Uma vida de muita doação

História de Santo Antônio é contada em teatro da Tijuca

por Waleria de Carvalho
Santo Antônio

Sucesso há 24 anos, espetáculo ‘Santo Antônio dos Pobres’ terá apresentação única no Teatro Henriqueta Brieba, no  Tijuca Tênis Clube, no dia 26 de novembro,  domingo, às 20h. A peça conta a história do santo, desde a infância até a entrada na vida religiosa.  Uma obra de construção coletiva sobre a vida do português Fernando de Bulhões, que na fase adulta se torna Santo Antônio quando ingressa na vida religiosa. Ludoviko Vianna é o ator que encarna o tradicional santo casamenteiro desde a estreia da peça, em 1999. A peça foi encenada diversas vezes  por atores da Baixada Fluminense, que, em outubro, fizeram apresentação numa das salas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

 Ainda muito jovem, Fernando deixa sua família e nobreza para seguir a ordem dos Franciscanos. Adota o nome de Antônio, sobrevive por milagre a muitas adversidades e o que recebia como agrado por suas preces, doava aos mais necessitados. Ele recebeu o nome de casamenteiro porque, conta-se, ofertava moedas que recebia por suas orações, como dote para jovens que desejavam se casar.

Depoimento da colunista

“Tive o privilégio de assistir a este espetáculo numa das salas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Fui com duas amigas e duas crianças, que ficaram encantadas e se comportaram muito bom. Confesso que fiquei e muito emocionada com a história de Antônio e, por diversas vezes, cheguei às lágrimas. De uma doação ímpar, Antônio é tudo de bom e sua história merece ser bem contada como o grupo teatral vem fazendo 24 anos.  Semprei  gostei de Santo Antônio e todos os dias 13 de junho vou ao convento que leva o seu nome no Largo da Carioca para apanhar o pãozinho da fartura e rezar por todos nós. Vale a pena conferir essa linda obra, que agora poderá ser vista na Tijuca, Zona Norte do Rio.

SERVIÇO:

  • Local: Teatro Henriqueta Brieba, no Tijuca Tênis Clube
  • Rua Conde de Bonfim, 451
  • Ingresso:  Inteira R$40,00 e Meia R$20,00 
  • Contato: 21 99269 3955 (Whatsapp)

Elenco: Ana Stoller, Camila Torres, Carlos Yunes, Carlos Silva, Dezza, Dyoce Miller, Dande, Lucas Santos, Luciano Falcão, Luiza Viana, Ludoviko Vianna, Matheus Quinelato, Natã Nascimento e Vitória Grace.

  • Texto e Concepção: Ludoviko Vianna. 
  • Direção Geral: Rosi Mohr e Mário Vianna.
  • Cenário: Fabiana Mohr
  • Visagismo: Carlos Eduardo Freitas
  • Assistente de Produção: Khefhren Jones e Jackson Gonçales. 
  • Participação especial: Giovanni Ferreira, Priscila Manso, Sofia Manso e Tiago Oliveira.
  • Apoio: Curso Livre de Teatro Arte Em Cena, AVM Produções e Ms Mohr Produções.

‘O que terá acontecido a Nara Parolini?’ em cartaz no Cine Teatro Joia 

O que terá acontecido a Nara Parolini?

O que terá acontecido a Nara Parolini?

Com o sucesso, o espetáculo ‘O que terá acontecido a Nara Parolini?’ volta em cartaz para sua  terceira temporada no Cine Teatro Joia, no Rio de Janeiro. O monólogo musical cômico-dramático, de autoria da atriz Nara Parolini, que dá nome ao título, pode ser apreciado nos dias 16 a 19, 23 e 24 de novembro.

Integrando teatro, música, cinema e performance, a artista Nara Parolini traz à cena uma obra autoficcional sobre o evento mais importante de sua vida: o nascimento de sua filha, Helena. Afastada dos palcos por quarto anos, a atriz Nara Parolini compartilha sua jornada da maternidade e como filha, com a participação de sua mãe, Elisabete, em um tom divertido e dramático. Durante a apresentação, a atriz também reúne músicas inéditas de sua composição com arranjos de Ricardo Góes e uma banda ao vivo de quatro músicos, formada no espetáculo Cabaré Foguete, em que foi atriz.

Sendo uma das maiores realizações da carreira, Nara compartilha: “Finalmente coloco em cena todos os meus monstros, minhas sutilezas e meu humor, dividindo com o público minha maternidade e meus afetos, sem deixar de lado minha trajetória sendo filha e mulher, com meus traumas e superações.” 

Durante a peça são exploradas diversas linguagens. “Posso exercer uma amplitude de interpretação que contagia a plateia. O público sai do espetáculo querendo voltar com suas mães, ou filhxs”, conta a atriz. Com expectativas para a nova temporada, acrescenta: “o espetáculo conta com uma novidade, uma cena destacando mães inesquecíveis do cinema, é uma grande homenagem e uma imensa brincadeira.”

Com estreia em dezembro de 2022, ‘O que terá acontecido a Nara Parolini?’ a primeira temporada do espetáculo foi no CineSanta, em Santa Teresa.

