Em uma grande homenagem à cantora e compositora Rita Lee, a In Cena Produções estreia o espetáculo “República Lee – Um Musical ao Som de Rita” no Rio de Janeiro, depois de sucesso de público, elogios de críticos e indicações a prêmios na capital paulista. Com texto e direção de Tauã Delmiro, a comédia não-biográfica faz curta temporada no Teatro dos 4, de 5 de agosto a 10 de setembro, com sessões às terças e quartas, às 20h. A venda de ingressos já está disponível pelo Sympla (https://bileto.sympla.com.br/event/107786). Idealizado por Cella Bártholo, o espetáculo tem direção musical e arranjos de Hugo Kerth. O elenco reúne Cella Bártholo, Caio Nery, Tauã Delmiro, Ingrid Klug e Hugo Kerth.
“República Lee – Um Musical ao Som de Rita” foi indicado, em 2024, ao Prêmio Prio do Humor, criado por Fábio Porchat, nas categorias Texto (Tauã Delmiro) e Especial, pela inovação da obra, que mistura cinema, teatro e música. E, também, ao Prêmio Destaque Imprensa Digital, nas categorias Destaque Musical Brasileiro (In Cena Produções), Destaque Dramaturgia Original (Tauã Delmiro) e Destaque Atriz Coadjuvante (Ingrid Klug).
O musical irreverente acompanha a história de cinco jovens, moradores de uma república na cidade de São Paulo, entre os anos de 1968 e 1969. O grupo está engajado em produzir, dentro do apartamento onde mora, um curta-metragem de ficção científica, com baixo orçamento. A trama dentro da trama é baseada em longas-metragens de sci-fi dos anos 1950, como “O dia em que a Terra Parou”, “A invasão dos discos voadores” e “O Ataque da Mulher de 15 Metros”.
A dramaturgia do musical é embalada por canções clássicas do repertório de Rita Lee, como “Agora só falta você”, “Nem luxo, nem lixo”, “Alô, alô, Marciano”, “Desculpe o auê” e “Mutante”. “A maior inspiração do enredo foram as canções da Rita e, a partir delas, buscamos absorver o caráter disruptivo presente nas letras e melodias. Embora o espetáculo não seja uma biografia da vida da artista, os cinco personagens são desdobramentos da personalidade transgressora dela”, explica o autor e diretor Tauã Delmiro.
O espetáculo surpreendeu o público ao proporcionar uma experiência multilinguagem, unindo teatro e cinema. A partir da interação de cenas teatrais, takes pré-gravados e outros filmados ao vivo, é construído um filme na presença do público. A partir do universo lúdico e disruptivo da lírica de Rita, a narrativa aborda a rebeldia de uma juventude que rompeu paradigmas e quer ser fonte de inspiração para os espectadores.
“Em sua autobiografia, Rita revela sua enorme paixão pelo cinema. Esse fato me inspirou a escrever uma dramaturgia que dialogasse com teatro e audiovisual. Levei essa ideia pra Cella e ficamos confiantes de que conseguiríamos desenvolver uma obra instigante e inovadora”, lembra Tauã.
Com o objetivo de fomentar o musical brasileiro, a In Cena pretende investir em projetos inéditos e nacionais. “A gente sabe que tem muitos artistas talentosos aqui nas áreas de dramaturgia, composição, dança, e queremos fomentar esse mercado. Além disso, homenagear grandes nomes brasileiros, como a Rita Lee”, completa Cella.
Ficha técnica:
- Texto e direção geral: Tauã Delmiro
- Elenco: Cella Bártholo (Jullie), Caio Nery (Caio), Tauã Delmiro (Danilo), Ingrid Klug (Sarah), Hugo Kerth (Darín), Patrick Salerno e Luiza Cesar
- Assistência de direção: Manu Hashimoto
- Direção musical: Hugo Kerth
- Direção artística e concepção: Cella Bártholo
- Direção de produção: Ludmyla Areas
- Direção de marketing e comercial: Lívia Rezen
- Direção financeira: Camila Biasi
- Assistente financeira: Vanessa Lopes
- Assistente de direção artística: Patricio Terry
- Assistente de produção: Luciana Gomes
- Assessoria de imprensa: Racca Comunicação e Três Comunicação
- Designer: Júlia Tavares
- Figurino: Vinicius Aguiar
Serviço:
- Temporada: 05 de agosto a 10 de setembro de 2025
- Teatro dos 4: Shopping da Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 52 – 2° Andar – Gávea.
