Ze_Tepedino - Vista_geral da exposição

Zé Tepedino abre primeira individual no Rio de Janeiro no studio OM. art

Objetos prosaicos fazem travessias e ganham novos significados em exposição que abre no dia 12 de setembro

por Redação

O studio OM. art, ateliê e espaço criativo de Oskar Metsavaht, é a sede da primeira exposição individual no Rio de Janeiro do artista carioca Zé Tepedino: “Segurando um espelho tentei te mostrar o amanhecer”, com abertura dia 12 de setembro, terça-feira, na semana da ArtRio.

“No meu trabalho, parto de situações e objetos absolutamente reais e que desaguam como um poema visual. Nessa exposição, reúno materiais encontrados na margem entre o mar e a cidade, que estavam com seu ciclo de vida próximo do fim, e que ganham outra perspectiva a partir de rearranjos formais”, explica Zé Tepedino, representado pela Casa Triângulo, de São Paulo.

A obra “Postal” revela esse processo de Tepedino de encontrar e se apropriar um objeto já cheio de memórias, recompor a peça e reapresentá-la  ao público,  deslocada de seu contexto. É uma trave de praia que fez a travessia pela costa, de São Conrado ao Jardim Botânico e foi “fincada” no jardim do studio OM. art, como um mastro. 

O postal é um objeto pequeno e portátil que carrega memórias  de lugares afetivos , que atravessam o tempo. E essa traves  compõem o cenário de muitas praias do Rio de Janeiro, são rasgos na paisagem, linhas verticais de encontro ao horizonte. Elas carregam as memórias de todo seu redor, foram pintadas e esculpidas pelo tempo e testemunha silenciosas do mundo“, completa o artista. Todo esse caminho do objeto, inclusive, foi documentado em vídeo e faz parte da comunicação da exposição. 

A delicadeza desse olhar que pousa na matéria e define novos rumos para ela e o mundo é destaque do texto da exposição, assinado por Julie Dumont, em uma espécie de ‘troca de correspondências” com o artista.

A curadoria de “Segurando um espelho tentei te mostrar o amanhecer” é fruto do olhar da equipe da OM. art e do diálogo do artista com Oskar Metsavaht. Algumas obras foram criadas durante esse processo de conversa mais recente em resposta ao próprio espaço expositivo. “Conheço o Zé já há mais de uma década, desde sua iniciação artística. Convivemos muito, trabalhamos juntos. Sua sensibilidade ao mundo que lhe cerca, sempre com um olhar poético ao não percebido de nosso quotidiano. Suas obras, uma potente ressignificação do ordinário”, diz Oskar.

“Segurando um espelho tentei te mostrar o amanhecer.” 

Zé Tepedino

studio OM. art 

Rua Jardim Botânico, 997 – Jd. Botânico

De 12/setembro a 22/outubro de 2023

Abertura: 12/set – 17h às 21h

Funcionamento Semana ArtRio: 4ª a Sáb das 14h às 20h | Dom das 12h às 18h

Demais semanas: 6ª feira das 14h às 20h | Sáb das 12h às 20h | Dom das 12h às 18h | 2ª a 5ª feira: sob agendamento.

Entrada Franca.

Zé Tepedino  zetepedino

Zé Tepedino (1990, Rio de Janeiro, Brasil. Vive e trabalha no Rio de Janeiro). Bacharel em Comunicação Visual, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2016). Exposições individuais: Tudo é a forma que fala (2023), Casa Triângulo com texto de Kiki Mazzucchelli; O Raio verde (2022), Senne Art Lab, Bruxelas, Bélgica, curadoria de Julie Dumont. Exposições coletivas selecionadas: Melodia (2023), curadoria de Domenico de Chirico; If I Were You, Espaço Kupfer, Londres, Reino Unido (2022); O Cru e o Cozido, curadoria de Pollyana Quintella, Galeria Athena, Rio de Janeiro, Brasil (2022); Heat, curadoria de Victor Gorgulho, Galeria Quadra, Rio de Janeiro, Brasil (2022); Sol, curadoria de Alexandre da Cunha, Marli Matsumoto Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil (2022); Saravá, Anita Schwartz, Rio de Janeiro, Brasil (2022); Abre Alas 17, curadoria de Maxwell Alexandre e Pollyana Quintela, A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, Brasil (2022); 960 p, curadoria de Nino Cais, Carla Chaim e Marcelo Amorim, Fonte, São Paulo, Brasil (2019); Sob um Pequeno Sol, curadoria de Cadu Felix, Solar Grandjean de Montigny – PUC Rio, Rio de Janeiro, Brasil (2019), Marquise, 456, Rio de Janeiro, Brasil (2018); Ponto Cego, curadoria de Marcelo Macedo e Antonio Bokel, Estúdio Baren, Rio de Janeiro, Brazil (2016). 

studio OM. art @_studio.om.art_

O ateliê de artes plásticas de Oskar Metsavaht reúne o seu estúdio para desenvolvimento e produção de diversos projetos de arte e um espaço expositivo. Abriga conteúdos de reflexão contemporânea sobre arte, ciência e filosofia, por meio do olhar de curadores, artistas e intelectuais convidados. Promove a difusão de ideias criativas e o pensamento crítico por meio da arte, em suas mais diversas formas, técnicas, linguagens e plataformas. Inaugurado em maio de 2018 com ‘Rhodislandia: Hélio Oiticica’, seguida pelas exposições: ‘Dialética’, uma coletiva com obras de 15 dos maiores artistas contemporâneos brasileiros; o ‘Projeto Labor’, residência artística e exposição de Carlos Vergara e do francês David Ancelin ao lado de outros artistas convidados; ‘Experienza Live Cinema #4’, dos artistas Raul Mourão e Cabelo; ‘Respire Comigo − Lygia Clark’, que abriu o calendário de comemorações do centenário da artista ao redor do mundo e ‘Vazar o Invisível’, com o trabalho de oito artistas representados pelo Perifa Connection. Em 2022 o espaço já apresentou a mostra ‘INTER. locuções’, marcando a estreia do coletivo Alfabetismo Visual/AlfaAgency, e recebeu a primeira exibição no Brasil do curta metragem Vermelho Quimera, criado e coreografado por Thiago Soares e com direção de Oskar Metsavaht. Em 2023 foi apresentada a videoinstalação: ‘Jardins Tropicais – uma Dança’ por Oskar Metsavaht em parceria com o Instituto Burle Marx.

Casa Triângulo casatriangulo

A Casa Triângulo, fundada em 1988, por Ricardo Trevisan, consolidou-se como uma das mais importantes galerias de arte contemporâneas do Brasil. 

O programa da galeria é reconhecido por apresentar mostras antológicas de seus artistas estabelecidos, além de revelar e consolidar a carreira de vários artistas jovens e/ou emergentes. Constantemente os apoiamos em apresentar exposições de escala institucional, reafirmando a galeria como um local livre e experimental, conquistando uma posição notória na cena artística internacional. Em março de 2016, a Casa Triângulo inaugurou uma nova sede nos Jardins, em São Paulo. Ricardo Trevisan e Rodrigo Editore comemoram, em 2023, os 35 anos de atividade da Casa Triângulo!

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