Krieger e Pedro Luís, entre outros. Já foi gravado por artistas como Ney Matogrosso, Roberta Sá e Marcos Sacramento. Como violonista, antes de enveredar pela música popular brasileira, ganhou o Concurso Nacional de Violão Villa-Lobos (1990). Já se apresentou em inúmeros países da Europa, Ásia, África e América do Sul. Tocou com Ney Matogrosso, Elza Soares, Armandinho, Wagner Tiso, Francis Hime, Yamandu, Gal Costa, Leila Pinheiro, João Bosco, Marco Pereira e Paulo Moura. Gravou com Chico Buarque e Milton Nascimento no CD da cantora portuguesa Carminho.
Dia 4 de agosto, sexta-feira:
12h30 – Nicolas de Souza Barros e Sophia Dornellas – Paço Imperial
Professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Doutor em Música (UNIRIO-2008) e um dos mais conceituados especialistas do país em instrumentos eruditos de cordas dedilhadas, tais como violões de seis e oito cordas, alaúdes diversos, vihuela e guitarra barroca, Nicolas de Souza Barros já se apresentou em diversos países europeus, latinos e norte-americanos, assim como nos principais centros brasileiros. Em 2019, lançou o CD “Morena, Morena: Canções da Belle Époque Brasileira” com o tenor Alberto Pacheco, e em 2020, publicou o livro “O Violão Brasileiro no Século XIX e a Belle Époque”, com arranjos de obras para piano de Ernesto Nazareth, Padre José Maurício e Chiquinha Gonzaga, entre outros.
Sophia Dornellas é formada em Canto pela UFRJ e em Teatro pela Casa das Artes de Laranjeiras. Fez seu debut no Theatro Municipal do Rio de Janeiro como Zerlina na ópera “Don Giovanni”, com regência do maestro Tobias Volkmann e direção de André Heller-Lopes. Cantou o papel de Deolinda, na ópera brasileira “O caixeiro da Taverna”, de Guilherme Bersntein, em inúmeros palcos do país. Em 2021, apresentou-se na Sala Cecília Meireles e, em 2022, foi Isolda na estreia brasileira da ópera “Le Vin Herbé”, de Frank Martin. No segundo semestre de 2023, iniciará o Mestrado em Canto pela Universidade de Alabama (EUA), onde recebeu bolsa integral.
15h – Duo Ana Oliveira e Sérgio Raz – Real Gabinete Português de Leitura
Nascido em 2018 durante o MIMO Festival em Olinda, o Duo formado pela violinista Ana de Oliveira e pelo violonista e compositor Sérgio Raz aborda repertório abrangente com obras de compositores brasileiros como Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Villa-Lobos, Música Armorial, Música de Concerto, Música Contemporânea e Jazz internacional, além de obras autorais de Sérgio Raz. Já se apresentou em importantes palcos e festivais brasileiros como Blue Note SP e RJ, Sala Cecília Meireles, em cidades como Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, e, também, em Portugal. Seu primeiro álbum, o elogiado “Carta de Amor e outras Histórias” (2019), é dedicado a obras autorais de Sérgio Raz e de Egberto Gismonti.
18h – Maria Tereza Madeira – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ)
Entre sua formação como Bacharel em piano pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestre em Música pela Universidade de Iowa (EUA) e Doutora pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) Maria Tereza Madeira teve a oportunidade de estudar com mestres como Miguel Proença, Arthur Rowe, Daniel Shapiro, Myrian Dauelsberg e Jacques Klein. Como solista, já esteve à frente de inúmeras orquestras no Brasil e no exterior, e como camerista, apresentou-se ao lado de alguns dos mais importantes artistas do país como Noël Devos, José Botelho e Paulo Sérgio Santos. Sua discografia conta com mais de 30 CDs e sua trajetória sempre esteve ligada à música de Ernesto Nazareth. Em 2016, recebeu os prêmios Bravo! e o de Música Brasileira, ambos pelo Melhor Disco Erudito, com o trabalho “A Integral de Ernesto Nazareth por Maria Teresa Madeira”.