- Telefone: (21) 2239-1095
- Dias e horários: terças e quartas-feiras, às 20h.
- Ingressos: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada)
- Duração: 2h
- Lotação: 402 lugares
- Classificação: 14 anos
- Venda de ingressos: no site Sympla (https://bileto.sympla.com.br/event/107786) e na bilheteria do teatro (atendimento de segunda a sábado, de 14h às 20h, domingos e feriados, de 14h às 20h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação.
- Instagram: @republicalee
Devido ao grande sucesso, clássico de Matéi Visniec sob direção de Rodrigo França retorna aos palcos, expondo de maneira crua e impactante a realidade dos deslocamentos humanos forçados, tendo a plateia como testemunha e cúmplice desta travessia.

Migrantes – Foto: Marcio Farias
Sucesso de crítica e de público no Teatro Firjan Sesi Centro, onde realizou sua temporada de estreia, o espetáculo “Migrantes” retorna aos palcos, agora no Teatro Ipanema Rubens Corrêa, numa curta temporada de 07 a 31 de agosto – 5as, 6as e sábados às 20h e domingos às 19h. A adaptação e direção de Rodrigo França para o texto do premiado dramaturgo romeno-francês Matéi Visniec convida o público a vivenciar, de forma sensorial e imersiva, a dura realidade dos migrantes e refugiados que atravessam desertos e oceanos em busca de uma nova vida. Assim, o espetáculo ganha uma montagem brasileira impactante, que expõe de maneira crua a realidade dos deslocamentos humanos forçados, mergulhando na experiência daqueles que atravessam desertos e oceanos em busca de sobrevivência.
A montagem apresenta uma narrativa fragmentada, onde diferentes personagens e situações se entrelaçam, compondo um grande mosaico sobre a migração contemporânea. O texto de Visniec traz à tona o desespero, a resiliência e a brutalidade enfrentada por milhões de pessoas ao redor do mundo, oferecendo um retrato poderoso da crise migratória global.
“O texto pulsa atualidade, questiona as estruturas de poder e nos força a olhar para o que tentamos ignorar — e isso sempre me interessa. Conheci o texto em um momento em que eu buscava uma obra que tivesse ressonância política, sensível e poética ao mesmo tempo. E senti imediatamente que havia ali uma potência teatral que precisava ser vista e vivida pelo público brasileiro”, ressalta Rodrigo, que tem como objetivo provocar o púbico com sua adaptação do texto original.
Dentre as maiores satisfações da montagem para Rodrigo França está a reunião de um elenco coeso e numeroso: são nove os artistas em cena – Alex Nader, Aline Borges, Anderson Cunha, Mery Delmond, Monique Vaillé, Paulo Guidelly, Sarito Rodrigues, Stella Maria Rodrigues e Tom Nader. “Tenho a alegria de dizer que estou dirigindo esse espetáculo com um verdadeiro elenco dos sonhos — artistas que há décadas fazem teatro com excelência, seriedade e entrega. É raro e, ao mesmo tempo, emocionante, oferecer ao público a oportunidade de ver tantos grandes atores juntos em cena. Algo que ficou raro no Rio de Janeiro”, analisa o diretor.
A encenação dirigida por França não se limita a contar histórias: ela transforma o público em testemunha e cúmplice da travessia. Projeções, efeitos sonoros e uma ambientação sensorial criam a sensação de deslocamento constante, fazendo com que o espectador sinta o peso da jornada daqueles que deixam tudo para trás. O oceano, por vezes visto como um horizonte de esperança, torna-se um cemitério invisível para milhares de vidas interrompidas. O deserto, uma promessa de passagem, se revela um lugar onde o tempo se dissolve em poeira e silêncio.
“Visniec tem uma escrita poderosa, carregada de ironia e poesia, e sua obra nos desafia como artistas. É um texto que te leva ao limite e exige que você seja ético e criativo ao mesmo tempo, e a adaptação aproxima a obra do nosso contexto. Inserimos cenas que dialogam diretamente com a experiência migratória nas Américas e com a perspectiva afro-diaspórica. A estrutura da peça foi respeitada, mas algumas cenas ganharam novos contornos, novas vozes. Quem conhece o texto original vai perceber diferenças – mas acredito que elas ampliam a potência da peça, sem perder a essência do que Visniec propõe”, pontua Rodrigo.