Cine Teatro Joia (@novocinejoia) • Fotos e vídeos do Instagram

Serviço

Terceira Temporada – ‘O que terá acontecido a Nara Parolini?’ 

Sinopse

‘O que terá acontecido a Nara Parolini?’

Monólogo autoficcional emocionante e divertido, que mistura teatro, cinema, música e performance numa jornada afetiva que diverte, emociona, questiona e revela a dor e a delícia de ser mãe, filha, mulher. Com banda ao vivo composta por quatro artistas.

Ficha Técnica 

  • Idealização e Realização: Nara Parolini
  • Texto e Atuação: Nara Parolini
  • Direção: Cristina Flores e Nara Parolini
  • Assistente de direção: Gustavo Damasceno
  • Direção Musical e Arranjos: Ricardo Góes
  • Produção Executiva: Michel Langer
  • Arranjo ‘Me enterra’: Rodrigo viegas
  • Músicas originais : Nara Parolini
  • Imagens originais: Bruno Primo de Melo
  • Edição de Imagens: Bruno Primo de Melo e Gustavo Damasceno
  • Fotografia: Bruno Primo de Melo/ Michel Langer
  • Participações especiais: Elisabete Parolini, Helena Parolini e Julia Limp
  • Banda ao Vivo: Anderson Maia, Antônio Ziviani, Breno Góes e Pedro Leal David
  • Iluminação: Bruno Primo de Melo
  • Assessoria de imprensa: LEAD Comunicação
  • Arte gráfica: Thiago Ristow

CurtumeDias Secos Inundados de Acácia estreia no Sesc Pompeia

Curtume

Curtume – Foto de João Caldas Filho

Desde Ossada, espetáculo de 2018, passando pelo experimento audiovisual A Árvore, de 2020, em que dirigiu Alessandra Negrini, Ester Laccava tem se embrenhado por caminhos densos e sensoriais em suas criações e direções teatrais. Em CurtumeDias Secos Inundados de Acácia, sua nova produção como atriz e encenadora (de 22 de novembro a 15 de dezembro de 2023, no Espaço Cênico, do Sesc Pompeia), ela segue guiando o olhar do espectador por este ângulo.

Absorvida pelo realismo fantástico, também tinge a nova peça com as cores desta corrente artística. São as camadas profundas da linguagem teatral que arrebatam a criadora. “Os arquétipos onde nós nos reconhecemos coletivamente”, elabora. Em Curtume, Ester escolheu, enquanto encenadora, a memória como conceito. Num sonho as imagens podem vir desfocadas, alongadas… distorcidas. “Agora mais velha percebo que quando a criação está no meu quarto, no meu colo, mais do que guiá-los para minha experiência pessoal, ou minha opinião sobre o mundo, sobre o ser humano, prefiro que o expectador ache um espaço muito maior, mais coletivo, onde o julgamento abaixe, e a visão aumente. Mais velha, uso óculos e tenho dificuldade para focar um objeto. Quando foco, todo o entorno se desfoca, é um movimento parecido com a criação.”

De forma metafórica, a atriz e diretora aborda nas entrelinhas a condição primária do homem, o trabalho que arranca o couro do ser humano, segundo ela, que não tem outra opção a não ser ficar sem pele, desprotegido em estado de dor, de raiva. “Pessoas que já nascem sabendo que serão abatidas e viverão em condições sub-humanas, exploradas.” Ester gosta de ir para o palco curada, depois de ter abraçado suas feridas, como diz.  “Levo para o teatro minhas deformações e não hesito em mostrá-las porque vejo beleza nisso.” Fala de sua capacidade de se acalmar pelo silêncio para poder escutar o seu mar revolto, boiar e criar. “Muito da minha criatividade vem dessa menina que boia e observa.”

FICHA TÉCNICA

Autor: Denizart Fazio. Idealização e Direção Geral: Ester Laccava. Direção de Produção: Emerson Mostacco. Atriz: Ester Laccava. Ambientes Imersivos de luz e imagens: Mirella Brandi. Cenário: Ester Laccava. Projeto de Instalação: Ester Laccava, Mirella Brandi, Carla Venusa e Giulia Lacava. Objetos da instalação: Carla Venusa. Assistente e operador de Luz: Sibila. Figurinos: Emerson Mostacco. Trilha Sonora: Ester Laccava com músicas originais de Mueptemo. Assessoria de Imprensa: Arte Plural/ M Fernanda Teixeira. Fotos: João Caldas Fº. Identidade visual: Giulia Lacava. Produção: Lacava Produções Artísticas / Mostacco Produções. Um projeto da Cia. IndomávelRealização: Sesc.

SERVIÇO

CURTUME – Dias secos inundados de acácia

Temporada: de 22 de novembro a 15 de dezembro de 2023.

Terça a sexta, às 20h30.

Espaço Cênico do Sesc Pompeia. Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.

Capacidade: 61 lugares. Duração: 60 min. Ingressos: R$ 12,00 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculados no Sesc e dependentes),

R$ 20,00 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino, ID Jovem, PCD e seus Acompanhantes) e R$ 40,00 (inteira).

Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos. Não tem estacionamento. sescsp.org.br/pompeia

Ainda sobre a cama faz temporada no TUSP

Ainda sobre a cama

Ainda sobre a cama – Foto de Phillip Lavra

Com direção de Luiz Fernando Marques (Lubi) e atuações de Camila Cohen, Duda Machado e Luiz Felipe Bianchini, Ainda sobre a cama tem dramaturgia inédita, provocada a partir da leitura da obra Leonce e Lena, do autor alemão Georg Büchner (1813-1837). Em cena, três personagens questionam as novas – e velhas – formas de relações afetivas. A temporada acontece no TUSP (Rua Maria Antônia, 294, Vila Buarque, São Paulo, SP), de 16 de novembro a 17 de dezembro, de quintas a sábados, 20h, e aos domingos, 18h.

O espetáculo nasceu do encontro e da parceria entre elenco e direção. A partir da leitura da peça do autor alemão, as memórias pessoais serviram de guia para a construção da dramaturgia: mesmo sem querer, ainda mantemos padrões, ações e palavras do sistema patriarcal e suas complexas engrenagens, apesar das liberdades atuais e outras possibilidades de relacionamentos?

Há cerca de dois séculos, Büchner usou a ironia para mostrar como estamos enredados nas convenções de nossos tempos. Na sua trama, os protagonistas Leonce e Lena são de famílias nobres e estão prometidos em um casamento de interesses, mesmo sem se conhecerem. No entanto, os dois desejam um futuro diferente. Sem um saber do outro, fogem para a floresta e, num golpe de destino, se encontram por acaso e apaixonam-se. O casal volta e se casa, fazendo a união por interesse coincidir com a celebração por amor.

Para os criadores de Ainda sobre a cama, o texto de Büchner foi objeto de estudo por apontar um passado que insiste em ser presente e, a partir dele, as cenas do novo trabalho arriscam a criar paralelos entre a atualidade e o passado. “Nossa ideia era falar sobre as relações heteronormativas, sobretudo como essas relações são assombradas por essas normas, modelos que vêm de séculos, patriarcais e eurocentradas, mesmo que hoje em dia isso também apareça na forma de homoafetividade ou mesmo do amor livre”, coloca Lubi.

Ao longo da peça, o ator e as duas atrizes formam diferentes possibilidades de casais. “As cenas são independentes, ligadas entre si pela temática, mas apontam para uma cronologia de um casal. São vários Leônceos e Lenas – eles se chamam assim na peça – e podem ser vistos como um arquétipo de um casal”, diz a atriz Camila Cohen.

Essa cronologia de acontecimentos ajuda a acompanhar e compreender a relação de um casal. “São diversas situações que revelam como os padrões estão arraigados nas estruturas dos nossos afetos. A encenação passa por alguns momentos emblemáticos como a perda da virgindade; o namoro; a traição, o noivado e o casamento”, diz Lubi.

O espaço cênico é formado por um quarto com uma cama de casal e duas mesinhas de cabeceiras; o público senta-se muito próximo das atrizes e do ator. “A sensação é de que a plateia pode flagrar desde as conversas mais ordinárias, com seus vazios e tédios, passando por brigas até, no limite, a violência que uma relação é capaz de gerar”, coloca o diretor.

“Ao longo da peça, os atores também assumem a função de narradores. Esse recurso épico cria um efeito de distanciamento, como se fossem capazes de olhar para o que está acontecendo”, finaliza Lubi.

Sinopse

Isso aqui é mais uma vez a tentativa de construir uma cama. E essa cama não é ninho, não vai parir ninguém e nem oferecerá o descanso merecido. Ela talvez testemunhe a inércia de sentimentos, palavras e ações que ainda hoje repetimos desde 1837. Uma instalação cênica para uma dramaturgia contemporânea criada a partir da obra Leonce e Lena, de Georg Büchner. Do ócio ao tédio. Do tédio ao sexo. Do sexo à violência. Da violência ao controle.

Ficha técnica

  • Direção: Luiz Fernando Marques (Lubi) 
  • Assistência de direção: Erica Montanheiro 
  • Dramaturgia: Duda Machado, Camila Cohen, Erica Montanheiro, Luiz Fernando Marques (Lubi) e Luiz Felipe Bianchini
  • Elenco: Duda Machado, Camila Cohen e Luiz Felipe Bianchini. 
  • Iluminação: Wagner Antônio 
  • Cenário: Luiz Fernando Marques (Lubi) 
  • Fotos: Isadora Relvas 
  • Produção: Lud Picosque – Corpo Rastreado
  • Assessoria de Imprensa – Márcia Marques – Canal Aberto 

Serviço
Ainda sobre a cama
Temporada de 16 de novembro a 17 de dezembro de 2023
TUSP – Rua Maria Antônia, 294, Vila Buarque, São Paulo, SP
Quinta a sábado, 20h; domingo, 18h
Ingressos: R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia). 
Vendas na bilheteria ou pelo Sympla
Lotação: 60 lugares | Recomendação: 18 anos | Duração: 1h40

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