Depois de uma temporada bem-sucedida na capital carioca, Uma Relação Tão Delicada, nova versão para o premiado texto da francesa Loleh Bellon, pode ser visto no Teatro Uol, em São Paulo, até 26 de fevereiro de 2023. O espetáculo tem direção de Ary Coslov e é estrelado pelas atrizes Amanda Acosta e Rita Guedes, que idealizou a nova montagem.
Escrita em 1984, “De Si Tendre Liens” (nome original em francês) foi montada no Brasil pela primeira vez em 1989, em uma encenação vencedora dos prêmios Molière e Shell, estrelada por Irene Ravache e Regina Braga. Já na França, a obra ganhou o Grand Prix du Théâtre da Academia Francesa em 1988, e, recentemente, ganhou uma nova montagem em 2017.
A trama mergulha na relação de duas mulheres que estão unidas pelo amor, terno e profundo. Em um diálogo envolvente e emocionante, mãe e filha expõem suas memórias de uma vida conjunta. E, nesse encontro, as épocas se confundem e se sucedem em desordem.
Frente a frente estão Jeanne, uma mulher já adulta e emancipada que tem a própria família, e Charlotte, a mãe que envelheceu e perdeu a autonomia. A criança desejosa da presença e do amor de sua mãe é sucedida pela mãe, enfraquecida pela idade, e que acaba por reproduzir a mesma demanda que sua filha quando criança.
Uma Relação Tão Delicada propõe reflexões sobre o interior da relação entre mãe e filha, sobre o envelhecimento e sobre como o sentimento de amor vai se transformando ao longo dos anos. E, como o próprio nome antecipa, a peça ainda mergulha naquilo que há de mais frágil e singular na relação entre as duas: os choques, as tensões, as incompreensões e as cobranças.
Não é preciso ser mulher, mãe ou filha, para experimentar as várias ressonâncias que a encenação permite sentir. Todos podem se identificar nas emoções que marcam as memórias de infância da filha, e que ainda se faz presente em sua vida adulta; como também, com a mãe, que parece sentir os mesmos temores que sua filha com o passar dos anos.
Sinopse
Uma Relação Tão Delicada mergulha naquilo que há de mais frágil e singular da relação entre mãe e filha. Tem como personagens centrais uma mulher divorciada, Charlotte, e sua filha, Jeanne. No presente de seus diálogos, que trazem as memórias de uma vida conjunta, as épocas se confundem, se sucedem em desordem. É assim que a criança desejosa da presença e do amor de sua mãe é sucedida pela mãe, enfraquecida pela idade, e que acaba por reproduzir a mesma demanda que sua filha quando criança. Frente a frente estão agora Jeanne, mulher adulta, emancipada, que tem a sua própria família, enquanto Charlotte envelheceu e perdeu em autonomia. É dessa forma que se encena a relação entre uma mãe (da fase adulta à velhice) e uma filha (da infância à fase adulta) unidas por um vínculo amoroso, terno e forte.
Rita Guedes
Aos 16 anos fundou a Companhia de Teatro Roda Viva, em Catanduva/SP. Ao longo de sua carreira atuou em 17 peças de teatro, destacando o drama de Dias Gomes Meu Reino por um Cavalo, e produziu e atuou na comédia Qualquer Gato Vira Lata tem uma Vida Sexual mais Sadia que a Nossa. Na teledramaturgia brasileira atuou em 10 novelas na Rede Globo, bem como em 32 séries em streamings. Conta também com 9 longas-metragens em sua trajetória artística. Ganhou o prêmio de TV Antena de Ouro como melhor atriz pela novela Despedida de Solteiro, foi indicada para o prêmio de cinema Kikito (Festival de Gramado), como melhor atriz por Sintomas, indicada para o Kikito como melhor atriz por Procuradas e indicada para o prêmio de teatro APETESP como melhor atriz pela comédia Qualquer Gato Vira Lata.