Ao longo da peça, o público é levado a diferentes cenários: campos de refugiados superlotados, barcos precários à deriva no mar, postos de controle militarizados e cidades que se tornam fortalezas contra aqueles que tentam atravessar suas fronteiras. Cada cena nos confronta com um dilema moral, seja o cinismo das autoridades, a impessoalidade da burocracia ou o tráfico humano que explora o desespero de quem não tem escolha. Entre o trágico e o absurdo, “Migrantes” lança um olhar satírico e cortante sobre a hipocrisia de um mundo que prega a liberdade, mas ergue muros cada vez mais altos.
“A racialização dos migrantes é central e a peça evidencia esse marcador racial de forma explícita, tanto na escolha do elenco quanto nas cenas, que denunciam o racismo estrutural por trás das políticas migratórias globais. Os europeus são bem vindos aqui e em qualquer lugar do mundo. No Brasil eu conheço mentes geniais que vieram do continente africano e estão em subemprego. Há cientistas, professores e engenheiros limpando chão por serem africanos. Mas o europeu aqui desenvolve o ofício de sua formação. Os que são impedidos de entrar, os que são descartáveis, os que morrem afogados são, em sua maioria, negros, indígenas, árabes, racializados…”, observa França.
Mais do que um espetáculo, “Migrantes” é uma experiência imersiva e necessária, que nos obriga a refletir sobre o significado de fronteiras, pertencimento e humanidade. Quem tem o direito de ficar? Quem merece ser acolhido? Quem define quem pertence aonde? Em tempos de crescente intolerância e desinformação, a peça nos convida a sair da apatia e a enxergar, nos rostos e vozes dos migrantes, o reflexo de nossas próprias histórias e identidades.
“Desejo que a plateia se sinta interpelada, mobilizada, tocada, atravessada. Queremos que o público se sinta cúmplice – e ao mesmo tempo incomodado. Vamos usar o corpo, a luz, o som, a proximidade, tudo o que puder quebrar a anestesia coletiva. E o impacto visual será fundamental porque imagens fortes são como rupturas na narrativa: fazem com que o espectador pare de observar e comece a sentir. A dor, a esperança, o medo, o absurdo — tudo isso precisa ser visível. O espetáculo não oferece respostas prontas, mas convida a refletir e sentir. É uma obra intensa e, por vezes, desconfortável — como deve ser todo encontro com a verdade”, conclui Rodrigo França.
SINOPSE
“Migrantes” é um espetáculo que coloca o público na pele daqueles que atravessam desertos e oceanos em busca de um futuro, expondo a brutalidade da crise migratória global. Com direção de Rodrigo França, a montagem combina narrativa fragmentada e ambientação sensorial para transformar o espectador em testemunha da travessia, revelando a hipocrisia de um mundo que prega liberdade enquanto ergue muros. Entre o trágico e o absurdo, a peça questiona fronteiras, pertencimento e humanidade, fazendo de cada cena um convite à reflexão e à empatia.
SERVIÇO
“MIGRANTES”
- Temporada: 07 a 31 de agosto 2025
- Horário: Quinta-feira, sexta-feira e sábado às 20h; domingo, às 19h
- Ingressos: R$ 60 (inteira) / R$ 30 (meia)
- Link para compra – https://ingressosriocultura.com.br/riocultura/events/46909?sessionView=LIST
- Local: Teatro Ipanema Rubens Corrêa
- Endereço: Rua Prudente de Morais, 824 – Ipanema
- Classificação Indicativa: 12 anos
- Duração: 90 minutos
- Instagram: @migrantes_teatro
FICHA TÉCNICA
- Dramaturgia: Matéi Visniec
- Tradução: Luciano Loprete
- Adaptação e Direção: Rodrigo França
- Elenco: Alex Nader, Aline Borges, Anderson Cunha, Mery Delmond, Monique Vaillé, Paulo Guidelly, Sarito Rodrigues, Stella Maria Rodrigues e Tom Nader
- Diretor Assistente: Kennedy Lima
- Direção de Movimento: Valéria Monã
- Dramaturgia Sonora e Trilha Original: Dani Nega
- Direção de Arte e Cenografia: Mauro Vicente
- Iluminação: Pedro Carneiro
- Figurinos: Vania Ms Vee
- Visagismo: Diego Nardes e Lucas Tetteo
- Camareira: Cacierly Tiengo
- Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Comunicação – Gisele Machado e Bruno Morais
- Fotos: Marcio Farias
- Direção de Produção: Rodrigo França e Caio Ferreira
- Produção Executiva: Deborah Oliveira
- Realização: Diverso Cultura e Desenvolvimento
Depois de temporada de sucesso no Rio, “Djavan – O Musical: Vidas pra Contar” estreia em São Paulo no dia 9 de agosto
Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, com sessões esgotadas no Teatro Multiplan, na Barra da Tijuca, “Djavan – O Musical: Vidas pra contar” chega agora a São Paulo. O espetáculo, que homenageia a trajetória e a obra do cantor e compositor alagoano, estreia no dia 9 de agosto no Teatro Sabesp Frei Caneca. Idealizado por Gustavo Nunes, com direção artística de João Fonseca e texto de Patrícia Andrade e Rodrigo França, o musical narra a caminhada de um dos maiores nomes da música brasileira.