Dia 5 de agosto, sábado:
11h – Grupo de Choro Passagem de Nível – Museu da República
Criado nos anos 1990, o grupo conta com Alexandre Paiva (cavaquinho e voz), André Conforte (violão e voz), Matheus Martins (clarinete) e Guilherme Garcia (percussão, gaita e voz). É responsável pelo projeto “Choro e Samba na Praça”, realizado todos os domingos pela manhã na Praça Dr. João Néri, em Mendes (interior do Estado do Rio de Janeiro), totalizando mais de 800 apresentações. Apesar de especializado em choro e samba, também passeia com desenvoltura pela bossa-nova, MPB e outros ritmos brasileiros. Já lançou dois CDs, “Pare Olhe Escute”, com composições próprias e de mestres como Nelson Sargento, Elton Medeiros e Monarco, e “Passagem de Nível ao Vivo em Mendes”, com as cantoras Eymar Fonseca, Anna Bello, o cantor Didú Nogueira e o bandolinista Afonso Machado, do grupo Galo Preto.
15h – Quarteto Atlas – Museu Histórico Nacional
O quarteto é o resultado da união dos talentos de Ricardo Amado, Carlos Mendes, José Ricardo Taboada e Ricardo Santoro, todos músicos de destaque das orquestras Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sinfônica Brasileira, Petrobras Sinfônica e Sinfônica da UFRJ. Embora tenha sido formado há apenas cinco anos, o grupo vem obtendo resultados expressivos em sua principal missão, que é a de demonstrar as várias possibilidades técnicas e timbrísticas de um quarteto de cordas, utilizando para isso a fusão da música popular mundial, como o rock e o tango, ao célebre e tradicional repertório internacional para esta riquíssima formação, valorizando ainda nossos grandes mestres brasileiros, como Villa-Lobos e Guerra-Peixe.
16h – Cristina Braga e Ricardo Medeiros – Paço Imperial
Harpista e cantora, Cristina Braga tem sido grande responsável pela divulgação de uma harpa brasileira de jazz no mundo. Com um trabalho consistente, mostrou que seu instrumento também tem alma popular, improvisando, tocando samba, choro, bossa, e participando de inúmeros projetos de música clássica e popular com a mesma desenvoltura. Tem 17 discos gravados, alguns lançados também na Europa, Japão, Taiwan e EUA. Com a mesma naturalidade, aprendeu a pedalar bossa-nova tocando com Peri Ribeiro e com as divas Nara Leão e Ana Carolina. Colocou harpa no rock nacional, acompanhando os Titãs, e participou de apresentações ao lado de Lenine.
Arranjador, compositor, contrabaixista e produtor musical, Ricardo Medeiros é graduado em Contrabaixo pela Escola de Música da UFRJ. Participou de diversos grupos como o Opu5, Bambu, Tocata Brasil, entre outros. Acompanhou artistas de renome como Raul Seixas, Elba Ramalho, Zizi Possi, Joyce, Angela Maria e Moreira da Silva, entre outros. Trabalha regularmente com a harpista e cantora Cristina Braga com quem lançou três CDs, e se apresentou em importantes casas de jazz da Europa.
17h – Marcel Powell – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ)
Filho do violonista e compositor Baden Powell e irmão do pianista Philippe Baden Powell, Marcel Powell aprendeu a tocar violão em Baden Baden, na Alemanha, local onde morou com a família até fixar residência no Brasil. Realizou diversos shows por aqui e no exterior, ao lado do pai. Aos 12 anos, gravou o CD “Baden Powell e filhos” contendo, entre outras, sua composição com Baden “Prelúdio das diminutas”. Hoje, aos 33 anos, tem seis discos lançados no Brasil, Europa e Japão. Já atuou em 16 países e foi consagrado pelo conceituado crítico Tárik de Souza como ‘’jovem mestre do violão brasileiro’’. Venceu o Prêmio Rival Petrobrás de Melhor Instrumental Solo, com o disco “Aperto de mão”. Já trabalhou com nomes como Diogo Nogueira, Emilio Santiago, Leny Andrade, Alcione, Adriana Calcanhotto e Maria Bethânia.