Sobre Amanda Acosta
Iniciou sua carreira com quatro anos, como cantora mirim e aos 8 anos entrou para o grupo musical Trem da Alegria. No teatro interpretou Bibi Ferreira no musical Bibi, Uma Vida em Musical, foi Carmen Miranda no musical Carmen, a Grande Pequena Notável e Serena em As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão. Na teledramaturgia se destacou em O Mapa da Mina, novela na TV Globo, Chiquititas e Poliana Moça no SBT. Ganhou título de melhor atriz nas seguintes premiações: APCA (SP); Prêmio Bibi Ferreira (SP); Reverência (SP); CESGRANRIO (RJ); APTR (RJ); Botequim Cultural (RJ); Destaque Imprensa Digital; Contigo de Teatro e Qualidade Brasil. Também foi indicada ao prêmio Shell (RJ) e Aplauso Brasil (SP).
Ficha Técnica
- Dramaturgia: Loleh Bellon
- Direção: Ary Coslov
- Adaptação: Rita Guedes
- Elenco: Rita Guedes e Amanda Acosta
- Iluminação: Aurélio De Simoni
- Música: João Paulo Mendonça
- Cenografia: Marcos Flaksman
- Figurino: Tiago Ribeiro
- Visagismo: Branca Di Lorenzo
- Direção Corporal: Marcelo Aquino
- Design Gráfico: Letícia Andrade
- Direção de Produção: Marcia Martins
- Coordenação de produção e produção: Rita Guedes
- Prestação de contas: Heloisa Lima
- Pintura de Arte: Bidi Bujinowski
- Fotografia: Jacson Vogel
- Assessoria de imprensa: Pombo Correio
- Contabilidade: Saga Consulting
- Advogado: Helder Galvão
- Idealização: Guedes Filmes
Serviço
Uma Relação Tão Delicada, de Loleh Bellon
- Temporada: Até 26 de fevereiro, às sextas, às 21h; e aos sábados e domingos, às 20h
- Teatro Uol – Shopping Pátio Higienópolis – Avenida Higienópolis, 618, Higienópolis
- Ingressos: Sextas – Setor A: R$100 e Setor B: R$70 | aos sábados – Setor A: R$120 e Setor B: R$90 | aos domingos – Setor A: R$90 e Setor B: R$70
- Classificação: 14 anos
- Duração: 90 minutos
- Capacidade: 300 lugares
- Acessibilidade: local acessível para cadeirantes (2 lugares)
Peça aborda contradições e Injustiças de um país imaginário
Gabinete de Curiosidades se passa no ano de 2040, em um velho asilo público, prestes a fechar, na capital Corrúpnia, um país imaginário, cheio de contradições e injustiças. Uma história sobre dois atores nonagenários, moradores desse asilo, que descobrem o lançamento de um edital de financiamento para a montagem de um novo espetáculo. As personagens trazem melancolia e muito humor, entre falas, lembranças, literatura e clássicos, versam sobre seus tempos de glória nos palcos, textos imortais e elaboram um plano para receber apoio financeiro à iniciativa artística.
Com dramaturgia de Gilberto Schwartsmann, direção de Luciano Alabarse, o espetáculo traz no elenco, os atores gaúchos Arlete Cunha e Zé Adão Barbosa, com participação de Fernando Zugno. DGabinete de Curiosidades estará em São Paulo, no palco do Teatro Anchieta, do Sesc Consolação, de 13 a 22 de janeiro – sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h.
“Eu quis fazer uma declaração de amor ao teatro. Ao mesmo tempo, falar sobre o preço da ignorância. Uma sociedade que não valoriza a cultura tem mais risco de ser manipulada por indivíduos sem virtudes”, assegura Gilberto Schwartsmann, que teve um texto seu adaptado ao teatro pela primeira vez e assina a dramaturgia da montagem.
Quando Alabarse leu o texto de Gilberto Schwartsmann pela primeira vez, reconheceu eixos dramatúrgicos relevantes, pelos quais a direção do espetáculo poderia e deveria seguir: a solidão dos personagens – dura, cruel, lírica, turbulenta; dois velhos jogados, e esquecidos, num asilo público; as falhas e insuficientes políticas públicas relacionadas à velhice e à terceira idade; o entorno político desse descaso institucional, intenso e permanente, com a cultura e com a velhice. Nesse contexto realidade e ficção se misturam borrando fronteiras, uma homenagem à própria história da dramaturgia ocidental. Beckett, Ionesco, Brecht, além de muitos outros nomes da história teatral, montam uma aula primorosa sobre dramaturgia.