“Djavan – O Musical: Vidas pra contar” é uma produção da Turbilhão de Ideias e uma realização da Nove Produções, apresentada pelo Ministério da Cultura e pela Caixa Vida e Previdência, com apoio da Caixa Seguridade.
“Djavan é Djavan. Ele é de todos, ele é samba, ele é forró, ele é Gonzaga, ele é jazz. Falar de um artista nordestino, negro, vivo, é uma responsabilidade enorme, mas também é uma alegria sem tamanho. A gente está construindo essa história com muito respeito, com liberdade cênica, mas também com cuidado para que cada detalhe, cada sotaque, cada música fale a verdade dele.”, diz João Fonseca.
Com cerca de duas horas de duração, a montagem percorre a vida de Djavan desde a infância em Maceió até sua consolidação como compositor, cantor e músico de destaque. A direção musical é assinada por João Viana, filho do homenageado, e Fernando Nunes, músicos com vasta experiência no cenário musical brasileiro. O repertório inclui canções que marcaram a carreira do cantor, além de faixas menos conhecidas que ajudam a compor o retrato de sua obra.
Escolhido entre mais de 250 artistas, o ator Raphael Elias, de 30 anos, natural de Divinópolis (MG), foi selecionado para interpretar Djavan em diferentes fases da vida. A escolha de Raphael é carregada de significados: negro, vindo do interior de Minas, o ator trilhou um caminho artístico movido pela paixão e incentivado pela mãe, enfrentando desafios financeiros e estruturais para, enfim, ocupar seu primeiro papel de destaque em uma grande produção nacional.
Ao lado dele, o elenco reúne intérpretes que transitam por diversos personagens ao longo da montagem, representando figuras da vida pessoal do cantor e grandes nomes da música brasileira.
Marcela Rodrigues vive Dona Virgínia, mãe de Djavan; Ester Freitas interpreta Djanira, sua irmã; e Alexandre Mitre dá vida a Djacir, seu irmão mais velho. Eline Porto assume o papel de Aparecida, ex-mulher do artista. Aline Deluna é Maria Bethânia, Erika Affonso vive Alcione, Gab Lara interpreta Chico Buarque, Tom Karabachian dá voz a Caetano Veloso, Walerie Gondim é Gal Costa e Rafaella, atual esposa de Djavan, e Milton Filho representa Elegbara, entidade afro-brasileira simbólica na narrativa. Douglas Netto, ator substituto de Raphael, também interpreta diversos personagens ao longo da trama — assim como todo o elenco, que se desdobra em múltiplos papéis para compor a rede afetiva e artística do homenageado.
A montagem combina música, teatro e dança para retratar episódios pessoais e profissionais de Djavan, abordando momentos decisivos e os caminhos trilhados pelo artista ao longo dos anos. Cenografia, figurinos, iluminação e coreografias são concebidos para evocar o universo estético de Djavan, cuja obra transita entre samba, jazz, pop e ritmos afro-brasileiros. Arranjos cuidadosos e uma encenação que valoriza a força de suas composições reafirmam a originalidade e a relevância de um repertório que segue influenciando gerações.
Segundo Gustavo Nunes, “a vasta obra de Djavan, um dos maiores gênios da música brasileira de todos os tempos, merece ser contada nos palcos, não só por sua poesia e musicalidade, como também por servir de inspiração como sinônimo de perseverança e determinação. Djavan reúne beleza, poesia e musicalidade em todas suas composições. Nosso musical bebe dessa fonte pra trazer ao público um espetáculo pulsante, cheio de brasilidade e emoção.”
