Uma das vozes mais notáveis na luta pelos direitos dos negros e contra a misoginia nos Estados Unidos, Maya Angelou teve uma vida pautada por grandes desafios e feitos notáveis. Artista de múltiplos talentos, ela deixou uma obra prolífica e inspiradora. Nesta sexta, 30 de junho, a Nova Fronteira lança pela primeira vez no Brasil o livro Não trocaria minha jornada por nada, em que a escritora e ativista compartilha o testemunho de suas vivências e valiosos ensinamentos.
Nos breves ensaios reunidos no livro, encontramos a autora excepcional que Maya sempre foi, que imprime seu olhar atento, corajoso e sábio a uma diversidade de assuntos fundamentais — e muitas vezes ainda hoje preteridos —, como o racismo, a solidão da mulher negra, o luto, o poder das palavras, a fé e a necessidade fundamental se conhecer para se autoafirmar no mundo.
Em um tom narrativo pessoal e acolhedor, “Não trocaria minha jornada por nada” expõe reflexões que fomentam um sentimento de orgulho e pertencimento, um senso de coletividade e ancestralidade. Com uma sensibilidade ímpar, Maya promove uma reconexão com a essência de cada um e traz importantes lições para se viver com autenticidade e sabedoria.
“Maya tece sua escrita imprimindo sabedoria, amor, amabilidade, comunhão, fé, e ainda compartilha testemunhos autobiográficos com franca generosidade”, afirma a escritora Vilma Piedade, que assina o prefácio desta edição.
Não trocaria minha jornada por nada, de Maya Angelou
Editora Nova Fronteira
Lançamento: 30 de junho
Ficha Técnica
Autora: Maya Angelou
Tradutora: Julia Romeu
Prefácio: Vilma Piedade
112 páginas
A autora
Maya Angelou (1928-2014), pseudônimo de Marguerite Ann Johnson, foi uma das maiores ativistas negras dos Estados Unidos. Sobrevivente de uma série de violências físicas e psicológicas na infância, que chegou a deixá-la muda por anos, encontrou o acolhimento de uma vizinha para superar os traumas. E foi ela quem apresentou Maya aos livros, que se tornaria uma das grandes paixões de sua vida. Alimentada por esse afeto, ela acumulou, a duras penas, gloriosas vitórias e algumas conquistas históricas para ela e toda a coletividade.
Ao lado de Martin Luther King Jr. e Malcolm X, com quem manteve uma amizade próxima, lutou pelo fim da segregação racial em seu país, além de ter trabalhado em missões humanitárias pelo continente africano. Atuou em cinema, teatro e TV, mas foi como poeta e escritora que encontrou mais expressividade. Sua autobiografia Eu sei por que o pássaro canta na gaiola, um grande best-seller, deu voz a mulheres que sofrem abuso, preconceito e submissão. Entre suas obras, destaca-se também Carta a minha filha, o legado de seu trabalho em favor da vida, da igualdade e da liberdade. A escritora faleceu em 2014, aos 86 anos.