“Para mim, homem de teatro prestes a completar 50 anos de carreira, dirigir um espetáculo que reverencia dramaturgos e atores, ter em mãos um texto debruçado sobre os sonhos e as dificuldades da profissão, os ossos do ofício, o inventário teatral que nos foi legado, e, – com tudo isso, por tudo isso -, sentir em mim, intacto, o amor pelo Teatro, foi revigorante, radiante e doloroso. A empatia com o texto foi fulminante. Revelar mais um dramaturgo gaúcho, foi a derradeira razão para aceitar essa empreitada. Gilberto Schwartsmann, amigo a quem tanto admiro, me surpreendeu mais uma vez. Encarei sua proposta dramatúrgica disposto a dar minha contribuição à beleza criativa de seu texto”, conta Luciano Alabarse.
Gilberto Schwartsmann, que assina a dramaturgia do espetáculo, celebra sua criação nesta montagem teatral. O texto original é da obra literária O Sol Brilhou na Corrúpnia. “O autor – na solidão de sua escrivaninha – sonha com a possibilidade de que o texto possa, quem sabe, inquietar o maior número possível de mentes da plateia, quando ela deixar a sala de teatro”, deseja Schwartsmann.
Zé Adão Barbosa interpreta Oneirópolos, enquanto Arlete Cunha dá vida a Disoíonos, que em grego significam otimista e pessimista, respectivamente. Zé e Arlete em meio a suas genialidades e atenção aos detalhes vão do drama à comédia em fração de segundos e asseguram a seriedade e ao mesmo tempo conferem leveza ao texto juntos e cada um de seu modo também. “Gabinete de Curiosidades é uma declaração de amor ao teatro, às palavras. À arte enfim. É uma metáfora fascinante sobre a resistência da arte e da cultura em tempos de ignorância e barbárie”, declara Zé Adão. “Um velho ator com suas lembranças e as memórias de uma velha atriz. E vestem retalhos de personagens. E brincam com conhecidas palavras. Alimentam-se nas emoções, nos confrontos, nas tristezas, nos amores. E divertem-se um com o outro nos ecos do teatro das suas vidas”, reflete Arlete. Já a participação de Fernando Zugno no espetáculo quebra um jejum de dez anos longe dos palcos. “Está muito gostoso voltar para os palcos. A peça traz uma tristeza de fundo, mas também tem humor, feito incrivelmente pelo Zé e pela Arlete. Nos divertimos muito. É um trabalho desafiador e delicioso”, celebra Zugno.
Ficha Técnica
- Dramaturgia: GILBERTO SCHWARTSMANN
- Direção: LUCIANO ALABARSE
- Elenco: ARLETE CUNHA e ZÉ ADÃO BARBOSA
- Participação: FERNANDO ZUGNO
- Iluminação: MAURÍCIO MOURA e JOÃO FRAGA
- Trilha Sonora: LUCIANO ALABARSE
- Operação de Som: LUIZ MANOEL
- Figurinos: ANTONIO RABÀDAN
- Cenário: LUCIANO ALABARSE
- Cenotécnico: RODRIGO SHALAKO
- Acessório Lustre: DANIEL JAINECHINE
- Projeto Gráfico: DIDI JUCÁ
- Coordenação de Produção: LETÍCIA VIEIRA
- Produção Executiva: JAQUES MACHADO
- Produção: PRIMEIRA FILA PRODUÇÕES
Serviço:
Gabinete de Curiosidades
- Texto de Gilberto Schwartsmann
- Direção Luciano Alabarse
- Com Arlete Cunha, Zé Adão Barbosa e participação de Fernando Zugno.
- De 13/1 a 22/1/2023 – Sextas e sábados, às 20h, domingos, às 18h.
- Local: Teatro Anchieta (280 lugares) – Sesc Consolação
- Duração: 105 minutos
- Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos
- Preço: R$40,00 (inteira) | R$20,00 (meia entrada) | R$12,00 (credencial plena)
“King Kong Fran” se apresenta no Teatro Cesgranrio, no Rio Comprido
Indicada ao Prêmio do Humor de Melhor Performance, Melhor Espetáculo e Melhor Texto e Direção, King Kong Fran poderá ser vista nos dias 12, 13, 14 e 15 de janeiro (quinta a sábado às 20h e domingo às 19h), no Teatro Cesgranrio, no Rio Comprido. Neste solo a imagem do King Kong é a metáfora usada pela atriz e palhaça Rafaela Azevedo, idealizadora do projeto, para falar de sexualidade e distinção de gênero na construção social. A tradicional atração circense “Monga” (ou Mulher Gorila) também é referência para a criação.