“Djavan – O Musical: Vidas pra contar”
A CAIXA Vida e Previdência, empresa que apresenta e patrocina o espetáculo “Djavan – O Musical: Vidas pra contar” é especializada em produtos de Seguro de Vida, Seguro Dívida Zero e Previdência Privada. É uma das maiores seguradoras do país, com R$ 150 bilhões em reservas e mais de 8 milhões de clientes que confiam na solidez da marca CAIXA. Nascida em 2021, a empresa é fruto da parceria celebrada pela CAIXA Seguridade com a CNP Assurances, líder do mercado francês de Seguro de Vida. O propósito da CAIXA Vida e Previdência é garantir à família brasileira tranquilidade no presente e segurança no futuro, com produtos que atendem às mais variadas faixas de renda e realidades dos nossos clientes, e que estão disponíveis em canais digitais e físicos, nas mais de 4 mil agências CAIXA e de 22 mil Lotéricas e Correspondentes CAIXA Aqui.
Serviço – São Paulo
- Local: Teatro Sabesp Frei Caneca, Consolação, São Paulo
- Estreia: 9 de agosto de 2025
- Temporada: 9 de agosto a 28 de setembro de 2025
- Duração: aproximadamente 2h
- Classificação indicativa: 12 anos
- Horários: sábado, às 16h e 20h; domingo, às 15h e 19h
Ingressos:
- Plateia Baixa: inteira R$ 250, meia R$ 125
- Plateia Baixa Obeso: inteira R$ 250, meia R$ 125
- Plateia (demais setores): inteira R$ 180, meia R$ 90
- Plateia Alta Pop (até 20% da capacidade): inteira R$ 42, meia R$ 21
- Plateia Alta PNE: inteira R$ 42, meia R$ 21
- Plateia Alta PMR: inteira R$ 42, meia R$ 21
Capacidade total: 592 lugares
Ficha Técnica
- Idealização: Gustavo Nunes
- Texto: Patricia Andrade e Rodrigo França
- Direção Artística: João Fonseca
- Direção Musical: João Viana e Fernando Nunes
- Coreografia e Direção de Movimento: Marcia Rubin
- Iluminação: Daniela Sanchez
- Cenografia: André Cortez
- Figurino: Karen Brusttolin
- Arranjos e Preparação Vocal: Jules Vandystadt
- Designer de Som: João Paulo Pereira
- Visagismo: Sidnei Oliveira
- Produção de Elenco: Ciça Castello
- Produção: Turbilhão de Ideias
- Realização: Nove Produções
Elenco
- Aline Deluna – Maria Bethânia e múltiplos papéis
- Alexandre Mitre – Djacir (irmão mais velho de Djavan) e múltiplos papéis
- Douglas Netto – substituto de Djavan e múltiplos papéis
- Eline Porto – Aparecida e múltiplos papéis
- Ester Freitas – Djanira (mãe de Djavan) e múltiplos papéis
- Erika Affonso – Alcione e múltiplos papéis
- Gab Lara – Chico Buarque e múltiplos papéis
- Marcela Rodrigues – Dona Virgínia e múltiplos papéis
- Milton Filho – Elegbara e múltiplos papéis
- Raphael Elias – Djavan
- Tom Karabachian – Caetano Veloso e múltiplos papéis
- Walerie Gondim – Gal Costa, Rafaella e múltiplos papéis
“Carvão”, novo espetáculo da Cia. Sansacroma, chega a São Carlos
O novo trabalho da Companhia é uma coreografia-manifesto que investiga as narrativas do amor negro como ato político, filosófico e ancestral, atravessado por violências históricas e persistente

Carvão – Foto de Sérgio Fernandes
Após uma belíssima estreia com sucesso de público no Sesc Consolação, na capital paulista, durante o mês de julho, a Cia. Sansacroma – uma das companhias de dança contemporânea preta mais importantes de São Paulo -, apresenta o espetáculo “Carvão” nos dias 07 e 08 de agosto, quinta e sexta, às 20h, com entrada gratuita, no Teatro Municipal de São Carlos. O grupo apresenta uma coreografia-manifesto que investiga as narrativas do amor negro como ato político, filosófico e ancestral, atravessado por violências históricas e persistentes.
Inspirado nos pensamentos da autora bell hooks, o espetáculo entende o amor não como romantização, mas sim, como uma prática de liberdade. Amar, para corpos negros, é um gesto radical de resistência à desumanização e uma recusa ativa às lógicas coloniais que tentam romper e apagar os laços afetivos e comunitários.