19h – Gilson Peranzzetta e Nelson Faria – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ)
Amigos de longa data, Gilson Peranzzetta e Nelson Faria selecionaram para esse encontro choros e músicas que ambos gostam e também composições próprias. Homenageiam grandes compositores como Pixinguinha, Waldir Azevedo, Paulinho da Viola, Jacob do Bandolim e Ernesto Nazareth.
Pianista, compositor, arranjador, produtor e maestro, Peranzzetta é um dos mais renomados artistas brasileiros da atualidade. Citado pelo maestro Quincy Jones como um dos maiores arranjadores do planeta, recebeu cinco Prêmios de Música Brasileira como Melhor Arranjador, Compositor e Solista. Atingiu a impressionante marca de 63 álbuns lançados no período de 1968 a 2023. Com sólida carreira internacional, já se apresentou em mais de 30 países e participa dos mais importantes festivais da Europa, Estados Unidos e Japão. Tem 300 músicas compostas, muitas delas gravadas por artistas nacionais como Djavan, Ivan Lins, Leila Pinheiro, Leny Andrade, Dori e Nana Caymmi, Edu Lobo, e internacionais – George Benson, Sara Vaughn, Quincy Jones, Dianne Schurr, Dianne Reeves, Toots Thielemans, Shirley Horn e Barbra Streisand.
Violonista, guitarrista, arranjador e compositor, Nelson acumula 16 CDs e dois DVDs gravados, e a participação em mais de 300 CDs de artistas nacionais e internacionais. É autor de oito livros didáticos de música, sendo três deles traduzidos para inglês, japonês e italiano. Atualmente, vem se destacando nas redes sociais como host do programa “Um café lá em casa”, com 40 milhões de visualizações e mais de 300.000 seguidores no YouTube. O programa recebeu o Prêmio Profissionais da Música 2017 e 2018 como Melhor Canal do YouTube, sendo também veiculado nos canais de TV Arte 1, Music Box Brasil e Futura. Conta com apresentações em teatros e Festivais de Jazz em mais de 30 paises, e foi apontado pela midia internacional como “A Resposta Brasileira ao Jazzista Joe Pass” (Smålandsposten, 2.5.2007 – Suécia).
Dia 6 de agosto, domingo:
12h – Música Antiga da UFF – Igreja do Outeiro da Glória
Desde a sua fundação em 1981, o grupo vem resgatando e transmitindo não apenas a música, mas a própria visão de mundo da Idade Média, do Renascimento e do Barroco. Ao longo desses anos, os instrumentistas se especializaram, através de cursos no Brasil e no exterior, na técnica e interpretação das músicas desses importantes períodos. Seus integrantes, Leandro Mendes, Mário Orlando, Sonia Leal Wegenast, Cecilia Aprigliano e Rosimary Parra, trabalham com pesquisa histórica e musicológica, apresentando-se com réplicas dos instrumentos de época. O grupo já gravou oito CDs temáticos e um LP, realizou mais de 2 mil concertos em todo o Brasil, além de trilhas sonoras, videoclipes, e organiza cursos, festivais e feiras renascentistas na Universidade Federal Fluminense.
“PROJETO MUCIH – MÚSICA NAS CIDADES HISTÓRICAS”
CIDADE DO RIO DE JANEIRO – 3, 4, 5 e 6 de agosto de 2023 – quinta a domingo
Entrada franca
Classificação indicativa: livre
Concepção e coordenação do projeto: Leonardo Conde
Patrocínio: Instituto Cultural Vale
Assessoria de Imprensa:
Mônica Cotta – (21) 99994-0850, 2259-8983 – monicamccotta@gmail.com