A personagem título convida o público a conhecer o avesso dos estereótipos do feminino, invertendo de maneira cômica e irônica a lógica machista e fazendo com que os homens provassem – literalmente – do seu próprio veneno.
“A Fran não se identifica com nenhum padrão feminino, enquanto palhaça está à margem de tudo isso que é estabelecido. Ela Mostra por meio do exagero cômico, da ironia, da troca de papéis de gênero o quão absurdo são os acordos e símbolos construídos socialmente.”, destaca Rafaela, que assina a dramaturgia e direção em parceria com Pedro Brício. O trabalho conta ainda com a direção musical da cantora e compositora Letrux .
O espetáculo reúne assim a experiência de Rafaela na linguagem cômica e a irreverência e originalidade de Letrux em suas canções com a maestria com que Pedro cria o universo inteligente, crítico e poético de seus personagens.
Ficha Técnica
- Solo de Rafaela Azevedo
- Direção e Dramaturgia: Pedro Brício e Rafaela Azevedo
- Direção Musical: Letrux
- Assistência de Direção: Tamie Panet
- Direção de Arte e Cenário: Gabriela Prestes e Carolina Leal
- Assistente de Direção de Arte e Cenário: Álvaro Antônio Ferreira
- Figurino: Natascha Falcão
- Iluminação: Ana Luzia de Simoni
- Identidade Visual: Gabriela Prestes
- Asses soria de Imprensa: Lyvia Rodrigues (Aquela que Divulga)
- Produção: Rafaela Azevedo
Serviço:
KING KONG FRAN
- Onde: Teatro Cesgranrio
- Quando: 12, 13, 14 e 15 de janeiro de 2023
- Dia/hora: quinta, sexta e sábado às 20h, domingo às 19h.
- endereço: Rua Santa Alexandrina, 1011 – Rio Comprido
- Telefone: (21) 2103-9682
- Classificação 18 anos.
- Ingressos:
- R$60 (inteira) e R$30 (meia)
- R$40 (com a doação de 1Kg de alimento)
- R$30 (assinante Clube O Globo)
- R$30 (funcionário Cesgranrio)
- R$15 (moradores do Rio Comprido com comprovante)
- Venda online: https://bileto.sympla.com.br/event/79114
Dança, amor, e cartas
“Cartas para alguém” fala sobre as relações humanas, de pessoas que a distância separou e de reencontros. De um amor tão grande que nenhuma distância é capaz de separar… Carinho, amor , afeto, redenção, perdão… Qual é o caminho que buscamos para construir as nossas relações em busca de uma felicidade plena? O espetáculo conta por meio de depoimentos reais a busca pela construção ou reconstrução de relações que por algum motivo se distanciaram provando que mesmo, às vezes tão longe, estamos tão presentes! O espetáculo é de classificação livre e abraça toda a família.
Sobre o Laboratório de Dança Daniel Cortez
Laboratório é uma Companhia Dança Contemporânea residente na cidade de Nova Iguaçu/RJ criado em fevereiro de 2017 por Daniel Cortez com intuído de quebrar algumas regras acadêmicas e modelos existentes não só no pensar/fazer a dança e a arte contemporânea, mas buscando traçar um caminho pela ousadia, do inusitado e do diferente (Único). Para atingir nosso objetivo, buscamos compreender como se manifesta a dança contemporânea no Laboratório e, especificamente analisar sua trajetória e a de seu coreógrafo no contexto histórico da dança em Nova Iguaçu, bem como suas influências e os aspectos responsáveis pela linguagem construída da Companhia. Procuramos, dessa forma, reconhecer a diversidade de elementos estéticos e a pluralidade de linguagens que laboratório utiliza para manifestar e revelar deste então sua arte.
Serviço
- Local:Teatro Cacilda Becker (RuadoCatete, 338)
- Data: 13,14 E 15 DE JANEIRO /2023 Horário: 19h
- Classificação: Livre
- Duração:60 minutos
- Ingressos: R$30,00 (inteira) / R$ 15,00 (meia)