A obra parte da simbologia do carvão, aquilo que foi queimado, mas não destruído; uma matéria que resiste e permanece viva. Por meio dos movimentos de cinco intérpretes criadores em cena e da performance musical eletrônica ao vivo, o espetáculo constrói um território de afetos forjados entre cicatrizes e renascimentos.
“O carvão carrega em sua matéria a memória do fogo e a potência da permanência. É uma ruína que sustenta. É o corpo que, mesmo marcado, continua a produzir calor. O amor negro é esse carvão: forjado nas chamas do racismo, mas ainda assim, uma brasa viva que alimenta futuros possíveis”, comenta Gal Martins, diretora artística da Cia. Sansacroma.
Renato Nogueira, referência em estudos sobre afetos, diversidade, ancestralidade e pensamento crítico, nos lembra que o corpo negro é tempo de travessia, e que a ancestralidade pulsa como horizonte e origem. Em “Carvão”, o tempo se dobra e a coreografia se constrói sobre camadas de memória, onde o amor é rito de cura, de reinvenção e de insubmissão.
Os corpos em cena carregam a densidade das marcas do racismo, do que foi atravessado e a leveza de um afeto que insiste. A água, elemento cênico que dialoga com a densidade do carvão, representa o fluxo da ancestralidade e a possibilidade de cura. “É rio que carrega cinzas, lágrima que rega a terra, maré que embala os afetos negados, mas jamais apagados. A água tensiona sem silenciar, cura sem apagar e dissolve para transformar”, complementa Gal Martins.
Assim como o amor negro, ela escorre entre as frestas da história para inundar o agora com potência de vida. “Carvão” é uma dança feita de cicatriz e fluxo, de resistência mineral e correnteza ancestral. É um espetáculo que afirma o direito inegociável ao afeto negro, reivindica a completude do amor como prática coletiva. Porque, como diz bell hooks, “o amor é a única prática que pode nos levar além do medo – e o amor negro, mesmo queimado, não se rende: acende, renasce e transborda”.
A circulação do novo espetáculo da Cia. Sansacroma será pelo edital Fomento CULTSP PROAC nº 23/2024, de PRODUÇÃO E TEMPORADA DE ESPETÁCULO DE DANÇA INÉDITO NO ESTADO DE SÃO PAULO nas cidades de São Carlos, Piracicaba, Santos e Diadema.
Serviço
“Carvão” – Cia. Sansacroma
- Datas: 07 e 08 de agosto
- Horários: quinta e sexta, às 20h
- Local: Teatro Municipal de São Carlos | Rua 7 de Setembro, nº 1.735 – Centro – São Carlos/SP
- Entrada gratuita
- Classificação: 16 anos
- Duração: 60 minutos
- @cia_sansacroma
Ficha Técnica
- Direção Artística, Direção Coreográfica e Concepção do espetáculo: Gal Martins
- Assistência de Direção: Paula Salles
- Intérpretes Criadores: Alma Luz Adélia, Bruno Novais, Lua Santana, Manuel Victor e Paula Salles
- Direção e Performance Musical: Dani Lova
- Preparação Corporal: Paula Salles e Gal Martins
- Preparação Vocal: Klécio Miranda
- Figurino e Visagismo: Gil Oliveira
- Assistente de Figurino: Adélia Santos e Luamim Martins
- Projeto e Operação de Luz: Renato Lopes
- Cenografia: Caio Marinho
- Cenotécnica: Katiana Aleixo
- Assistente de Cenotécnica: Tadeu Paiva
- Orientador de Pesquisa: Bruno Novais e Gal Martins
- Direção de Produção: Vanessa Soares – Movimentar Produções
- Assistentes de Produção: Dani Lova, Fábio Dias e Sara Santana
- Designer Gráfico: Bruno Marcitelli
- Fotografia: Inspiração 6
- Redes Sociais: Rodrigo Alcântara – Dica Cultural
- Assessoria de Imprensa: Marrese Assessoria
- Terapeuta Convidada: Adriana Camilo
- Intérprete de Libras: Mirian Caxilé
- Agradecimentos: Fábrica de Cultura Jardim São Luís e Fábrica de Cultura Capão Redondo

Sou formada em jornalismo pela Universidade Gama Filho, apaixonada por
eventos culturais, em especial o teatro, que nos faz viajar, pensar, sonhar,
sorrir, chorar e amar.