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Pioneiro do rap nacional, hoje doutor em Ciências Sociais, Richard Santos discute como a geopolítica da comunicação impede a pluralidade étnico-racial na televisão brasileira
Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, Richard Santos lançou na sexta, na livraria blooks de Botafogo, o livro “Mídia, colonialismo e imperialismo cultural: o caso comparado da TV pública no Brasil e na Argentina”.
Richard Santos, leia-se Big Richard é uma figura icônica dos anos 1990/2000 no cenário cultural brasileiro. Jornalista, pesquisador, escritor, rapper, docente e extensionista lotado no Centro de Formação em Políticas Públicas e Tecnologias Sociais (CFPPTS) da Universidade Federal do Sul da Bahia.
A obra é uma publicação da editora Telha revela como a televisão no Brasil, em sua estrutura, estética e com a predominância branca, contribuiu para a formação do imaginário nacional, alusivo ao modelo televisivo norte-americano. Pesquisa prática e teórica de mais de duas décadas de atuação em diversos meios de comunicação e de investigação acadêmica, fruto do doutorado realizado no Departamento de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Brasília, ELA-UNB. De modo geral, o escritor analisa se as transformações ocorridas no âmbito das TVs Públicas do Brasil e da Argentina proporcionaram a criação de um discurso emancipatório e contra-hegemônico em relação às políticas de mercado e da indústria cultural.
“Um leitura obrigatória, traz um olhar histórico, Richard compara a importação de modelos televisivos dos Estados Unidos. Uma reflexão interessante, destacando toda essa influência, seus padrões na definição dos estereótipos midiáticos”, destaca o Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos – Pós-doutorando em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHC/UFRJ). Pesquisador e coordenador de área de pesquisa no Laboratório de História das Experiências Religiosas – da LHER/UFRJ).